mais um hoje!
É a Tita... avó... abre a porta!
A porta abre-se com uma chave que está debaixo de um vaso! Mas a avó precisa ser dona daquela casa!
- Já vou Tita!
A Chave desce por um cordel...
Entro na casa, na minha casa, a casa das minhas férias, a casa onde fui tão feliz... Antes a casa cheirava a pão... agora não!
- Então e o Pedro?
- O Pedro tem que trabalhar!
A casa está meio despida, está fria, falta aquele toque de Natal, mesmo não sendo ainda Natal falta ali qualquer coisa, falta calor!
Mas a braseira está quente! Pois está, eu sei !
Hoje liguei-te, atendeu alguém que me disse: Boa noite, ligou para a D. Maria...mas ela hoje não quis vir para o lar. Fomos lá e demos-lhe o almoço, mais tarde demos-lhe o jantar!
- A Avó estava bem?
- Sim, estava bem!
Entro... absorvo na minha alma aquele sitio, aquelas vozes, aquele quente, a agua mel com queijo de cabra e as noites passadas na avenida... quando jogar às escondidas era tão bom!
Entrei e subi as escadas. O cheiro nauseabundo começa a infiltrar-se, ela não admite sequer um reparo, as calças, as meias, as pantufinhas estão encharcadas de urina... ela não sente! Tento lavar tudo antes que chegue.
- Mãe, a mãe tem que cuidar de si... as senhoras do Lar vieram cá para ajudá-la!
- A casa é minha! Sei bem cuidar dela! (O filho afasta-se, magoado)
- Dona Mariaaaaaaaaaaaaa!!!
- Hoje não vou!
A avó hoje não vai... eu sei avó, roubaram-te os anéis... e ninguém acreditou... eu sei avó... o teu filho Eduardo ligou-te e zangou-se contigo... porque não quiseste ir para o lar... eu sei... tu não gostas do lar!
Sabes avó, disseram-me que quando não vais ao lar ficas mais triste, mais sozinha, a solidão é marafada avó. Queres dizer-me, por favor, ao ouvido, o que tu queres afinal???
E se eu te dissesse que me fazes falta? Que preciso da tua voz? Quando me contas as tuas historias, quando as contas aos meus filhos... eu ainda tenho mais certeza... Preciso tanto de ti!
A tua casa é linda, eu sei... mas quem lá está agora?
Fico aqui, com saudades...
Sou a Tita e quando tu me chamasses de novo... eu não me ia atrasar... porque estavas aqui pertinho! É o meu pedido de Natal!
Tenho um livro que me enerva para ler! Nicholas Spark com a Hannah Montana na capa!
Mas a cama está quentinha... e não consigo deixar um livro a meio!
Vou dormir!
Ainda não comprei uma unica prenda de Natal!
Vou dormir a pensar nisso!
O meu carro pifou!
As prendas de Natal estão suspensas à espera do telefonema do mecânico!
Vou mesmo para a cama...
Estou assim... feliz!
Vida...
Hoje são 18 anos de namoro e sim, é essa a verdade, continuamos namorados, namorados que namoram!
Há 18 anos não foste um amor à primeira vista, pelo contrario, contestei cada palavra cada gesto cada atitude... depois deixei-me sentir... baixei os braços e consegui ouvir-te com o coração... duvidei e tive medo de acreditar!
Obrigaste-me a baixar os braços, a sentir tudo o que eu tinha medo de sentir. Foste paciente, foste amigo, foste diferente!
Depois começou a vida... Aquela vida que nos transforma, que nos obriga a lutar de formas que condenamos... Mentiste-me e eu menti-te! Arranjemos historias e explicações, sofremos e as lágrimas cairam, mas persiste algo maior, um amor maior!
Sejamos maiores... contemplemos a maravilhosa vivência de quem não mente, sejamos nós!
Assim, aqui e para ti, digo: Amo-te !
Hoje, quando o carro pifou, no meio da auto estrada, ao telefone com o sujeito do reboque, vi uma estrela cadente!
Foi tão bonito! Pensei em ti e acho que pedi um desejo... nem sei o quê!
Preciso de ti... Tanto! 18 anos maravilhosos, cheios de tudo!
És Vida porque sem ti acho que nem saberia viver!
Brilhante...
