E foi há 19 anos que não te resisti...



E jantámos na marítima de Xabregas e fomos a um bar em Alfama onde me disseste que eu tinha umas mãos lindas... Ouvimos esta música vezes sem conta.

E nestes 19 anos fizeste-me feliz!

É especial não é ? Amo-te!

Avó!


Estou aqui... estou mesmo! Gostava de aqui ficar o tempo que quisesse, sem a pressão das horas e das manhãs.
Queria ficar aqui o tempo necessário para encontrar as palavras... mas elas não aparecem...
Parece que a culpa é minha... quando me dizem que tenho que estar preparada...
Que merda... o meu egoísmo e o de quem quer que seja que consiga ser honesto... Sim! sou egoísta, não me quero despedir de quem me amou tanto, de quem me cuidou melhor do que qualquer outro, não quero pensar ... Quero que fiques comigo! Oiço a tua voz a chamar-me, naquele tom estridente e embaraçoso... Tita!
não me despeço assim da Tita!
Tenho tudo preparado em pensamentos e imagens, a dor, a perda, a missa e as flores... mas é mentira, porque ainda estás comigo. Sou a Tita, só por mais uns tempos... Estar preparada não existe. Procuro conforto na idade, no teu estado de saúde, no destino incontornável de um corpo.
Eu sei que se pudesses escolher, neste momento, já não estarias connosco há muito, eu sei.
Esta espera agonia, cada vez que o telefone toca estremeço. A inevitabilidade magoa tanto!
Este Domingo está frio e feio. Gostava de olhar para a morte como tu olhas, com uma serenidade que sempre me asssutou, desde menina. Vou tentar aquecer este Domingo, não sei ainda bem como, vou tentar!

Hoje, o segundo filho, os outros e o retorno...

Hoje o meu dia foi terrível como têm sido, aliás os meus dias, sem que retire a minha culpa, são meus e eu tenho-os feito assim... posso mudá-los pois posso, posso enfrentar um castelo de feiticeiros, ensombrado de feitiçaria e posso, com a minha força, conquistar aquela praia que há tanto sonho... com ataques estudados e certezas adquiridas... falta o dia, a hora, o momento em que o farei... falta o meu porto seguro a minha aliança, para breve!

O segundo filho... sou eu, sou a segunda filha, sim fiquei com os brinquedos da minha irmã, sim usei a roupa da minha irmã, sim, sempre assumi que ela teria um estatuto diferente, só mais tarde me questionaria porquê....

Também eu tenho um segundo filho, e eu sinto e assumo que a ele não dei o que dei à primeira, o tempo, o mimo, a inquietude, a preocupação, não havia a novidade, os sustos haviam passado, a novidade era já conhecida...A história lida para adormecer tornou-se um tormento e não a delicia de outros tempos, fica uma culpa velada, a culpa de não dar tudo, dei apenas o que achei necessário, nada excessivo e assim nada exagerado, dei o necessário e o necessário não chega... Desculpa-me Diogo! A culpa sinto-a e assumo-a!

Os outros continuam assim egoístas, dão para que recebam, controlam, contabilizam, afundam-se nos seus seres e esquecem quem também é! Mais uma culpa, sim minha, tão minha. Se fazer alguém feliz me deixa feliz... esse é um problema meu! Não tenho que esperar o retorno, ele não existe além destas quatro paredes.

O meu filhote lindo, o meu pirolito fez hoje seis anos, e passado tudo isto o retorno está no ouvir as gargalhadas bonitas e sinceras de quem se sente verdadeiramente feliz...

Feliz pela nintendo, pelo amor, pelo mimo que hoje foi real, os telefonemas, as presenças, o "hoje és tu que mandas" mesmo que isso se reflicta num jantar no MC donnalds.

Tu Diogo, e só tu, hoje, como há seis anos atrás, fizeste-me feliz! Por ti, esqueço o que assombrou esses anos, és um menino maravilhoso, que de tão dificil se transformou num exemplo que, até eu, quero seguir. Amo-te e para ti quero, o melhor, quero tudo! Não se dimensiona... és o meu filho!
Terás tudo e eu estarei aqui...

Gerações

A diferença entre a minha geração e a da minha mãe resume-se talvez à televisão a cores e ao correio azul!


A distância entre os meus gloriosos anos 80 e a geração facebook da minha Flor, são anos luz! Tento ter esse facto presente sempre que acordo... Porque quero crescer, estar alerta, conhecer!



Quando eu tinha 15 anos, os meus pais não sabiam nada. Não sei como o fizeram mas transmitiram-me o que de mais importante rege a minha vida, hoje, com quase 40 anos. Nem sei dizer se foram palavras ou atitudes, se foi a catequese ou as viagens, sei que lhes devo os princípios... Mas não me lembro de nenhum sermão acerca de princípios...

Um parêntesis necessário: Culpem-me... sinto-me miúda, sinto-me jovem, quero dançar e ser feliz, quero aventuras e noites loucas, quero emoções e vida e excessos! Fecho o parêntesis... Sou mãe e tenho que educar! Sou amiga mas educo, sou cúmplice mas educo, estou onde a minha mãe não esteve, falo sobre o que a minha mãe nunca falou, conheço o que a minha mãe nunca sonhou... e agora tu Flor: Sabes o que eu não sei? Falas do que não conheço?


Hoje estremeci de medo, entrei na conta da minha Flor do Facebook, fi-lo em consciência, ela tem 11 anos, não há lugar a privacidades que superem o meu medo de eventuais ameaças... ela tem 11 anos!

Fiquei assustada! Não são as fotos, não são os comentários... É a falta de valores e de princípios morais, aqueles tais que eu não sei como mos incutiram, é a leviandade como se tratam amores e amizades.


A imagem comanda, o estatuto lidera, os amigos são meros degraus que se usam para alcançar o status. A quantidade de amigos no facebook cataloga o jovem, uau, 1500 amigos, deve ser fantástico! As fotos mais giras, as ligações mais diferentes, o cabelo e os Vans e a T Shirt... e Flor!!!!! e tu? e o interior?

Confrontei-a, calou-se ... o silêncio mata-me!

Não me lembro da forma como me foi dito ou mostrado que o que importa é o interior, e também não sei como mostra-lo à minha Flor!

Fiquei triste, desiludida, quero culpar-me e não consigo, quero entender em que estagio estou de uma suposta negação e não consigo...

Ela está longe! Cada vez mais e só tem 11 anos! Parar o carro à porta da escola é deprimente, as miúdas esbanjam imagem, são todas iguais, os miúdos lá variam, com os skates e as franjas e as calças a cair... Mas a imagem não interessa certo? Interessa o que está por dentro... e isso eu não vejo!

Estou parecida com a minha mãe? Não saberei de nada? Haverá alguém que me explique?

