Feliz ...

Eu tinha que deixar aqui umas palavrinhas sobre isto...

Porque durante o último ano, este foi um espacinho meu, onde deixei muito de mim.
Porque daqui recebi muitas palavras bonitas.
Porque escrever liberta e aqui me tenho libertado.
Porque é especial para mim.

... eu tenho um desejo... que aqui fica...

... que sejamos capazes, de tudo, tudo aquilo por que lutamos. Que continuemos a perseguir sonhos, que não nos deixemos nunca de acreditar... e força, mesmo que por vezes a tenhamos que desenterrar da nossa alma.

Venha o 2010... assim...

Descobri..

O frio foi embora...

Foi para dentro de minha casa... cheguei a pensar abrir as janelas para aquecer um bocadinho...

Pois que declaro que...


Este ano... o meu espirito Natalicio está trocado!

O Pai Natal, por especial favor, veio mais cedo cá a casa... foi no Sábado à hora de almoço. Só nós os quatro... Todos tivemos uma prenda... mesmo "AQUELA" prenda que queríamos.


Quem mais importa no meu coração tem uma prenda especial, já pensada há uns meses, feita por nós, para que na Noite de Natal, possamos estar mesmo juntinhos...


É que ... vamos passar o Natal... ao Brasil... e eu estou tão feliz!!! Será que o Papai Noel usa calções e havaianas??? Quem consegue manter o espirito natalicio com esta imagem???


Então vai ser um Natal diferente e ... espero que inesquecível!


Estou mesmo tão feliz!


...

- Palhaço!
- Prostituta!

... continua amanhã In Assembleia da Repúlica Portuguesa, a não perder!

e eu ...


Anoiteceu e Lisboa encheu-se de nevoeiro. As luzes amarelas nas ruas enfeitadas de cores, envolvidas por uma névoa fria, fizeram-me parar e encher o peito de ar.
Senti que tudo aquilo me pertencia um bocadinho, libertei-me de alguns receios, afastei uma ou outra angústia, senti um bocadinho do Natal.
Um Natal cheio de memórias de tantos outros... se me lembro de um presente especial? Não! Lembro-me da minha mãe que trazia o pinheiro. A minha avó que se esmerava naqueles assados especiais, o avô que trazia o cabrito. Lembro os sons e a paixão com que os ouvia. Lembro os quilómetros que percorríamos para juntar a família. Lembro a alegria e a festa! Afinal é um Natal assim que quero... Sei que o tempo leva os brinquedos, estraga outros presentes, envelhece as nossas mãos mas não apaga a memória dos sorrisos, da alegria e da festa! Que saudades!
Agora tenho a maravilhosa responsabilidade de criar estas memórias nos meus filhos. Afastá-los o mais que puder desse Natal forçado e criar sonhos.

Trabalha-se tanto...


E tu... olha só onde tu andavas !!! E eu a jogar à bola....



Floriti


(ontem)
- Então e o teste de Inglês???
- Não sei, o professor não disse a data, deve ser um teste surpresa.
(hoje)
- Olha mãe, afinal já fizemos o teste de Inglês há uns tempos, eu é que achei que era só uma ficha, nem dei por nada...

Pirolito


Mãããe !!! Tenho uns pinóquios!!!
A fotografia a preto e branco tirada na escola está tão linda... Pirolito não entende e diz que aquela é para ele pintar!



Vou mesmo afastar-me... ai vou vou

Ouve lá... mas tu julgas-te o quê? Julgas que o mundo te DEVE?? Julgas-te merecedora de tudo...
Ouve lá... e não deves nada??? Existes só por ti e para ti??? Magoando o mundo inteiro continuas a achar que todos te devem???

Ouve lá, mas só me procuras quando precisas??? E eu ? Só existo porque te devo uma prenda de anos? Só existo quando me usas para magoar mais alguém. Juro-te que não te permito usar quem eu mais amo!

deves estar muito doente, deves estar muito cega. Desta vez exageraste tanto que não me coíbo de aqui, no MEU espacinho, despejar esta... esta dor, não, não é raiva é dor!.
porque é o que eu sinto quando estragas tudo, estragas momentos, estragas relações. Pudera eu afastar-me, afastar-me de alma e coração, não sentiria esta dor!