Tentei copiar e não consegui! é ir lá e ler!
por cá
Hoje foi serão com 15 espisódios seguidinhos da pantera cor de rosa...
Assim se vai por cá!
Hoje...
Folow the yellow brick road!
Não tenho sapatos vermelhos, mas sinto tanta falta da magia que, neste momento, não existe por aqui!
Será do frio? Ou não!
à noite...
Bonito não é???
Mais bonito foi convencer o Pirolito a parar de soluçar com pena do E.T. !
Ideias tristes que eu tenho às vezes!
Por agora...
Por vezes essa menina que sou, fica quieta... À espera de o lugar certo para sorrir, à espera do espaço certo para sentir.
Por vezes, ela nem existe, porque o cheiro da terra ou o sabor do mar já não a elevam para onde anseia, porque o mundo trai e a realidade dói.
Nesses momentos fico aqui... as imagens correm desenfreadas pela minha alma quieta, e eu apenas as vejo sem sentir. Racionalizo, pondero, decido e ás vezes choro... Choro de saudades da menina que ouve o vento, tão longe, tão longe de mim.
Quando chega a hora, aquela hora em que urge agir, será que chamo o vento para o ouvir? Saberá ele o que devo fazer? Ficarei eu alienada de espírito apenas a agir da forma que o mundo sem cheiro a terra nem sabor de mar me obriga?
Amanhã
Não sei porque me escolheu, talvez eu me tenha oferecido e, simplesmente ela aceitou...
Faz agora dois anos!
Estou nervosa por mim e por ti... porque apesar de gostar de ti, há ainda um espaço grande entre nós, um espaço que quebrará facilmente mal o momento o exija.
Do fundo da minha alma, quero sair daquele hospital direitinha ao Corte Inglês, tal como combinámos... Porque as notícias vão ser as que mereces!
A alma canta canções de amor
O mundo grita numa agonia de dor
Os teus olhos brilham, à espera de um canto
Um canto livre de cores e espanto
E eu aqui fico, sem paz nem calma
Deitada na nuvem anunciada
De um novo dia que de tão quente
Trouxe brilho e vida à minha alma!
Este silêncio...
O que faço, o que digo, esbarra numa parede tão alta!
Parabéns Pirolito!
estou confusa...
Decidiu com quem queria ir e combinámos que esta noite falaríamos com os Pais... - Óptimo!
Escolheu o filme... O Exorcista voltou ou coisa similar. - Bem... hummm! Porque não?
Falei com os Paizinhos... eram 5 e só um achou bem! Os outros não vão! Porque são muito novos, porque há que refrear esta mania deles de serem crescidos...
Bem!
Será culpa minha? Será que trato a minha Flor como se ela fosse mais velha do que realmente é? A miúda tem 11 anos! Mas os 11 anos dela são os meus 13 ou 14! Será que estou a exagerar??? Concertos dos Guns filmes de terror?
Mas eu quero que ela seja criança, quero que ela sonhe! O que ela não faz na minha frente, fará com certeza nas minhas costas!
Ai! Estou confusa, estou cansada! Amanhã decidimos... Talvez vá ver o Gru o Maldisposto! Eu ia!
O caminho acidentado feriu-te, ao longo das encostas escarpadas da margem do rio. Os teus braços caídos, o olhar sombrio, o céu que teima em não brilhar e a luz que se esfuma em teu redor...
Falhou o destino, o eu que se perdeu? Havia uma brisa soalheira, uma música ao fundo, vozes e gargalhadas... mas passaste em silêncio, magoada!
Abre essa janela, enche o peito de ar, bem fundo até que doa, agora voa... voa até onde perdeste os teus sonhos e trá-los de volta...
Eu!
Às vezes pedir ajuda significa tudo, a diferença entre parar e continuar!
Sou arrogante eu sei! Comigo, com o meu mundo! Tenho também a humildade necessária para abrir novas portas, mesmo desconhecidas e seguir...
Perdemos tanto quando não damos oportunidades à vida de continuar a ensinar-nos!
Este vai ser um fim de semana em grande, vai pois!
...
A visitinha ao Dr. House foi rápida, há grandes novidades... para mim não, estou curada!
O mundinho lá fora anda sem gracinha nenhuma... acho que eu própria ando assim!
"Mãe, estou doentinho, por isso posso comer na sala não é?"
Pois!