Hoje

Hoje é um dia importante... A Flor começou o sétimo ano, fui à apresentação na escola onde fiz o 10º e o 11º, que saudades! O meu grande desejo para ela neste momento, é que aproveite... Que deixe de parte as borboletas e as imagens, que se acalme e aproveite cada momento. Blá blá blá de mãe. Vou tentar ir devagarinho com ela e sempre ao seu lado! Ao lado do Pirolito também que no seu 3º dia de aulas se mantém empenhadíssimo e orgulhoso do seu novo estatuto de mais velho!

O Pedrinho começa hoje uma luta dificil, que eu conheço tão bem e eu, vou estar ao lado dele, tal como ele esteve ao meu.

Não sei bem como me vou dividir... mas hei-de chegar para isto, e para o resto!

Hoje acordei só com o sol da minha alma porque lá fora ainda era noite. as luzes da aldeia ainda estavam acesas quando saímos, estranho mas bom, chegar a Lisboa com o Sol pertinho do rio.

É assim uma nova etapa, preparada nestas férias e com muitas certezas de grandes sucessos! Assim seja!

Ponto final, parágrafo...



As férias.... são a diferença, a família, o sol, os brilhos... estas foram isto, com muitos risos!

Amanhã o Pirolito começa o seu 1º ano.
Amanhã tenho 39 anos.
Amanhã é o início de mais um parágrafo.

Tinha saudades daqui, acho que vou ficar e deixar sempre mais um parágrafo... Faz-me bem!
A verdade... a verdade...
E por onde começo? De repente tudo falha... pelo menos no retorno, e eu, busco uma fonte! Sou demasiado exigente, quero-me exímia, sou apenas eu!

Deixei de escrever porque quando as cores se misturam e não conseguimos distinguir o preto do branco, quando o que precisamos de ser abafa o que somos, nem que seja a imagem... Sonhos, memorias, viagens, musica e dança... tudo se desvanece em busca de mais... COMO EU...
Não quero nem gosto, mas devo, devo ser e rir e brilhar, mas a verdade é que me sinto cinzenta, sem cor, sem vontade, sem brio... A vida dói, a idade fulmina o meu peito, tenho medo, não quero morrer, tudo isto me afugenta... do real.
Agora vou dormir, dói-me o corpo...
Se te sinto distante, e cobro, e questiono...

Pensei agora... serei eu? Mas coube-te a ti esse fardo... o da culpa...

Agora vi que talvez eu me esconda!

Estou escondida porque o que te quero falar, sem a minima importância, requer que te lembres de tudo o que, sem importância alguma, eu te disse, algures numa noite de Sábado!

Culpo-me por falhar em acompanhar-te... as tuas idéias e as tuas teorias de empreender, sem que o notes, eu falho e nem sei perceber porquê...

Sei que estás sempre aqui... e isso é tudo, tudo!

O dia de hoje... fica...
A pedido de várias famílias fiquei sem florinhas...

loucura

Quem espera numa sala o resultado de um exame que explicará porque um filho, pequenino, coxeia de vez em quando, coxeia há 6 meses, alguns dias por semana, fez mil exames e não se encontra nada... mas naquele dia ele está a coxear muito, quase não pousa o pé no chão.

Ouvimos o nome dele, o médico pede que nos sentemos e dita a sentença:

- O seu filho tem a doença de Perthes!

Minimamente inteligente ou esclarecida ou pouco loura, sei que uma doença com nome de pessoa não é bom... Faço de imediato um ar aflito, ansioso, preocupado...

- Esta doença afecta a cabeça do fémur, esta vai-se degradando, mas está no início, é bom!

O meu ar aflito mantém-se...

- O que quero dizer-lhe é que o seu filho não irá ser um Cristiano Ronaldo!

O desespero ameaça, o olhar doce do Diogo atento àquelas palavras magoa-me, percebo que não há grande comunicação com este médico... Penso no pediatra, vou ter com ele, ele vai ajudar-me!

Entretanto o Diogo deve repousar... não pode correr, não pode nunca dar saltos...O meu Pirolito sem correr? Sem saltar??? O inferno, quebrar a energia de um menino de 5 anos, obrigá-lo a parar, a toda a hora, todo o instante!

Faço questão de enfatizar a ansiedade que senti, a dor quando nesse mesmo dia o meu filho me diz que queria tanto correr até à porta da casa da avó... a dor que senti quando a educadora me referiu o quanto custa ao Diogo não jogar à bola...

O Pediatra achou que Perthes seria uma resposta viável, mas insistiu que fosse a um Ortopedista...

Tenho um sogro cheio de Pfeizers e Cientista e um Master em Radiologia(neurologica), mas não gosto dele! Ele viu o exame e disse que éramos loucos, o Pirolito não podia ter Perthes...

Hoje lá fomos, e o Ortopedista confirmou, o Diogo não tem Perthes! Vamos ter calma e tentar perceber porque se queixa da perna esquerda, vamos mantê-lo naquele repouso...

Saí da Cuf pelas 11 horas, pensei... se eu for à Estefânia será que encontro o filho da puta que disse à frente do meu filho que ele não iria ser o Cristiano Ronaldo???

Pensei melhor... Hoje era o dia da festa do Pirolito na escola... Vou estar feliz e ao lado dele! Mas ainda estou aqui a magicar qual a melhor forma de explicar ao Dr. (contive-me tanto para não dizer o nome dele) que à sua frente estão Pais e Mães e meninos e que cada palavra dele tem um impacto forte, como se fosse um Deus, único sabedor da verdade oculta. Filho da mãe! Passaram quase 20 dias, a recuperação de uma doença de Perthes pode ser qualquer coisa demasiado violenta, como uma imobilização total...

Já chega! O Prof. Pfeizers quer uma reclamação ao Hospital D. Estefânia... Quem manda sou eu, aquele sítio está cheio de gente maravilhosa... o tal do Dr. eu talvez o encontre por aí!

Estou tão zangada!

Aqui em casa o Blogger não funciona, só no trabalho, tenho dezenas de posts escritos e nada publicado.. alguma sugestão? Já estou zangada... o suficiente!

...

Quando te senti pela primeira vez, no meu peito, acabada de nascer, eu chorei... Não me canso de lembrar esse instante, chorar de amor e felicidade é um privilégio de poucos... Tu deste-mo, e eu chorei por te ter...
Desde esse instante construí castelos e praias à tua volta, o tempo seguiu frio e insensível, e nesse tempo eu estive longe e preocupada ou distante e cansada, ou dorida e desanimada... Mas falamos e rimos e já eram horas de dormir, as regras e os horários... Um dia revi-me em ti, quis falar-te... Não consegui... Claro que me culpo, como sempre, mas olho para ti e sinto-te tão distante e culpo-me. Zango-me quando penso que devias fala comigo, e não falas... Sinto-te longe... queria-te perto...

Já não me atormenta a mania de que sou a geração de oitenta, já não me sossega pensar que conheço a verdade... Já assumi, não sei! Sei que também tu não sabes o que eu vivi... um dia...