Tu, tu, tu e só tu... os outros são objectos a utilizar. Acho que estás doente porque acredito que a tal paz que não tens, vai chegar um dia. Espero que quando chegar não estejas sozinha.

Amo-te sabes, muito mesmo, mas estou cansada das tuas anormalidades, cansada que te julgues o centro de tudo.

Olha, essa listinha que tens, cheia de coisas a haver... preenche lá aquela coluna que está vazia, a do DEVER!

Cheia de ódios, cheia de invejas, cheia de raiva, franzes a boca mas olhas para baixo já reparaste, franzes a cara mas não me olhas nos olhos.

Se tu soubesses a figura que fazes quando despejas esse monte de raiva... mas digo-te que em cima de quem eu mais amo, não despejas mais! Sabes que com 10 aninhos, uma criança sente e vê tudo, mas não entende e eu estou farta de inventar desculpas.

Sabes o que me apetece dizer? Ela é má, invejosa, egoísta, só pensa em bens materiais, contabiliza tudo e não que saber de mais nada! Oh pá, ela que leve a bicicleta e a maquina fotográfica e vá sozinha para a Patagónia, viagem patrocinada pelo cromo que lhe deve isso só porque sim.

Magoas-me tanto que nem sequer falo contigo sobre isto... magoas-me tanto que até tenho vergonha de dizer o teu nome...

Cresce, acorda...cresce, cresce, cresce!

Talvez ainda consigas! Talvez não te afastes mais, talvez não fiques aí, sozinha. Não sentes porque não olhas para ti, pára lá um bocadinho e vê-te. Vê que te tornaste uma pessoa tão feia... Mas estás doente não estás? Vai passar não vai!

Vou jogar à bola com os miúdos... Claro que não queres vir... Isso não vale nada para ti neste momento.

A madeirinha do Brasil... essa sim vale muito.

Vai à merda!

Minha Flor


Um dia muito especial, que eu quero que passes feliz,rodeada de amigos, de quem te ama, de muitos sorrisos ... Vou ficar ali, juntinho a ti, com um orgulho imenso por seres minha filha.
Por seres uma pessoa maravilhosa!

Parabéns Florinha!

Uma lágrima que vale a pena...

Coisas que fazem pensar !!!

Pronto... eu mostro...

Apesar de me ter sentido um bocado parva, a tirar fotos às botas...


São tão lindas!!!!!!



Gratidão

Não, não é necessário ver a fome do mundo, o sofrimento dos outros, os acidentes e o terror, para me sentir grata.

Gratidão resulta da forma como me encaro, como olho para mim e para a minha vida.

As minhas lutas, as minhas conquistas, o meu mundo.

Por isso...

Cortei o cabelo muito curtinho... porque não parava de cair poxas!
Apaixonei-me por umas botas e compreia-as!

... e sobre o Natal nem falo... não vão as invejas e demais pessoinhas tristes do mundo arranjar uma bonequinha e praticar algum voodoo.

Minha Flor vai fazer 10 anos e com a festinha que ela escolheu...

E eu estou feliz, e farta de lágrimas e choradeiras! E de queixas... tantas queixas... tantas coisinhas pequeninas.

Vou fotografar as minhas botas!!! Ai vou, vou! e pô-las aqui! Isto sim é gratidão... foram tão caras!!!

Humm...


Pirolito insiste que o Pai Natal o ano passado era o Pai.
Pois era!
E se acabássemos já com esta história?
Não estou a conseguir insistir...
- Oh mãe, mas tu compras os Legos, depois dás ao Pai Natal!

Voltou!

A chuva!

A música do Pingo Doce... mais... natalicia. ou lá o que aquilo é.

Será que voltou mais alguma coisa para me enervar?

Anomalias

A raiva...


Se não a olharmos, sem dó nem piedade, se não alcançarmos o seu intimo, mesmo contrariando regras e falsos sentires, se não nos despirmos da mentira que queremos para aceita-la como a sentimos... Cegamos!


