"Posso dizer o que quiser, nunca saberei o motivo pelo qual se escreve, nem como não se escreve."
"Escrever é também não falar. É calar-se. É gritar sem ruído."
Marguerite Duras
Escrevo para mim, aqui porque não tenho um diário, desta forma porque é assim que me apetece.
Acordo mal disposta, prefiro que não me digam nada, sei que reajo mal.
A viagem logo de manhã foi um suplício, como som ambiente tinha a Mariana a ensaiar a nova musica na sua flauta, cheia de orgulho por conseguir três ou quatro notas sem sair do tom, para ela uma conquista monumental.
Diogo atacou-me com perguntas, respondi a todas com o meu melhor sorriso, que não era grande coisa. A confusão instalou-se quando ele tentou perceber porque é que ele pode ir comigo à casa de banho das senhoras, e eu não posso ir com ele à casa de banho dos senhores...
Tentei, tentei e não consegui! Manteve-se o eterno: - Mas porquê?
Quando entrei no carro depois de deixa-los nas respectivas escolas, fechei os olhos e saiu-me um:
Finalmente!!!! Silêncio!
e agora?
Escrevi isto porque agora, já bem acordada, passadas umas boas horas, estou com uma vontade louca de tê-los comigo.
Escrevo isto porque afinal, é isto que eu sinto!
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