Neste momento estás longe, estás dispersa de mim e isso magoa-me. Amanhã nem sei onde estarás, só sei que estás no meu peito e há uma lágrima que me prende a este mundo... Aquela lágrima que me ensinou a amar-te!

Estou aqui, sempre!

Mudar e saber

O horizonte muda, quando muda a perspectiva...
A perspectiva muda, de vez em quando, por desígnio superior ou não, tem mudado, de tempos a tempos...

O horizonte muda e fica mais claro e liberto, as nuvens desvanecem-se, o céu fica escuro e cheio de estrelas, ou a lua adormece e o sol aquece-nos o peito mal acorda...

A perspectiva muda quando a nossa vida sofre ou ri ou festeja, muda quando o acessório toma o seu lugar e o essencial nos inunda.

De tempos a tempos, como se a minha vida estivesse escrita e bem dividida, como na roda da fortuna, os bons e os maus, os risos e as lágrimas...

A verdade é que sou mais eu quando a perspectiva me eleva a um ser maior, quando o mesquinho e o secundário e o periférico se mantém quietos lá onde não fazem falta... Pudera eu decidir quando!

A perspectiva muda quando a vida nos foge, quando uma criança sofre, quando a injustiça nos toca... Eu cresço tanto nessa perspectiva...

A verdade é que, de imediato, os sentimentos se tornam mais claros, as prioridades são afinadas de uma forma precisa, o rumo é um e apenas um, as forças emergem de um sítio onde não imaginava que existissem.

Todo o secundário, e que vastíssima lista eu poderia enunciar, perde força, para que num plano básico fique apenas o essencial... Sim, aquele essencial que tantas vezes se banaliza... O Amor, uma Filho, uma Vida...

Já agora, depois do desabafo, preciso de experiências sobre uma tal de "Doença de Legg-Calve-Perthes" ou simplesmente, doença de Perthes... Talvez ajudasse!

Não leio, não comento, as minhas desculpas e as minhas saudades!

Como se faz isto???

Vou desabafar...

O que eu queria? Queria transmitir tudo o que aprendi, sem querer ser dona de nenhuma verdade, aliás, com tanto desejo de ouvir e aprender.

Queria incutir as regras que fizeram de mim alguém bem educado.

Queria mostrar valores, humanos, éticos, morais, que um dia também me mostraram, ou que simplesmente descobri a custo, com dor e mágoa!

Mantenho a minha mente aberta, por vezes nem sei se demasiado aberta. Quero aprender, saber, conhecer.

Sei que tenho a minha experiência, fui rebelde, fui (e sou ou sinto-me) jovem, fiz tantas asneiras, tenho tantas experiências a partilhar e daquelas que eu sei que não fazem de mim uma mãe "que não sabe nada".

Queria falar com a minha filha... mas não temos falado... parece que estamos cada vez mais longe.

Como sempre eu tento ver onde falho, sim, porque procuro em mim os erros antes de os apontar a alguém... Foi talvez esta, uma das lições mais difíceis que aprendi, e gostava de partilhá-la... mas nunca há o espaço nem o tempo!

É quase meia noite, eles já estão na cama, por isso penso nisto e desta forma, com esta calma. Durante o dia é diferente. Durante o dia eu reajo... tantas vezes sem agir.

Aquele bebé lindo que eu criei, que me enche o peito de magia e orgulho, a cada dia que passa magoa-me, preocupa-me, afasta-se... e eu aqui, quando o silêncio impera e as roupas espalhadas e os trabalhos de casa e as brigas com o irmão e as atitudes e olhares, tudo dorme, tudo fica tranquilo... é agora que eu quero uma resposta, que no fundo sei não existir, daí me tenha proposto a desabafar, apenas.

Sinto-me no meio de um jogo! Para alcançar um objectivo, tenho que pisar convicções e perder aliados.

A minha filha conta-me mais coisas do que eu alguma vez contei aos meus pais, eu acho que ela me esconde tudo, conta-me o superficial, fica com o profundo. Para que sejamos amigas eu não poderia educá-la, porque se me zango pelas suas atitudes ela afasta-se.

Chego à escola e tenho saudades dela, mas ela ainda está inebriada por um viver estranho que eu não identifico na minha adolescência, tenho ideia que eles vivem de imagens e de uma competição feroz pelo popular, o ser cool, o ser a maior, as fotos mais giras no facebook, as que têm mais comentários, tento fazer um paralelo e não sou capaz. O virtual é uma componente que não domino e que sinto ter uma influência imensa na minha Flôr!

A minha mente está aberta o suficiente para acrescentar mais este, ou mais itens, apesar de tudo. E o dialogo? E a mensagem física e emocional da relação entre uma mãe e um filho, essa nada virtual? Ok eu deixo-a de parte.

A Mariana parece querer conflitos, parece querer zangas, parece querer chocar, e quando tudo isso acontece, ela fica tudo o que eu ainda acho que ela é, agora pergunto onde está a verdade. Empreendo em filosofias do emocional, quer chamar a atenção, está carente, está sensível, tem ciumes do irmão... Ai!!! Fica tudo sem resposta!

Fica tudo entre um beijo de boa noite forçado e um revirar de olhos quando chamo a atenção.

No meio de tudo isto, e porque não descuro a educação, onde está o espaço para eu ser a amiga da minha filha, aquela que eu nunca tive e de quem precisei tanto?

Começo a pensar se estarei certa quando penso que a conheço, ela já mo disse algumas vezes, que não, que eu não a conhecia. Eu, porque a vi nascer terei a certeza de conhece-la, passados 11 anos?

A Mariana em situações que o requerem, comporta-se como uma princesa, depois, sozinhas... nem sei ... Ela é irritante e incoveniente, ela tem expressões que me tiram do sério, ela revira os olhos duma forma que me agride... mesmo quando eu apenas tento entender...


Eu?? Talvez não tenha a serenidade necessária para desligar de imagens e atender apenas a conteúdos, talvez me deixe inundar pelas historias que o mundo insiste em nos atacar.

Quero educar!
Quero a minha filha de volta ao meu colo, porque a quero proteger, como sempre fiz.


Para tudo isto é só necessária a honestidade, aquela que a muito custo eu consegui com a minha mãe, e agora, quero levianamente ter com a minha filha, sem qualquer custo!

Foi bom desabafar!

Em depressão profunda

Acabei de ver o debate... Aquele homem não existe... Mas triste triste é que a actuação tipo novela mexicana tocou profundamente os meus conterrâneos, os que vão votar, os que não perceberam nada do que o outro disse!

Está ali uma máquina montada e manipulada e bem treinada de enganar o próximo... Mas será que, tendo em conta as sondagens, há assim tanto Português acéfalo? Sem memória?

Que raio!

e quem são os outros afinal?

Os outros são quem nós amamos, ou gostamos, ou sentimos dor quando olhamos.
Os outros são o medo quando estamos à porta de uma escola.
Os outros são quando baixinho um filho nos pede atenção.
São esses outros que existem e sentem e pedem... um bocadinho de atenção.