Hoje
Falou da próxima vítima, o menino Pedro, que ele seja tão vitima quanto eu... que seja fácil e que seja definitivo! E eu estou aqui, porque sei o que isso é, e vou estar sempre onde ele mais precisar!
Vai correr tudo bem!
Diogo hoje conseguiu ficar de pé na natação, já pensava desistir daquilo, finalmente pós os pés no chão e percebeu que tinha pé (pouco). Parece que vai continuar!
Jantámos em família, foi bom.
Agora que resta? O fim do livrinho e uma noite sem sonhos! Deixo o canal Panda ligado e umas bolachas... deixem-me dormir um bocadinho, sim?
Avó
Está triste porque a aliança e outro anel desapareceram do seu dedo!
Quando imagino as mão da minha avó, aqueles adereços estão lá, sempre!
- Roubaram-mos Tita!
- Mas como avó?
- Foi no lar, fiquei sem reacção, pegaram-me na mão e com jeitinho levaram-me a minha aliança!
- Mas quem avó?
- Uma mulher!
- Mas quem?
- Não sei Tita, sinto-me tão confusa!
Este é o mote para mais umas quantas divagações familiares, umas teorias e afinal... a avó hoje continua triste!
A memória dela, pelo menos a recente, desvaneceu-se há muito, as perguntas repetem-se... A minha avó nunca inventou histórias, não se lembra que lhe telefonei hoje, mas recorda-me com exactidão cada momento da minha infância!
Sofro tanto com ela... A verdade é que os anéis desapareceram, a verdade é que enquanto os filhos debatem teorias acerca do assunto, a tristeza fica ali!
E eu aqui, sofro com ela! Podia fazer mais o quê?
Ser mãe... ser eu!
Uma historia que não embala...
Será culpa minha?
Alguém me dá o contacto de uma daquelas empresas de rating... preciso falar com eles! Tenho dois filhos pah!
Agora...
Agora...
Queria acender a lareira, deitar a cabeça no teu colo... ver um filme! Queria rir! Fosse pelo que fosse!
Queria-te aqui comigo!
Farta de queixas!
Farta de cinzento!
Afinal há um limite no tempo... Sejamos felizes e gozemos muito com o negro da vida, se tivermos tal possibilidade, eu tenho-a!
Sou portanto a afortunada que quer rir e brincar... porque apesar do Outono ter chegado, a merda deste mundo diz-me para dizer que sou feliz!!
Por ti...
Hoje vou ter 11 anos, ou 13 ou 14 porque os tempos mudaram.
Vou revoltar-me com o mundo e vibrar com o meu essencial mesmo que a razão me diga que é apenas acessório, para mim, hoje, será tudo! Vou sentir o friozinho no estômago porque vi um olhar, vou sentir a minha alma a explodir por cada emoção. Vou odiar palavras e gestos, vou rir e gozar do que deveria temer. Vou deixar-me sonhar, sonhar sem limites e depois querer... querer com loucura!
Vou encontrar o meu ídolo e fazer-me à sua imagem. Vou acreditar com fé nas palavras que me dizem. Vou querer ser estrela e poeta e artista de Hollywood.
Vou pensar agora, à noite, nos encontros de amanhã.
Vou tentar odiar quem mais amo... apenas porque me tenta empurrar para aquele caminho e eu quero ficar aqui mais uns segundos. Aqui nesta fobia de viver, sem limites!
Vou sentir o medo e a insegurança, a culpa daquele momento impensado, a revolta pela incompreensão de todos! Vou sentir-me sozinha embrulhada em desejos e contradições, vou querer uma mão amiga, amiga de verdade!
Vou tentar Mariana... porque sei que precisas... porque afinal, talvez eu tivesse gostado de ter companhia!
Amo-te tanto!
....
Ando à deriva no meio das actividades que queria que eles praticassem, e quem diria, não há tempo... Agora resta-me adaptar-me...~
Sinto-me sozinha e cada vez mais longe... de tudo!
mudar
Um dia, há 10 anos atrás, tomamos a decisão de abandonar a nossa terra e vir para Torres Vedras, Torres Vedras é uma terra bonita onde nada acontece.
Hoje, estou saturada, o porco e o pato e o pão em casa todos os dia é maravilhoso, mas tudo o resto é mau. Hoje andei a tentar arranjar ocupações para as manhãs da minha flor... e nada!