A raiva permanece o corpo estranha-a, e não a vemos. Por onde passamos deixamo-la, em pedacinhos que de nós saltaram como farpas, como chamas. Não nos reconhecemos, desculpamo-nos com mentiras e continuamos cegos. Um dia o corpo aceita-a, para isso molda-nos de forma a sobreviver. Nessa altura é já quem nos comanda! Reagimos com raiva e abrimos portas para o que a suporta ... A cobardia, a inveja, a guerra... De repente parece que o mundo nos agride, nos falha... os que nos rodeiam estão errados, a culpa espalhamo-la à nossa volta. o trânsito, o stress, o cansaço, a doença, o ruído, a chuva... estamos cegos!


A raiva!


Porque não disse.

Porque não fiz.

Porque fugi.

Porque falhei.

Porque fui.

Porque não fui.

Porque sou.

Porque não sou.


Eu, eu, eu! Assim, de braços caídos enfrento-me sem desculpas, sem ódios, sem falsas certezas, sem imagens, assim... despida e sozinha! Pego em cada mensagem ou imagem ou palavra e enfrento-me. Sem ninguém saber, sem ninguém me ouvir ... Cada pedacinho tem uma história e eu vivo-a e revivo-a e sei-a e olho-a e choro se chorar e rio se me rir... e aceito-a! Cada porquê, cada não, cada sim!


E aceito-me!


E a paz invade-me... porque alcanço nesse momento o cimo dessa imensa escalada... a honestidade!


... agora sim, podemos brincar. Agora sim podemos falar.


Está tudo aqui, pertinho, a um passo de nós... Apetece-me gritar alto para todos ouvirem!


Párem! Olhem para voces! Enfrentem-se!

Acho...

... que este vai ser um bom fim de semana!

Desceu as escadas em tamanha correria que nem percebeu os braços abertos da sua mãe que, num sussurro, lhe desejava um dia feliz.
Deixou a porta entreaberta, como todas por onde passava, presa aos fios coloridos que desde sempre a suportaram, enquanto boneca, enquanto menina.
Brincou e sorriu e beijou e abraçou e foi descendo a rua, saltando pelas pedras incertas. Esteve na escola, esteve no jardim, comeu massa de pão roubada de um alguidar.
Na rua mais íngreme, olhou por cima do ombro e sentiu o cansaço do regresso, mas não parou. Antes da ponte, num caminho estreito de terra foi levada pelo som de águas revoltas. Menina bonita, de voz doce e olhos meigos, quis sentir aquele som que ouvia e aproximou-se... Depois da água do rio ouviu a azenha de pedra e quis espreitar. Molhou os pés e tocou na pedra áspera da mó.
Olhou de novo por cima do ombro, não viu a sua rua nem a porta entre aberta... andou muito, muitas vezes perdida, nunca parou. O caminho era lamacento, ou coberto de margaridas molhadas de orvalho, ou de pó que lhe tapava a garganta, ou simplesmente de água.
Cansada, as mãos doridas do trabalho, os pés feridos da caminhada, sentou-se numa pedra e gritou e chorou.
- Porque choras? - Disse uma voz rouca.
- Porque só agora que aqui cheguei... me lembrei. Dos braços, do sol que me acenava em cada manhã, da cotovia que a cantar me acompanhou, da farinha por cima da mó, do sabor do pão quente, do calor no meu rosto, dos sorrisos, do branco quente nas pétalas das margaridas, passei por tudo sem olhar para nada!
- Não chores Tita, ficou tudo no teu peito, o caminho é longo e solarengo, o pasto está verde pintalgado de cores, o ribeiro corre feroz e arrasta a lama e o pó, o céu cinzento prenuncia chuva que depois nos trará calor. A cotovia vai espreitar sempre que abrires a janela.
Mas não mais te esqueças de a ver!

e terminou...4606

Acabou, acabou, acabou... já o repeti mil vezes.

Não sei bem o que sinto, não acredito ainda!

Hoje fico por aqui... só a sentir isto, que não sei bem o que é, mas é bom!

Que tal...

No Outono, todos os tons vermelhos e quentes do Alentejo, transformam-se. A paisagem fica verde e molhada pelas primeiras chuvas. Cheira a terra e a lenha. Cheira a pão e a pasto. Há um silêncio que se ouve, de tão profundo que é. Há uma luz ao final da tarde enevoada pelo frio que no faz ver mais longe.