Uma canção...
Uma alegria...

Nos meus anos, dediquei tanto tempo aos outros, aqueles que agora peço... cantem!

Eu vou dormir, porque preciso... fica no ar o sonho!

Estupida eu!

A minha ideia era minorar este sentimento horrível que me aperta o peito... Amanhã o festival islâmico em Mértola, a minha avó teria os filhos e os netos e os bisnetos, todos reunidos... mas afinal não é fácil...

Eu vou! E é só isso que interessa!

eueueueueuueueueeueueuueueueueeuue!

Acho que tive uma ideia... Agora é só concretiza-la...

Eu? - Estou aqui, viva... e é isso que interessa!

Sorry

Há anos que não leio nada, só o meu livrinho na cabeceira. Se não estou cá é porque estou bem, vou vivendo sem a necessidade do virtual que normalmente me ajuda a libertar. Se não estou cá é porque a vida real me preenche, não sei bem ainda com o quê...

Com chuva, ou não, é o nosso fim de semana.

Troika é um nome giro...

Ouvidas as medidas fiquei fã da Troika!

Depois alarguei o espaço, aquele em que me era permitido voar...

Imaginei os BPN europeus e os Isaltinos e os laranjas e os rosas e os verdes e... os paraísos não feitos de águas claras... Será que assim é melhor? Ou será que a loucura elevada a um espaço maior se transforma numa loucura maior? Será que os laranjas europeus têm a estratégia montada???

Apareçam, porque começo a entender a troika!

e...????

Ter um Pai maravilhoso, dotado de um coração que já não existe, mas também dotado de uma tendência trágica para o flirt? Encontrou uma mulher maravilhosa, bonita, culta, sincera... mas mal ela vira as costas... ele é contactos e sms e encontros... A minha mãe foi há 20 anos, graças a Deus que já lá vai, a muito custo. Desde essa altura foi um corropio medonho, e eu c'a para ouvi-lo, agora que chega a hora de assentar (digo eu) aparece uma madrasta maravilhosa, mesmo feita à sua imagem e o gajo continua na mesma, aquela cena do flirtezinho barato? E eu? faço o quê?

Intrometo-me?

Tomo partidos?

Ele é as miúdas dos restaurantes, ele é as miúdas das portagens, venham de saias que ele ataca... Santo Deus, o homem não para, e é à minha frente, eu que o quero ver feliz, com alguém que o ajude, que cuide dele nestes anos que se aproximam e poxas, é só contactos e Olgas e Carmens e o diabo...

Meto-me nisto ou não tenho esse direito? Posso talvez lembra-lo que a continuar assim vai ficar sozinho. Ou serei eu a burra e o homem aos 90 ainda vai ter as Olgas e as Carmens???

Como Pai é o meu herói... como homem macho é vergonhoso... Como avô é um herói!

Para mim... é a pessoa mais maravilhosa que existe neste mundo... é brilhante!

Oh gajas... deixem o homem em paz!

Eu e a tua adolescência...

Apetece-me contar-te a minha adolescência, tu que insistes em achar que eu nada sei...

Vou mais longe que isso, eu sei que não sei o que é a TUA adolescência, começo por sentir que dos teus 11 anos, ainda faltaria tanto para isso, mas reconheço que tudo mudou!

Queria apenas que falasses comigo, que encontrássemos uma linha mais ou menos paralela, onde pudéssemos unir ideias, só isso! Não podemos estar assim tão longe... Hoje perdeste... eu dou-te o espaço mas tens que o merecer, traíste a minha confiança... perdeste! E eu não vou ceder, porque era uma regra nossa e como tudo na vida há consequências. Dói tanto, se soubesses... é importante? Não! Mas era a nossa regra!

Quero manter-me firme com as minhas convicções, mas insisto em questionar-me se não estarei a exigir demais... exigir de uma forma egoísta e cega. O dilema... Queria tanto que fossemos amigas, queria tanto que aceitasses a minha posição...

Agora estás na cama a ler o livro que te dei e eu estou zangada contigo, mas no fundo da minha alma apetecia-me tanto encher-te de mimos... Não posso porque oficialmente sou Mãe e bruxa e chata e sei lá eu o que me chamas.

Gostava de deixar aqui uma foto tua, uma das 1500 que tens no facebook, mas ironia das ironias, estou a escrever no magalhães do mano, e aqui não há fotos tuas...

Num sonho meu tu foste gerada, por amor, muito amor... depois num tubo de ensaio eu depositava o que de meu te queria dar, o pai podia fazer o mesmo (com a minha censura obviamente) depois era só ver-te crescer e limar uma ou outra aresta que fosse necessária e pronto, era só curtir-te!

Mas afinal, gerada com tanto amor... és uma caixa minada de explosivos que eu tento apagar e, contigo, arrumar. Não filha, nos teus 11 anos ainda sou eu quem manda e por isso a tua solução é falar! Só falar!

Ando à procura de um momento ou de um por do sol para te olhar nos olhos e dizer-te estas minhas fraquezas, mas o medo que tenho que o simplifiques é aterrorizador... Então sou a Mãe, bruxa, má.

Por hoje, que hoje foi duro, quero que sintas que pôr a mesa e os beijos de boa noite não apagaram a traição da nossa regra, por hoje quero que saibas que o amor que sinto por ti leva-me ao fim do mundo para te mostrar que a vida não são imagens, são olhares e lágrimas e sonhos e risos. Como naquela musica, "forget about the prize tags, we just want to make the world dance"

Esta merda é difícil, dou por mim a achar que a culpa é minha, ouvir as mães que me rodeiam é o pior, sagrada arrogância a minha!

Só peço a tal serenidade para ouvir e aceitar o que existe num mundo que viveu 11 maravilhosos anos...

e que se dane o magalhães que tem as teclas todas fora do sitio!
Nem sei se quero entender, talvez por isso ande longe daqui. Depois de uns dias de descanso, depois de tanta gente bonita à minha volta, depois de muito namorar e mimar e rir, sinto qualquer coisa que é estranha para mim, uma leveza que quase me atreveria a chamar paz!

Não tenho palavras por dizer, não finjo, dou de mim o que tenho, estou lá quando precisam de mim, tenho o que me enche a alma e é isso que importa! Os outros pormenores pequeninos vão se resolvendo e ultrapassando!

É paz isto que sinto!

Qualquer dia estou a escrever sobre o casamento real e afins! Melhor calar-me!

É bom sentir! Só!

meu espacinho

Chegámos de repente e os teus olhos demoraram um bocadinho para chegar aos meus. Não era só eu, era a Mariana e o Guiti e a Vitoria que te chama mãe, maravilhosa ciencia que fez essa relação! Gostei do sitio, gostei de ti... gostei quando disseste que a Tita não sou só eu... vou procurar o tal fio que gostavas de usar... nunca foi meu...Vou procura-lo até to dar porque mereces essa imagem, aquela por que lutaste a tua vida Cresço feita de vidas e choro de tantas mágoas, mas jurei não mais saber, jurei nunca crescer feita de amarguras. Hoje, sonho com um reencontro, ali, naquele sitio onde um dia me acollheram! Vou procurar o tal fio... preciso tanto de ti!
Sinto-me.... Feliz!
que se dane a minha mania de que felicidade não é nada, não se define. Pois mesmo sem definição é como me sinto!