O futebol do pirolito acaba às 8. E depois ??? fico ainda mais escrava. Eu sei que tenho um jardim e uma piscina, mas também tenho uma certa dose de solidão de que não gosto... Vamos ver!
Por agora a casa está à venda!
A minha casa claro está!
Mudar assim não é fácil!
o regresso
A borracha e o lapis novinhos para animar. A pressão, as unhas roidas, os cadernos novos tão lindos! e Eu aqui estou, à espera...
É mais um ano, mais dificil que o que passou. Eu mais crescida e ela também! Alguém me ajude porque acho que não estou a falhar em nada!
A Senhora que fala com mortos...
No ano de 2010 estou farta de ver programas viciados e figurantes pagos e falsas noticias, tudo em prol das audiências... mas, neste caso tive o infortúnio de ver a estreia de Moita Flores a comunicar com a sua mãe falecida, depois Rui de Carvalho... nobre artista e distinto ser humano, depois Simone de Oliveira...
A primeira duvida minha fica-se na comunicação, sei que não sou espectadora assídua, mas como é que a Inglesa fala com o portuga morto??? São vibrações???
Não sou uma total céptica, pelo contrario, gosto de saber, de aprender, mas preciso explicar...
Dar-se-á uma personalidade como Francisco Moita Flores a um embuste??? Não creio. Então???
A verdade é que a minha vontade de aceitar é grande, ou melhor, a minha necessidade de justificar a minha existência é doentia, o meu crescimento, a minha vida, a sua duração, o que fica, as saudades, as mensagens...
Nem consigo escrever muito mais, tal é o meu medo de parecer demasiado esquisita... dava muito para acreditar que poderia dizer a alguém o que ficou por dizer...
Desta vez, aceito muitas teorias...
Em depressão
Faço anos amanhã e, como sempre, fico deprimida!
a verdade é que me sinto tão feliz!!!!!! as férias foram tão boas!!!!
Ai...
partir...
Na minha mala tenho-me a mim sem poemas nem luzes, tenho o que me pertence. É pesada a minha mala! Não tenho muitas coisas como pratos e lençóis, mas tenho almas e crianças a brincar no meu jardim. Não posso partir assim sem uma explicação...nem sequer quero partir, porque me dói a distancia, porque faço falta!
Na minha mala estão memorias que não quero perder, nem quero levar porque existem em mim, assim, levo apenas o que tenho de mim, a minha alma, o meu sonho!
Fico mais um bocado, à espera que não me chamem.... Afinal tenho medo, não quero partir.
Guardo a minha mala, cheia de mim, fico por aqui sentada na porta da rua onde o calor do dia minou o chão e o brilho do luar cresce por cima de mim.
Amanhã tudo está no mesmo sitio, a minha mala, a roupa no armário da avó, o dia que nasce assim e nós acarinhamo-lo com calor e a brisa de uma força que por aqui apareceu!
Que fique assim, como eu!
Cheia de tudo e sem nada para guardar naquela mala onde, afinal, estou só eu!
Em casa da minha mãe durmo tão mal... dói-me cada bocadinho, depois as obras e o trabalho e os miúdos!
Preciso tanto de férias!
Estou tão feliz!
continuando
Eu continuo em casa da mãe...
Acho que não durmo há cem anos...
Fomos ao Ikea... tantas coisas giras... não podemos montar nada...
Mas continuamos assim...
Weeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!!!!
Ponto da situação....
Regresso às origens em casa dos pais...
As férias estão quase... quase... e eu sem casa!
mas... tenho assim um sorrisinho traquina... e uma alegria desmedida... só me apetece cantar e rir e rir!
Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!!!!
Chego a casa e caio num pranto porque de repente tudo está errado e tudo está mal e a culpa é de todos...
Tomo uma pilula xpto que impede a hemorragia, mas da merda da semaninha deprimente não me safo!
Até para mim às vezes é confuso lidar comigo própria. A salvação é que me atura, porque já sabe... o melhor é não dizer nada e esperar que passe!
E desisti de me entender!
estou de fim de semana!
Um dia... assim de repente!
De repente sento-me numa espécie de auditório e vejo-te crescida, segura, à mercê de umas dezenas de olhares e, segura entras nos teus saltos altos e, segura, representas o papel que abraçaste cheia de paixão. Fico contigo a cada minuto a sentir o coração apertado, o nervoso que sufoca a respiração e a paz, a alegria de um dever cumprido, cheio de glória porque te aplaudimos de pé.
