Não sei o que são, sei que lhes dou alguma importância...

Noite mal dormida, amanhecer com a chuva, o cinzento que ocupa todas as cores, mil tarefas, urgentes, sem que fosse eu a única participante, dependente de horários, vontades, trânsito e talvez uma boa dose de sorte. Tudo terminado pelo 12:00. O meu pequenino lá foi para a praia com os coleguinhas, deixei-o com um esforço mal disfarçado no olhar, de quem não quer estar ali, de quem não quer deixar-me. O "padrinho" inventado que me vai ajudar a que a minha Flor entre na escola que escolhi para ela, lá estava, com os papelinhos pedidos. Cheguei ao Hospital já tarde, foi tudo já à pressa, lá lutei contra a minha aversão visceral a análises e correu bem. Agora, quatro semanas longe daquilo, só com um telefonema do Dr. House já esta semana com as boas ou as más notícias, as que vierem.
Conversa rápida com a professora da minha Flor, sem grandes questões, acabou, ouvi, falei... a verdade é que ela está linda, tem resultados muito bons na escola e eu estou aqui, sempre com ela.

Depois da correria que nos transforma em autómatos, depois do sentir o dever cumprido, depois daqueles telefonemas que não queremos, as questões que mais uma vez respondemos, o trânsito e a porteira. Sentei-me, olhei os papéis na diagonal, não havia dramas, não havia mais urgências.

Deixei-me sentir...

Respirei fundo, senti um aperto forte no coração, um misto de ansiedade e aquele amor que dói. Senti-me vazia por um momento para logo ser inundada dos meus sentimentos, os que me preenchem e sem os quais não vivo. Sem drama, sem culpa. Orgulhosa, vencedora, lutadora, mas com um aperto no peito.

Gostava de chamar-lhes "sinais", para isso teria que confessar algum tipo de credo que não tenho, ou não me apetece querer ter. São "coisas" que aparecem à frente dos meus olhos, não sei se as procuro ou se apenas tenho o cuidado de vê-las, são "coisas" que me alteram, que me fazem parar, ponderar. Principalmente quando a minha mente insiste em acelerar em rodopios sem sentido e exagerar e cobrir de negro tudo o que tem cor, ou colorir o que já está saturado de tons. "Coisas" que me abanam e alteram a perspectiva. Essas "coisas", os Sinais...

Já sentada, mais calma, assisti a isto, que alguém partilhou e que também eu quero partilhar e ver e rever:




E este foi o meu Sinal.

E este sinal mudou a perspectiva! E tanto que eu estava a precisar de um abanão!

3 comentários:

Isabel disse...

Texto fantástico, o teu.

E realmente esta música ABANA! :-)

Beijinho

Mitá disse...

Olá amiga ADOREI o teu "SINAL"....não sabes o quanto estava a precisar dele...bjs boa semana

lady.bug disse...

este vídeo diz-me tanto... um dia falo nisso no meu blog

obrigada pelas visitas

beijos