Agora é gozar!

Porque boas notícias e todas frequinhas logo de manhã, porque o Sol ficou por cá, porque as pessoas maiores prevalecem na minha vida e as menores desaparecem!

Amanhã mais uma viagem!

Agora queria...

Desenrolar estes nós que me atam as mãos... Livrar-me da capa que me faz ser mais... Cair sem ajuda no meu maior ser... Deixar-me ser eu... só por um instante, Para que eu possa respirar, e sentir, e ser, e viver, e depois voltar. Ao meu papel de ser! Que se quer fazer maior. Que se quer sentir sem dó, nem pena, porque lá chegou!!!

Meu espaço, meu sítio maior...


Estou triste! Triste porque gosto tanto do meu país... Do Norte e do Sul, da Costa e das Serras, do meu Alentejo brilhante! Gosto das suas gentes bonitas, verdadeiras e lutadoras. Gosto da pesca e da terra, da gente das praças, das gentes dos bairros, dos barcos e animais...


Nasci quando nasceu a liberdade, dizem! Passaram 40 anos de liberdade, de uma chamada "Democracia", e para mim, que não estudo nem gosto, nem aprofundo temas deste calibre, quando olho para este País fico assim, triste!


Nestes 40 anos em que se abraçou a liberdade e a democracia, ficou-se sem braços para os valores que, quando eu nasci, pautavam as minhas gentes, as tais!


Nestes quarenta anos, baixou-se a guarda, e os braços e cada um por si, em lutas cegas de luxo e poder roubou o que este País tão lindo ainda tinha!


Sinto, sinto-me roubada, enganada, esquecida, impotente e com medo. Leiga no assunto atrevo-me a dizer que os governos de 40 anos de história deste País, o roubaram, tanto, tanto, que agora, somos um país triste, falido, sem meios, sem força, sem sonhos!


Continuo a pôr os meus meninos ao largo desta imagem, levo-os para outras histórias, peço-lhes que sonhem com um futuro magnífico alicerçado nos seus estudos e trabalhos e criações e sonhos!


Pode ser que um novo ciclo se inicie, apesar da minha sede de ver os responsáveis punidos nunca seja saciada, que eles sejam afastados e os seus nomes fiquem na nossa história, como os ladrões que falsificaram e burlaram um País lindo como o meu!
Também eu preciso sonhar, de vez em quando!
Amanhã queria uma casa arrumada e não ouvir um "Mãe" durante todo o dia. Acordava tarde com um croissant quentinho com muita manteiga e sumo de laranja e um café forte, depois via o mar da minha janela e ficava ali a acordar até me apetecer, e via filmes a tarde toda, no intervalo saía pela praia descalça e molhava os pés na agua fria e sentia o calor dos últimos raios de sol. O jantar aparecia feito com ostras e uma lagosta gratinada e um vinho verde gelado. E tu estavas sempre comigo! Fui à depilação e saí com uma queimadura na virilha que me dói bastante... Dizem que amanhã vai chover! A Flor tem competição de patinagem às 8... Bem, parece-me que vais estar sempre comigo... É sexta feira e eu estou esgotada.

Sem imagem porque sem paciência... não era minha mesmo!

Daqui da minha janela, vejo o céu mais lindo... Não há luzes a ofuscar, nem sons, nem coros, nem imagens. Está tudo ali, na minha janela, o mundo que materializo lá fora. Fecho a janela e fico comigo... Ontem, chego a casa zangada, o miúdo quer o que eu não tenho, a miúda quer o que eu não posso dar. Fico frágil, desgastada, zangada, sofrida. Pedem tanto de mim. Sinto-me fraca, zango-me comigo, devo ser forte, trato de tudo, até ao silêncio da noite... Mesmo assim o miúdo chora e chama-me, nem sei o que quer, serão sonhos? Choro pela solidão, choro pela impotência, choro pela mágoa, choro pela ânsia de estar só, choro pela alegria de não estar só... E se afinal eu apenas sou um ser assim, cheio de tudo isto? Acordo neste dia tão bonito e tão quente, acordo cheia de energia para abraçar todos os pequenos seres que de mim precisam, não os meus filhos, esses precisam de mais, mais do que só esta Inês... essa é a mãe! Queria que o mundo parasse aqui, neste segundo, quando eu me sinto elevar por uma estrela que ameaça fugir... Num momento sou o sol, num momento sou o mar e depois vem aquela tempestade... "desculpa estar assim" " Quando estás assim, o melhor é eu ficar calado e quieto... Eu sei... eu sei! Num momento choro, depois rio, depois tenho medo... Pergunto só... Onde andas tu Inês? Afinal o mundo só vê o seu mundo, afinal, só se interessam po eles, e eu n~so sou eles... sou eu!

Bora curtir

A pre-adolescente questiona:

- Mãe, o que é precariedade?

Eu levo uns segundos a tentar encontrar as palavras certas... nisto, o pirolito de 5 anos dispara:

- Isso é uma especie de gelatina verde, mas mais mole, e não é doce, tem assim um sabor a bróculos, ou espinafres... E desmancha-se em agua, é horrivel!

- Pois... é isso. - Pensei eu!

Hoje


Era miúda crescida, grande e sonhadora, tantas vezes descia aquela enorme ladeira de terra e tanto pó, sob o calor mais quente que esta terra nos dá. Sempre sozinha, na alma carregava a loucura duma adolescência citadina ofuscada de luzes e gritos. Descia a ladeira com a culpa do desaprovar de uns avós que de tão avós e de tão grandes não me queriam sozinha, não me queriam ali.
Ali era um sítio magnifico, onde o calor da descida da ladeira se transformava em água. Ali eu procurava o meu canto, aquele distante onde ninguém me poderia ver, e ali ficava sozinha e cheia de mim, em alturas em que o corpo pedia paz e a alma pedia vida! A água do Guadiana não é límpida, ali nas azenhas de Mértola ela tem um cheiro característico, acho que cheira a pedras e a musgo, a agua é quente e calma. A serra na outra encosta está cheia de contos tão ouvidos, cada pedra, cada caminho tem uma história na minha mente!
O Sol escondia-se e eu voltava... e subia a ladeira zangada porque mais uma vez era tarde, como sempre, era sempre tarde!
Hoje desci essa ladeira de carro, sem terra nem pó, não avistei o rio, porque não pude, antes do rio estavas tu, e hoje eu não me podia atrasar...
Naquele sitio perto da azenha há um pátio, há alguns carros, há umas construções simpáticas, há uma placa que diz "Lar".
Estavas sentada com o olhar distante, tão distante... Alguém sussurrava ao teu ouvido, não sei o quê mas não interessa porque estavas distante...
Aproximei-me, tirei os óculos, reconheceste-me passados uns segundos e eu abracei-te tanto, tanto, e a tua voz estremeceu e as lágrimas apareceram nos teus olhos... Afinal quem te sussurrava era para mim um estranho que nem deveria ali estar, apesar de ser o teu filho!
Voltei para Lisboa com a determinação de voltar a descer aquela ladeira agora feita de alcatrão e deitar-me a teu lado, como eu fazia nas azenhas, apenas para sentir a serra e o vento e o quente....
Desculpa avó, não te disse nada do queria dizer, mas disse o que sei que sentiste!
Vou voltar, vou voltar!