Não tenho aquela lágrima de alegria, mas tenho-te no meu peito, em primeiro lugar, a infligir na minha alma o que penso que sentes. Quando olho nos teus olhos, antes de pensar sinto. Às vezes dói, às vezes dói a distância... porque não consigo que saibas que estou exactamente onde o teu olhar divaga. Tu não sabes nem acreditas, talvez me escape muita coisa, mas o que mais me escapa são as palavras que gostaria que ouvisses até perceber que estou contigo, sempre!
Há o tempo que nos distancia??? Haverá?? No fundo da minha alma de menina não estão as memórias de dias como os teus?
Pudera eu pintá-los de forma a que entendesses... que sinto o que tu sentes... sempre, mesmo quando nem eu, nem tu, sabemos explicar bem...
Tenho saudades tuas... embora saiba que estás bem, não estás aqui, para que eu olhe no fundo desses olhos lindos e perceba o que afinal... tu sentes!
És linda.
Em Setembro vamos ter a grande peça, e lá vamos estar para te ver!
A tal da perspectiva...
Há que filtrar...
Fico-me sozinha a pensar... porque não nos dedicamos a sonhar?
Retratos a lápis
Por cá
A minha Flor está longe de mim, apesar da calma sentida, a saudade bate-a aos pontos... Ela está feliz e eu por ela.
Saramago morreu, apaguei o feed do seu blogue, li os seus livros e cimentei a minha ideia acerca da igreja... enfim... aqui vivemos!
Sábado, dia 19, recebi a mensagem ansiada do meu dr House. Parece que sendo negativo após seis meses da morte do 4606 posso dizer que estou curada. Neste momento isso parece-me irreal! Deixo para mais tarde.
Vamos entrar em obras cá em casa e isso irrita-me. Vou sair da minha casa... logo agora que começou o Verão, mas não vou reclamar antecipadamente... vou esperar!
Hoje foi a festa de fim de ano do Pirolito, foi só rir porque os putos simplesmente não cantaram, não dançaram e obrigaram as educadoras a fazer aquela figurinhas doidas... Foi giro!
E eu? Eu continuo firme com as minhas convicções, que seja teimosia, que seja. Por enquanto elas valem tudo... tudo aquilo que sei!
A minha mãe vai-se reformar e sofre muito por isso, compreendo-a. Vai ajudar-me tanto espero eu!
Vou dormir!
Sou feliz, aquele estado de felicidade que tantos querem esquecer mas que é o mais pleno, sem grandes desafios, o mais básico. Feliz... assim.... feliz... e o resto vai simplesmente resolver-se!
Tenho que dar cor a este meu espacinho, não gosto dele assim!
Palavras simples e cheias de tudo...
Assim....
e hoje...
Medo
Tenho medo da perda, do que sou, do que tenho, do que amo.
Tenho medo da loucura, que está ali a um passo de todos nós, que está afinal mascarada atás de uma linha ténue que a separa da consciência.
Tenho medo da dor.
Tenho medo do silêncio, do meu...
Tenho medo dos rumos que separam os trilhos que percorremos, assim sem avisar, de forma concisa, dilacerante.
Tenho medo de envelhecer, tanto.
Tenho medo de deixar de sonhar!
Este blog... o meu espacinho!
Queria continuar, desta forma, o que sempre me lembro de ter feito, escrever-me, com emoções e paixões e desesperos e parvoíce.
... de repente, pelas minhas palavras, ou pela fase da minha minha vida, comecei a receber comentários, comecei a interessar-me por quem os fazia. De repente havia inúmeras pessoas que sabiam o que se passava comigo. De repente li palavras que me tocaram e que me fizeram sorrir!
A verdade é que retirei ao meu espacinho a sua verdadeira essência, no momento em que pensei, pela primeira vez, como iria ser aceite por aqueles que me seguiam, essas palavras que eu queria escrever!
Fui ficando sem assunto, deixei de ser eu a única interessada... Leio blogues com centenas de seguidores, com dezenas de comentários a cada mensagem...Cheguei a pensar que com a quantidade de devaneios e idiotices que passam nesta minha cabeça, eu poderia criar um blog cheio de assuntos, com referências a gajos giros e acontecimentos importantes como os globos de ouro ou os ídolos.
