voltei?

Há linhas singelas quase imperceptíveis, vão à frente e mentem-nos, querem-nos fracos e enganam-nos, são linha ténues que dividem o poder do ser, o sonhar do sentir, o viver do esquecer.

Estou ali, no meio, zangada, triste, de braços caídos, esquecida do vento e das estrelas que hoje vi... Pois vi, as minhas estrelas que são prenuncio do calor... mas fiquei sem quente nem calor porque não vi aquela linha, aquela que me obriga... Não basta passar a linha, há que vivê-la e sabê-la e eu sei-a. E agora?

Pois quisera eu, aqui, deixar o meu desencanto, a minha magoa... Seria um fado sem magia, seria uma menina pequenina almejando um castelo, dourado, sem guardas nem guaritas...

Seria o meu mundo, com desejos de cor e mimosas, seria aquele grito que tanto anseio de paz e vida e aquele mar revolto que me entende.

Não fico à espera porque sei que tarda demais, fico apenas acordada... viva... apesar de tudo a andorinha vai aparecer e o sol ficará quente... Eu fico aqui, no meio das linhas ténues que me dividem, à espera daquela vento que me levará mais longe!

1 comentário:

Alda Couto disse...

:):):) Estou contigo :):)