Tu, miúda

Chorei de felicidade uma única vez na minha vida, foi quando te puseram no meu peito, acabada de nascer...

Passaram 11 anos... Agora queres sempre competir comigo... queres que aceite que não sei nada das tuas coisas, queres que não me mostre porque sou doida, porque canto alto e danço, apagas os comentários que faço no teu facebook, pensas que sabes mais que eu, pensas que não entendo o que vives...

Reconheço meu amor, não sei! Lembro-me apenas da distância que senti da minha mãe... mas ela estava tão distante e eu sinto-me tão perto! Será que estás assim tão longe?

Falei-te da desilusão, das amizades, daquele grande amor que eu estraguei, da minha mãe. das
amigas, das falsas amigas....

Continuas a achar que não sei nada, apetece-me dizer-te que tu é que não fazes a mais pequena ideia do que foi a minha juventude, mas não posso... nem sei quando poderei!
Porque raio me enches com questões e situações que finges magoar-te quendo eu sei que tudo o que me tentas mostrar é a mentira mor...

Quero dar-te o que precisei com a tua idade, mas sei que não é isso que queres, é mais e eu estou aqui para to dar, mal sejas capaz de me explicar para que o precisas.

Depois olhas-me e sentes-me, eu sei... e eu ? que faço eu?

Com a tua idade eu queria se o melhor! Tu apenas queres ser o mais visto... Meu Deus há a realidade? Onde está ela?

O ser maior, que vingue, que seja sincero....

Choro sempre que te vejo, porque és linda e não imaginas o quanto isso te vai magoar!

AMO-TE!

Continuando...


Parece-me que tudo vai voltando ao normal, meu normal! Parece-me que está tudo arrumadinho, encaixotado ou mesmo espalhado no chão.

Por aqui vejo algumas mudanças de que gosto e, algumas dificuldades ultrapassadas, sabe bem quando o esforço é recompensado...

A Flor já vê o Axn comigo, está crescida e apaixonada e estamos numa fase calma, estamos mais próximas, quase amigas.

O Pirolito anda com os nervos em franja, os BayBlade estão esgotados e isso pode trazer o inferno a uma casa de família.

Agora vou deixar-me estar assim... e continuar talvez a escrever os disparates que me vão ocorrendo.

Para ti mana...

Afinal estás aqui, dizem milagre mas eu não sei o que isso é...
Decidi guardar as memorias para um dia mais alem... Um dia em que não sei quem poderá querer saber...mas estão ali...

Hoje deste-me uma felicidade maior, tu... porque estas ali, e a Camilinha...

E que posso eu esperar mais? Estas comigo e viva e estas tu, minha irmã.

Posso dar um conselho? Vive, mana, vive o milagre da tua filha, e da tua vida, não sei a quem agradecer... não sei se tu saberás...

Fiquei feliz... Desejo apenas que vivas cada momento... é único!

Para ti mana...

Criamos pontos na nossa alma... este é um deles! Sempre que queremos viajamos até eles... Lembras-te, uma viagem bonita no pulo do lobo... ou mais além!

Ontem acho que vi uma andorinha, sei que sorri! Da janela do escritório, aquela árvore encheu-se de rebentos e ficou repentinamente verde... E à noite, durante um bocadinho ouço aqueles bichos terríveis parecidos com cigarras que a mamã diz que são "ralos"... mas calam-se!

Isso é bom!

Por isto achei que podia escrever, por isto e porque acho que encaixei algumas das mil e umas peças deste puzzle que sobrevoavam o meu cérebro.

Mana...

Vi-te na maternidade, com a Camila nos braços, esbanjavas alegria, esbanjavas orgulho, apagavas a Mana insuportável da gravidez e ali estavas com o sonho tornado realidade... nós sabemos....

Depois morreste!

Morreste naquele minuto... ou tantos.... aquele médico foi tão odiosamente claro... E tu estavas ali... ao meu lado! Ele, médico odioso nem sabia se acordarias!

Perder-te foi demasiado doloroso... mas eu perdi-te mana! Apesar de estares aqui! Cada pormenor está escrito num livro que me obriguei a manter e que um dia, se precisares, é teu.

Perder-te fez-me entender o que sou sem ti, nem sei descrever o que isso é. Sei apenas que não temos essa opção, temos que continuar assim... irmãs!

Perder-te fez-me perceber que só posso aceitar... nada mais... porque ficar sem ti era, ali e naquele momento, o mais doloroso momento da minha vida!

Na minha frente estavas em coma, cheia de tubos, cheia de segredos! Segredos que quando eu pegava na tua Camila se transformavam em pesadelos... Eras tu ali no meu colo, eras tu quem abria os olhos com a minha voz!

Não sei se sei escrever mais, há uma semana que não te vejo, passo noites a imaginar os teus sonhos, os teus pensamentos. A minha mana mais que tudo e que de nada se lembra... sem emoções, sem medo!

Tenho medo de te ver... Tenho medo da tua luta, sim eu sei que lutas porque deveríamos estar em festa e insistimos em estar preocupados...

Desculpa o meu medo!!!

Sim, a Camila... doce...come...dorme...

Eu... estou aqui sempre porque te amo e porque a camila é a minha sobrinha!

Mana, não te perdi!

Momentos...


Não consigo escrever, não consigo sorrir, não consigo parar...

São momentos, uns atrás dos outros que ainda não alinhei.

Neste momento, não me faz sentido deixar aqui nada. Deixo só a imagem que guardei na minha mente para que bloqueie o resto.

O mar e o sol!

Volto depois!

....

Sinto-me perseguida pela publicidade do Pingo Doce!

Weeeee!!!!!!!!

Sou tia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Tão lindinha a Camila!!!

Desabafos

Às vezes tento argumentar, nesta minha mania da razão, mas tu, tu sabes bem o quanto a paixão nos move, e eu também.
Hoje é dia de sorrisos, sorrisos que eu não vi, que há muito não se vêem, mas pensei em ti, no teu sorriso lindo e na capacidade que tens de gozar com o real, com a vida com um V. Já aprendi tanto contigo, mas ainda tento encontrar verdades onde já só existem mentiras.