Afinal afastei-me, deixei de escrever... A Inês queria um espacinho... e eu deixei que o ocupassem... Desculpa Inês!
Não é difícil encher uma página com coisas giras ou interessantes... não +e difícil encher uma página com dissertações anedóticas acerca da anedota que é o sítio onde vivemos...
Mas o que eu preciso mesmo é de um espacinho meu... por isso vou alhear-me do resto... vou escrever para mim, afinal de contas tudo aqui é virtual, é ficção, e eu, eu sou quem aqui mais interessa.
Passou um ano de 2010, cheio de tudo e, fui ver, escrevi algumas coisas... e tudo o resto??? Não interessava? Não era suficientemente poético?
Ahhh! Mil perdões aos virtuais... este espacinho é meu... aqui vou ficar eu, lembrada em palavras que um dia espero voltar a ler!
Posso começar?
Hoje? Hoje brinquei até à exaustão com os meus filhos, porque sinto neles um reflexo de mim, sinto neles a minha influência, então hoje tive o ânimo que precisava para fazermos caricaturas, para rirmos, para nos aproximarmos mais e mais! Quando nos perguntam a profissão, a primeira resposta deveria ser sempre: Mães!
A ideia do meu espacinho voltar ao seu inicial propósito, deu-me uns milhares de assuntos... Hoje fico-me pela minha memória ou percepção da realidade. Ando a estranhá-la! Este ensaio que participei implicava uma bela dose de componentes psicológicos, daqueles difíceis de explicar. A verdade é que a minha memória mais recente está um caos e isso não é fácil de gerir. Mais grave será talvez a continuação do meu mau feitio, ou seja: Dr. House avisa acerca da necessidade de tomar uns anti depressivos ou uma tal de parox bla bla, eu não tomo. Vou ter com ele lavada em lágrimas e ele obriga-me a tomar, e eu de repente, ah e tal bora parar com isto, já chega, estou perfeita e deixo de tomar tudo!
Custa aceitar que fiz mal...quantos sermões já ouvi. A verdade é que me sinto estranha, sem memória, alheada da mais recente realidade. Fico à espera, à espera que passe, que seja apenas uma fase.
Nesse entanto vou tentando rir muito e ser feliz... acho que ajuda!
Aqui, fica o meu Espacinho... Meu!
É simplesmente fenomenal..
Fenomenal também foi ver de perto a alegria da minha Flor!
Fenomenal foi encontrar e dar um abraço muito apertado, a uma das pessoas que marcaram mais a minha vida...
O melhor do mundo?
Ser assim é mais fácil, construimos ou reforçamos ideias e ideais e tarefas e limites.
A minha Flor vai ver a Miley Cyrus, e eu vou com ela, não gosto de Dzrt nem conheço Mc Fly, a Miley tem um vozeirão e gosto dela, que continue a cantar... apenas cantar, vou acima de tudo fazer o papel de mãe que tem que acompanhar a filha de 10 anos a um concerto. Por mim ela iria sozinha, com as dezenas de amigas que vão estar lá, iria deixa-la à porta e iria busca-la no final, mas estamos em 2010 e ouço dizer que não se pode! Tenho pena! Mas esse é outro assunto!
Tenho pela Mariana uma confiança que me assusta, trato-a, e sempre a tratei como um ser responsável, individual, pensante. respeito os seus gostos, as suas ideias. Não me inibo nunca de lhe dar a minha opinião, sem a condicionar, dou-lhe a liberdade para que escolha. Sou firme e exigente com aquilo que considero serem bases fundamentais. O respeito, a educação, a família, e todas as bases e raízes que me sustentam.
Ando tão farta de teorias... farta de ameaças... se não fizeres isto e aquilo ela vai ser isto e aquilo. Farta da identificação de supostos "problemas", farta de nomes esquisitos que dão ás crianças.
A minha Flor tem nas suas bases aquilo que lhe transmiti, mas também tem o que os seus 10 anos lhe proporcionaram, e eu... talvez nem saiba o que isso é. É a minha humildade que agora grita que, apesar de me sentir jovem, não acompanho naturalmente o que, com 10 anos, ela está a viver!