Passei muito da minha meninice no Alentejo, em vários Alentejos.



Se eu pensar num olhar de felicidade, vejo o da minha mãe quando enchia o peito daquele ar com cheiro a lenha e me convencia a irmos passear e apanhar espargos verdes.

A meninice no Alentejo tinha terra e lama e brincadeiras e liberdade.



Apanhar espargos verdes era uma tarefa impossível. Na base de um qualquer sobreiro, deveria estar um pequeno arbusto, no meio desse pequeno arbusto poderia estar um espargo. Acho que nunca encontrei nenhum. Andávamos e andávamos, e as botas ficavam molhadas, e normalmente eu preferia fazer outra qualquer coisa e cansava-me daquela tarefa.



e agora...



Que tal amanhã bem cedinho, rumarmos a sul só para tentar encontrar um espargo verde? Nós os quatro de botas molhadas e mãos na terra? Ouvíamos o silêncio, sentíamos o ar frio e éramos só nós... e o Alentejo magnífico? Que tal?

a dúvida

... a serenidade que preciso para aceitar, não a encontro, por medo por desconfiança. Sei-me cheia de certezas e perseguidora incansável de respostas. Quero ajuda a decidir, ou a reforçar a decisão, não tenho!

Duvido do que ainda não ouvi, perco horas a imaginar palavras e as minhas perguntas. No que imagino não encontro saídas.

Como tantas vezes afasto a dúvida e fico à espera... como tantas vezes, decido que no momento certo vou saber o que decidir, espero a serenidade nessa altura.

Estou muito cansada, com vontade de desistir, quero-me de volta, quero a minha alegria, o meu cabelo, a minha força. Fico à mercê de probabilidades, daqui a cinco dias talvez isto termine, aí sairei vitoriosa, certa do dever cumprido. E se não terminar? Não quero mais seis meses, não suporto sequer essa ideia. Não encontro motivos para continuar, vou encontrar um discurso qualquer acerca de estatísticas. Quais?

Eu argumento lindamente, dêem-me uma idéia que eu vendo-a, disserto sobre o conhecido com facilidade, mas também ouço sobre o desconhecido.

Não sou pessoa de desistir, até a ideia me irrita, sou persistente, sou forte, mas não tenho os motivos.

Não tenho também ninguém que claramente opine, há sempre o silêncio. Poxas que isto nunca me tinha acontecido.

Vou esperar.

Para ti...

Abriste o tecto do carro e puseste meio corpo de fora, de pé em cima do apoio do banco, ao meu lado.

Abriste os braços, olhaste lá para fora e a sorrir disseste-me: - Mãe! É o mundo não é? E nós somos só um planeta.

Não sei como imaginas tudo isso na tua cabeça, sei que o teu olhar me inundou desse mundo, que por momentos perdi-me das horas e do frio e viajámos os dois no teu planeta. Senti um calafrio de medo por ter esse teu mundo nas minhas mãos, por enquanto, tremi de medo de saber o quanto esse mundo vai mudar aos teus olhos. Mas deixei-me embarcar na tua nave lunar, aquela que nos levará para outros planetas e por alguns momentos apenas brincámos e rimos. Beijei-te com força! Desculpa estar tanto tempo de olhos fechados, embrenhada noutras viagens, sem tempo, sem paciência. Afinal hoje obrigaste-me a acordar!

Parabéns pequenito!


Estavas tão feliz ! Fazes-me feliz também!

Decidir...

É tão boa a meninice, a explosão de sentimentos, a vida imensa que nos transporta para mundos ainda fogosos de tanta beleza.

Quando te ouço falar os teus olhos gritam ainda mais alto, e eu sinto o timbre da tua voz, não o consigo com mais ninguém. Conheço o teu fundo, conheço a tua alma.

Queria saber programar-te, obrigar-te a acreditar em cada palavra minha... mas não consigo!

Eu era bonita e boa aluna e popular. Houve alturas que quis mais... quis ser quem não era e rodear-me de quem eu não me identificava, mas, talvez por isso, porque era diferente, novo, desconhecido.