Já não te condeno, pois é, tens razão, esta vida é tão curta que não permite enganos, o que é, está à nossa frente, e passam os segundos e os minutos e as horas e uma vida... e nós... caminhemos pelo caminho que nos der mais luz. Vamos sentir esse quente, saberemos onde fica... Tenhamos coragem para segui-lo!

Para ti é mais fácil, acho eu!

Amanhã quero-te aqui, para me consolares, para me fazeres acreditar que afinal... viver é isto! É Lindo! Sem queixas nem desventuras... Colada a ti! Assim! Quando é que me ensinas esse truque? que te permite acreditar sempre? Ajuda-me... também preciso!


Obrigada!
Ouvi um dia falar acerca da ternura dos 40... não percebi bem!

Tenho 38 e sinto o meu mundo a desabar nesta loucura do tempo!

Sou tão menina, tão jovem...

Os filhos mostram-nos as suas vidas, sim... são as suas vidas, tão grandes quanto as nossas, mas mais limitadas no espaço e mais libertas no mundo! Esse mundo sim!

Será que posso mostrar esse meu mundo? Vais acreditar nele?

Oh pra ele!




Faz 25 anos o menino Vitinho.... Nem comento!

À minha maneira


Serenidade para aceitar o que não posso modificar!
Coragem para mudar tudo o que possa!
Sabedoria para distinguir o que vale a pena do que ficará atrás!
Não é uma simples dica para crescer??

Continuando...

Tenho ao meu lado a pessoa mais maravilhosa do mundo!
Quando eu chego com os meus dramas complexos, ele tem o irritante dom de os simplificar a um ponto em que nem consigo argumentar! Passados 18 anos juntos, finalmente decidi seguir alguns dos seus conselhos, e o mais importante deixo-o aqui...

Ama, ri, vive, quem te rodeia não te merece, aprende a perceber quem realmente vale a pena, sorri!

Descobri hoje que a minha estrelinha, (a do meio da constelação Orion), uma delas, vai explodir... diz que vão ser duas semanas de luz, sem noite...era bonito!

Cá estou eu, no mais sério do meu ser a querer ser feliz... e vão à merda vocês que sem vidinha própria enfernizam a vida dos outros!
Temos defeitos, temos virtudes, temos um dom ou uma sina, nem sei... somos o que somos e queremos sempre ser melhores, de acordo com o nosso herói ou de acordo com o que julgamos ser o ideal!

São precisos alguns anos, eu sei... para que nos conheçamos, para que consigamos distinguir o que vale a pena do fútil.

Um filho muda a nossa vida, a nossa história e muda também a forma como olhamos para nós e para o nosso caminho.

Na minha vida existem marcos, alguns são gente que ficou porque de tão grande que eram me impediram de as esquecer. Há outras que, tão agarradas à minha vida, me magoam porque continuam só elas, tão sozinhas, a magoar quem as ama, por inveja, por maldade, por infelicidade!

Crescer é lindo (envelhecer fica para outro post), nesta linha da vida é magnifico perceber as escolhas que tomamos, mudamos a esquina pelo melhor, mais saudável, mais amigo, mais feliz, sofremos pelo que não muda, pela magoa, o egoísmo e a tal inveja!

A minha flor tem 11 anos, para ela a vida é a sua, transborda a energia do seu ser, a mim, cabe-me refreá-la, de vez em quando, para que se quede perante um mundo que, mais cedo ou mais tarde, vai mudar a sua vida.

Eu... choro pelos que tanto amo e não cresceram até aqui, ficaram presos na imagem e no poder! Alienados, talvez, por uma imagem criada há demasiados anos, longe daqui, longe da realidade, inflamados por sonhos e delírios...

Hoje falo de alguém que tanto amo, meu sangue... na minha vida existe apenas numa gaveta aberta que observo, não vá ser necessário lá ir. De mim tem inveja, uma inveja doentia que a faz tratar mal os meus filhos, e aí, sou eu quem manda... distancia e esperança que um dia, a verdade se ocupe da sua mente e perceba! Depois percebe e finge sem dó nem piedade e tenta desculpar... mas as crianças são sábias! E percebem! E perguntam...

No meu peito fica a dor, mas não sou eu quem perde... eu aqui fico e velo e amo... Tu... sofres daquilo que não tens porque não queres, porque não dás!

Para receber, minha irmã, é preciso dar... e tu não dás... apenas exiges aquilo que achas que te é devido... não dás nada, ou dás? talvez dor!

Aprender a dar, aprender a partilhar, ser magnânimo, ser bom, ser feliz!

Aprender a receber... depois de dar! será assim tão difícil perceber?

Faltam uns quantos dias para que nasça alguém, muito, mas muito mais importante que tu! Consegues aceitar isso?

Queria que também crescesses, numa vida pequenina, onde há mais espaço para amar do que para invejar ou odiar! Cresces?
Chove que não é brincadeira...

Ainda bem que lavei o carro ontem...

voltei?

Há linhas singelas quase imperceptíveis, vão à frente e mentem-nos, querem-nos fracos e enganam-nos, são linha ténues que dividem o poder do ser, o sonhar do sentir, o viver do esquecer.

Estou ali, no meio, zangada, triste, de braços caídos, esquecida do vento e das estrelas que hoje vi... Pois vi, as minhas estrelas que são prenuncio do calor... mas fiquei sem quente nem calor porque não vi aquela linha, aquela que me obriga... Não basta passar a linha, há que vivê-la e sabê-la e eu sei-a. E agora?

Pois quisera eu, aqui, deixar o meu desencanto, a minha magoa... Seria um fado sem magia, seria uma menina pequenina almejando um castelo, dourado, sem guardas nem guaritas...

Seria o meu mundo, com desejos de cor e mimosas, seria aquele grito que tanto anseio de paz e vida e aquele mar revolto que me entende.

Não fico à espera porque sei que tarda demais, fico apenas acordada... viva... apesar de tudo a andorinha vai aparecer e o sol ficará quente... Eu fico aqui, no meio das linhas ténues que me dividem, à espera daquela vento que me levará mais longe!
Está mais calma.
Participa.
Houve uma festa e ela participou e até vai aparecer amanhã no programa do Goucha...

Dito assim sim, é a avó, é a D. Maria! Vou ver o Goucha! Depois quero ir lá, ver ! Ver!

Comprei um rosmaninho... ficou ali na janela!
Passei a noite a agarrar as pernas da flor, ela não sabe fazer um pino... teve negativa a Educação Física, mas pinos acho que sabe fazer!

O frio atormenta-me... quero calor e olho, feliz, para os dias maiores, sim, já se nota!

Vou ter uma sobrinha, uma Camila, está quase a nascer, vem envolta numa nuvem de incertezas... minhas claro! A minha mana é diferente de mim, eu sei, mas uma mãe é sempre uma mãe... ela será mãe também, saberá como o "eu" se oculta perante um ser maior...
E depois... será tudo para outros! Filhos, Primos ou avós! Nós seremos sempre quem não aparece, mas muda... Tudo!