O que eu queria? era estar mais perto dela, e aí assumo as minhas culpas, quando disponho demasiado tempo com questões menos importantes e por momentos, me esqueço, da grandiosidade de ser criança. sim, aquela altura em que nos era permitido sonhar sem limites. Talvez tenha medo desses sonhos misturados com devaneios pela sua dimensão... Quem sou eu para limitar esses sonhos? Só porque sei o quanto custa concretiza-los???
Agora aqui, só eu, a Inês... Apetece-me gritar ao mundo... cresce Flor, sê feliz, brinca, brinca muito, canta e dança e sonha... sonha sempre. Não! Não é agora que deves preocupar-te com as respostas deste mundo doente... deixa isso... Amanhã, se quiseres falamos sobre isso! estou aqui para ti... sempre, mas agora vai e sonha! Voa até onde quiseres, qualquer janela serve para voar, como sabes. Eu vou ficar aqui...
A verdade é que depois, na correria dos dias, não é fácil sentir esta confiança no crescer...
Amanhã, mais uma vez, vou crescer contigo. Que fiques do meu lado, só um bocadinho, porque afinal também sou miúda, também tenho medos e preciso de ti. É isto? É esta frase que me faz sonhar também a mim?
que seja... Mas quem é que disse que lá por sermos mães temos que ser detentras da verdade? Venha a humildade necessária para aprender... aprender muito...
Amanhã vou dar-te tudo o que puder... Para que sonhes e vibres e sintas, sem condicionantes!
Amo-te!
(espero que a Miley comece a cantar às 10 e meia...)
nós
Eu sei, é uma prisão, um tormento. Um tormento que nos alimenta de uma forma indescritível. Como uma droga, não nos faz bem mas é bom!
Analisamos o ser, o estar, o sentir, o falar... Porque nunca estamos juntos, apesar de já terem passado 18 anos. Talvez não tenhamos criado uma rotina, a tal que destroi... talvez tenhamos uma necessidade grande de nos completarmos e não temos tempo pra fazê-lo.
Sabes?, não estou a conseguir libertar-me de fantasmas, sei que isso está a massacrar os meus dias, e os teus, mas não encontro a formula que deve existir para fazê-lo.
Quando te zangas porque não me despedi de ti, embora o tenha feito, penso que talvez não seja assim tão mau essa zanga... É porque me amas? É porque vivemos e sentimos a vida um do outro.
Viver assim é que não é fácil, mas saberia eu viver de outra forma?
Tens ciumes destes meus jantares? se tens só posso dizer que trocava todos eles por um cachorro quente contigo num qualquer beco de Lisboa. Porque te amo de uma forma que nem consigo explicar, mas que sei ser demasiado doente! Mas eu sou assim, doente por ti!
Pois...
Haja paciência!
Hoje
Hoje vou dedicar-me a ser miúda também, acho que vamos brincar quando chegarmos a casa, até acho que o jantar vai ser no Mc Donnalds...
O fim de semana foi tão bom, mas tão bom!
MAS SÃO 10 ANOS E MEIO...
Se o meu estado fosse sempre de serenidade e paz total, muito provavelmente eu iria usar toda a minha inteligencia para responder aos constantes ataques desta criatura de 10 anos.
Volto aos meus 12 ou 13, sim porque isto evoluiu. Nessa idade que raio pensava eu da minha mãe??? Nem sei, não falávamos daquilo que eu vivia diariamente, culpa minha presumo eu. Não falámos nunca de namorados ou de período ou de miúdas irritantes. Havia um outro lado familiar... Em casa tudo decorria de outra forma, na escola era outra Inês. Será isto?
E lá venho eu, mãe cheia de ideias, colmatar todas as lacunas que consigo, ou acho que consigo, identificar na relação com os meus pais, nesta idade. E inundo a miúda com blá blá blá. Aos seis anos falámos de doenças sexualmente transmissíveis, compramos livros com título fabulosos como "O que fazem a Mamã e o Papá", ou seja, prepara-te filha porque o quarto dos pais está trancado à chave várias vezes. Conto histórias humilhantes acerca dos meus desgostos amorosos com aquela idade, tento transmitir alguns sábios conselhos acerca de como lidar com tudo, desde o professor ao gajo que nos ama e que não podemos ver nem pintado, à paixão assolapada por aquele outro que nem olha para nós, à nossa melhor amiga que foi contar aquele segredo à turma inteira... Desfaço-me em vivências reais, sinceras e ??? A resposta parece ser uma indiferença total... do tipo: " A minha mãe era mesmo tótó.
