mais um hoje!


É a Tita... avó... abre a porta!

A porta abre-se com uma chave que está debaixo de um vaso! Mas a avó precisa ser dona daquela casa!

- Já vou Tita!

A Chave desce por um cordel...

Entro na casa, na minha casa, a casa das minhas férias, a casa onde fui tão feliz... Antes a casa cheirava a pão... agora não!

- Então e o Pedro?
- O Pedro tem que trabalhar!

A casa está meio despida, está fria, falta aquele toque de Natal, mesmo não sendo ainda Natal falta ali qualquer coisa, falta calor!
Mas a braseira está quente! Pois está, eu sei !

Hoje liguei-te, atendeu alguém que me disse: Boa noite, ligou para a D. Maria...mas ela hoje não quis vir para o lar. Fomos lá e demos-lhe o almoço, mais tarde demos-lhe o jantar!

- A Avó estava bem?
- Sim, estava bem!

Entro... absorvo na minha alma aquele sitio, aquelas vozes, aquele quente, a agua mel com queijo de cabra e as noites passadas na avenida... quando jogar às escondidas era tão bom!

Entrei e subi as escadas. O cheiro nauseabundo começa a infiltrar-se, ela não admite sequer um reparo, as calças, as meias, as pantufinhas estão encharcadas de urina... ela não sente! Tento lavar tudo antes que chegue.

- Mãe, a mãe tem que cuidar de si... as senhoras do Lar vieram cá para ajudá-la!
- A casa é minha! Sei bem cuidar dela! (O filho afasta-se, magoado)

- Dona Mariaaaaaaaaaaaaa!!!
- Hoje não vou!


A avó hoje não vai... eu sei avó, roubaram-te os anéis... e ninguém acreditou... eu sei avó... o teu filho Eduardo ligou-te e zangou-se contigo... porque não quiseste ir para o lar... eu sei... tu não gostas do lar!

Sabes avó, disseram-me que quando não vais ao lar ficas mais triste, mais sozinha, a solidão é marafada avó. Queres dizer-me, por favor, ao ouvido, o que tu queres afinal???

E se eu te dissesse que me fazes falta? Que preciso da tua voz? Quando me contas as tuas historias, quando as contas aos meus filhos... eu ainda tenho mais certeza... Preciso tanto de ti!

A tua casa é linda, eu sei... mas quem lá está agora?

Fico aqui, com saudades...

Sou a Tita e quando tu me chamasses de novo... eu não me ia atrasar... porque estavas aqui pertinho! É o meu pedido de Natal!
Está muito frio!

Tenho um livro que me enerva para ler! Nicholas Spark com a Hannah Montana na capa!

Mas a cama está quentinha... e não consigo deixar um livro a meio!

Vou dormir!

Ainda não comprei uma unica prenda de Natal!

Vou dormir a pensar nisso!

O meu carro pifou!

As prendas de Natal estão suspensas à espera do telefonema do mecânico!

Vou mesmo para a cama...

Estou assim... feliz!

Vida...

18 anos e eu chamo-te vida!

Hoje são 18 anos de namoro e sim, é essa a verdade, continuamos namorados, namorados que namoram!

Há 18 anos não foste um amor à primeira vista, pelo contrario, contestei cada palavra cada gesto cada atitude... depois deixei-me sentir... baixei os braços e consegui ouvir-te com o coração... duvidei e tive medo de acreditar!
Obrigaste-me a baixar os braços, a sentir tudo o que eu tinha medo de sentir. Foste paciente, foste amigo, foste diferente!

Depois começou a vida... Aquela vida que nos transforma, que nos obriga a lutar de formas que condenamos... Mentiste-me e eu menti-te! Arranjemos historias e explicações, sofremos e as lágrimas cairam, mas persiste algo maior, um amor maior!

Sejamos maiores... contemplemos a maravilhosa vivência de quem não mente, sejamos nós!

Assim, aqui e para ti, digo: Amo-te !

Hoje, quando o carro pifou, no meio da auto estrada, ao telefone com o sujeito do reboque, vi uma estrela cadente!

Foi tão bonito! Pensei em ti e acho que pedi um desejo... nem sei o quê!

Preciso de ti... Tanto! 18 anos maravilhosos, cheios de tudo!

És Vida porque sem ti acho que nem saberia viver!

Brilhante...

Podia ser meu porque também sou brilhante, mas afinal há quem também seja... e eu copiei... porque devemos ler, assim... é o Zhu Di ... e escreveu isto... e é brilhante!:.. Como eu !

Tentei copiar e não consegui! é ir lá e ler!

por cá

Ontem foi dia de festa, 11 aninhos da Florinha...

Hoje foi serão com 15 espisódios seguidinhos da pantera cor de rosa...

Assim se vai por cá!

Hoje...

Insisto e repito e digo alto vezes sem conta...

Folow the yellow brick road!

Não tenho sapatos vermelhos, mas sinto tanta falta da magia que, neste momento, não existe por aqui!

Será do frio? Ou não!