Deram-me autorização para telefonar à avó... mas tive medo!

Meu... mesmo meu espacinho, sem prosa nem poesia, apenas desabafo. Sem quem o siga ou o comente, porque é meu... só meu

Só para afastar esta tristeza,
Para iluminar o meu coração
Falta-me bem mais, tenho a certeza,
Do que este piano e uma canção,

Falta-me soltar na noite acesa,
O nome que no meu peito me sufoca,
E queima a minha dor.

Falta-me soltá-lo aos quatro ventos,
Para depois segui-lo para onde for,
Ou então dizê-lo assim baixinho,
Embalando com carinho,
O teu nome...


Sigo em frente, sempre... nem sempre soltando assim, aos quatro ventos, o que me magoa, mas sentindo, por isso, algum medo... será que posso? Gritar assim ao vento e seguir-me para onde ele me levar?

Hoje, fizemos uma pausa e comprámos umas prendas para os miudos, um kit para fazer dinossauros em gesso, pintá-los e colá-los ao frigorifico. Para a adolescente tentámos um kit para fazer bonecas de lã... e pulseiras também.

No meio da rotina do meu dia, parei por uns instantes e pensei: "Sinto-me tão bem, vou comprar salmão fumado e limão, senti algo porque ansiava há tantos meses, senti-me leve, capaz de abraçar aquela espiritualidade que há tanto tempo afasto...

Senti a tua falta avó. Desde que decidiram que ficarias no lar, não tive coragem de te ligar, desculpa, tive medo! Hoje liguei.

-Olá avó, como estás?
-Olá Tita!

A D. Maria tem uma voz linda de coro, quando feliz chega a superar os decibeis pemitidos... agora mal se ouvia...

- Como estás vó?
Estou no lar Tita. Meteram-me aqui. Eu que estou na posse de todas as minhas capacidades mentais... meteram-me aqui!
- Mas estas bem vó?
-Estou "felicissima", estou "optima" e olha, beijinhos sim?

E assim foi... adeus Tita!

Os donos da verdade dizem que me devo afastar e dar tempo a que a Sra. D. Maria se aceite no seu novo espaço.

Como raio eu me posso afastar? Tipo a fingir que não sei de nada?

Ahhh Vou tentar saber como posso ajudar... nem sei como...

A entidade mor do lar disse que não deveríamos entrar em contacto nos proximos dia, para que ela não se revoltasse...

Ai que eu não vou conseguir....

Ai que eu vou lá,... tenho que ir!
Tenho no peito um aperto tão grande, uma dor estranha que me prende a alma.
A avó hoje já dorme no lar! Sinto que a estão a trancar, a fechá-la, a roubar-lhe tudo!

Só consigo chorar e dizer para mim mesma, sem acreditar, é o melhor, é o melhor para ela!

Os filhos

Se os quero educar da forma que acredito ser a exemplar, então não serei amiga deles, talvez em alguns momentos mais débeis! Mas serei o inimigo!

Que seja! vou crescendo com os piercings e os cabelos ao vento... mas à noite, quando vão para a cama, chamam-me, a mãe... porque o copo de água ou o livro ou a portada aberta... fico assim, mãe, protectora assumida que queria se companheira e amiga... Difícil!

e se 2011 estiver a começar mal????

Alegremente e sem cinto... voilá um enfardado que acena para que eu encoste....
-Sabe porque a mandei parar... (depois daquele gesto de continência que tentei imitar)
-Sei, ia sem cinto... mas...
-Faça o favor de parquear a viatura e entregar-me os bla bla bla!

Entreguei os bla bla bla e não é que a merda da inspecção devia ter acontecido no dia 3!!!

- Não tem outro documento de inspecção?´

Daaaahhhhh! Tenho mas não lho dou! Foda-se!

Alguém, algum dia, presenciou a nossa PSP numa acção preventiva??? Eu sei que tenho culpa, mas no dia em que o nosso primeiro avança com a fabulosa notícia que o deficite está abaixo do esperado... Posso perguntar quanto encaixou o estado na mega operação da PSP????

Tou zangada!

Chego a Torres, meto o cartão na maquina, porque os miúdos querem burguer King e essa entidade dominadora não aceita o meu cartão, e voilá, os putos algures nos corredores e lá vamos nós... os meus euros ficaram na máquina! Feliz de quem me seguiu!

Estou cansada deste país Os combustíveis têm preços animalescos, o preço sobe porque tem chovido e o nosso presidente avisa que... sei lá o que ele avisa!´
Sei que assim é difícil!

Amanhã, apesar de não ter a merda da inspecção feita, vou tentar rir um bocadinho... a vidinha merece que o faça!

As férias e o novo ano!
























Confesso, sem arte e sem cor, fiquei com este País no peito! Pela casita... pela paisagem, pelo drama postado nas entradas das casas.
Mais uma experiência magnifica, para aprender e viver






Quando dói a alma...

A vidinha corre de feição... logo nos apressamos a procurar falhas e dramas e insatisfações, e é fácil encontrar no caminho o que nos faça lamentar!

O meu pirolito, ás vezes, acorda a coxear, fizémos radiografias e ecografias e análises e estava tudo bem... mas ele coxeava!
Passaram 2 meses, na maioria dos dias o Diogo esteve bem, noutros poucos dias o Diogo não conseguia esticar a perna.

Hoje fomos ao Dr House dos miudos... e agora tenho medo!

Ele, Dr. House de nome Lino Rosado, baixou a cabeça e falou sozinho, como que a pensar... e o meu menino lindo pode ter uma artrite no joelho. Não pesquisei nada na Net porque já o fiz há uns meses. Fico à espera de um resultado.

A frase feita dita assim:
- Estou cá par atudo!

A verdade dita uma dor que não se descreve, um filho está-nos no sangue e na alma...

Ver o Pirolito assim faz-me chorar e é assim que agora estou!

Um filho é um ser... e eu sou os meus filhos, que não seja nada! Por fsvor!


Eu e a Bulgaria... e eu!

Fomos dia 26 muito cedinho, pensávamos em neve e Ski, monumentos, feiras, paisagens e talvez umas fontes termais de água quente onde nos prometiam banhos e saunas e massagens...


Não havia neve, chegámos num céu cinzento e molhado e cinzento. A viagem de taxi até ao aeroporto foi garantida por um segurança. Não nos iriam enganar!


Sofia é uma cidade cinzenta, sem vida, sem ritmo, sem arte. Começou a nevar!


No primeiro dia a cidade estava coberta de branco, o cinzento fica ofuscado, na rua os olhares são tristes, magoados, sofridos. Sabendo a história deste país imaginamos os traumas e os dramas e as consequencias de invasões e batalhas e lutas e guerras e... olho à minha volta, apesar da magia do branco da neve, e vejo o cinzento intrínseco nas paredes das igrejas e nas fachadas dos prédio e nos semblantes de quem ali vive.


É esta a Bulgaria que conheci:

As férias vêm depois! e as fotos... também...