É um facto... sou moderníssima, leio, questiono, preocupo-me. Sou informada! Quero ser moderna e actual e ser qualquer coisa parecida com herói.
Mas não é bem assim...
Há dias em que me venera, quer saber como era comigo, o que eu fazia. Faço-lhe a depilação com cera ( demorou 2 horas), mostro-lhe o que fazer se o período aparecer no meio da aula de Matemática, desdobro-me ... perco-me entre o que sou e acredito ser o essencial e a Inês miúda e maluca que canta alto no carro e se mete com os colegas de turma.
De repente fica fechada, calada, mal disposta. Tudo o que digo é uma seca. Tudo o que dou é mau. Tudo o que tem não chega. Se repreendo revira os olhos. Se discutimos bate com a porta. se tento conversar não consigo chegar até ela.
Queria tanto ser o que idealizei, queria tanto acompanhar esta idade que não é nem nunca foi a minha, e não estou a conseguir!
Às vezes deixo que ela me magoe. Digo "deixo" porque a culpa é minha. Insisto em obrigá-la a sentir o que demorei 37 anos a consolidar. A família, o respeito...
A verdade é que a fasquia que pus, é demasiado elevada, como sempre em mim. A verdade é que tenho uma miúda educada, respeitadora, mas...
... mas que, tantas vezes, eu sinto tão longe de mim...
Do fundo da minha alma... acho que preciso de ajuda... nem que seja sentir que não sou a única, sou egoísta quando penso e sinto isto, a verdade é que não tenho uma referência, e as minhas memória, a minha experiência, estão muito, mas muito desactualizadas... e eu jogo PS3 e tenho umas roupas giras... mesmo assim...
Minha vidinha
São dias...
Que raio!
Veio o Papa, o Benfica é campeão e ninguém quer saber do aumento dos impostos e tal!
Veio o Iva para pagar... um balúrdio!
Hoje não me apetece ir para casa!
Amanhã é feriado!
Que assim seja!
Reflexões minhas e o Papa!
Percorri toda a informação que já tinha acerca da vinda do Papa, as obras, a limpeza, as forças armadas, e todas as outras forças policiais e de protecção, juntei também três dias de feriados e tolerâncias de ponto, fiz umas pontes sobre eles, e senti-me mal.
A opulência da igreja incomoda-me, não falo sobre o conteúdo, a missiva, a história, muito menos nos milhões de fiéis. Limito-me à imagem. Ao que rodeia a imagem. As vestes, o ouro, a opulência. Existindo, Jesus não foi o exemplo. Então quem foi? Eu sei quem inspirou o Pai Natal, foi uma lenda que a Coca Cola pintou de vermelho.
E o Papa? Porquê aquela riqueza? Ostenta o quê? Poder? Riqueza? Ou são os fiéis que gostam de vê-lo compostinho?
4606 - Capitulo final...ou quase
Dr. House:
- Inês, você já não está doente! Agora posso preocupar-me com todos os outros que estão???
Foi ontem, saí de lá com uma mancha esbranquiçada no meu cérebro. Saí assim a saltitar, a esvoaçar... até agora tenho tentado perceber o que me falta para selar e guardar tudo isto na caixa das minhas vitórias, num lugar de destaque com o número 4606,? E depois limitar-me a festejar cada dia que passa. Ficar simplesmente grata e aceitar aquela frase curta? Acho que é medo. Não gosto disso, é um medo que bloqueia os sentimentos mais frágeis de tão fortes que são. Se este medo morresse eu seria mais feliz? Acho que sim...
Então agora vou dedicar-me a isso.
Despejar...
Mesmo tendo razão...
Eu sei, há com 10 anos, imensos momentos assim, de devaneio, de histeria, de loucura... há com os seus 10 anos um mar de gente a puxar para todos os lados. Há que escolher! Lixado é quando ser mãe obriga a chamar a razão. Assim, mais tarde talvez essa razão prevaleça num desses momentos. A razão que aí será a dela!
Fico a olhar aqueles olhinhos, meio envergonhados, arrependidos... e só me apetece abraçá-la, enchê-la de mimos e acabar já com o castigo! Poxas!
Para ti vida
Segunda feira
Entrar no carro e ouvir qualquer coisa do género... I gotta certeza ???
É segunda feira...