Fiz, rodeada de quem era diferente, muitas coisas que não deveria ter feito, fi-las porque se as não fizesse, seria eu a diferente, e e isso eu não queria.
Por vezes sozinha comigo, eu sabia ter errado, arrependia-me de, na altura, não ter decidido!
Não ter parado quando a primeira dúvida me importunava, quando me perguntava se estaria certo.

Hoje eu decido! Porque aprendi que acima de tudo, acima do amor, da amizade, estão valores preciosos, valores que edificam a minha consciência! É ela quem à noite me ajuda a adormecer, quem me revela a paz quando me faz sonhar.

A minha consciência mostrou-me o tormento de estar aprisionada, acorrentada a culpa e remorsos, dela nada se apaga e são dela as palavras que eu quero ouvir sempre, em primeiro lugar.


E tu minha Flor? Será que aprendeste?

Confesso

Falta-me vontade, inspiração, paciência...

Volto mais tarde!

e pronto...

Pirolito doente...
Trabalheira medonha, cheio de mimo.

- Apetece-te comer ? O quê?

- Ervilhas e Smarties!

Hã?

Gosto

Quando abres as portas para eu entrar.

Flashforward

Gosto tanto...
Mas é tão pequenino...

Cheguei a casa zangada...

Faltou-me o calor, os pés descalços, a luz. Não gosto de chuva nem de frio.


Pensei nas cores e no mar, no canto dos pássaros que me desperta, naquela brisa quente do pôr do sol. Senti saudades!

Acendi a lareira, pus mais uma manta na cama, deitei os miúdos e disse-lhes o quanto os amo.

Agora estou aqui, em paz, ouço o bento e a chuva a bater nas portadas.

Já não estou zangada, afinal esta capacidade de aceitar é maravilhosa, plena!

Preciso de ideias...

... e se isto for muito real, e se eu não vislumbrar nenhum motivo, e se quando tento perceber não consigo?

o nome é igual, mas é o blogue da minha Flor!!

A malta quer estar informada, ser uma mãe moderna, vestir uns trapinhos jovens e ver o Phinneas e Ferb no Disney Channel...
... mas ter um frango a assar no Facebook e estar a pensar nisso, é demais não é?

Finalmente

Para mim...

Mais uma visita ao Dr. House, normalmente as queixas monumentais que se amontoam durante um mês, ficam mais pequeninas... Não pelo Dr. House... pela visita, pelos olhares, pelas imagens.

Boa notícia é a data em que isto pode acabar de vez... dia 16 de Novembro! Tenho 50% de hipóteses, não é mau!
O meu cérebro hoje está... a hibernar!

Crescer

Humildade é isto!

Aquelas minhas convicções, teorias, coisas bonitas do meu cérebro... Pois bem, a maior parte das vezes, é melhor ter calma. Viver as situações, e então opinar... Isto é crescer!

Hoje fui à primeira reunião com o director de turma da minha Flor!

São tempestades, ventos ou luzes ou chuvas que me despertam para outra realidade. Abanões violentos que param a minha mente, que a libertam de poeiras e neblinas. Fazem-me ficar quieta!

Nesses instantes o olhar fixa uma qualquer imagem ali mesmo à minha frente, sem obstáculos que me separem dela, nesses instantes sinto -me fundir com a vida plena que me rodeia. Depois disso chegam-me à alma os mais puros dos sentimentos, ocupam-me o ser as mais verdadeiras certezas.

Sim, quero rir e festejar a vida, quero gritar ao mundo inteiro a felicidade que me inunda. Quero nunca mais sentir a dor da perda, a perda das oportunidades todas que o tempo me ofereceu e que eu deixei escapar. Quero apanhar o passo do Outono que esperou por mim. Quero deter-me no belo e virar costas ao negro, fixar-me em olhares e caricias e apagar as horas. Crescer, crescer, continuar a jornada e varrer teias e pó das gavetas da minha memória, deixar mais espaço e abrir mais janelas, para que entre o vento e a luz e a chuva.

Depois..., vão caindo os ombros, vou acumulando a vida sem tempo para mais arrumações, acordo sem tempo para olhar... Fico assim, até nova tempestade!

Porquê?

Zézinha

Que saudades que tenho daqueles tempos...
Sou tua amiga sabes, como sou do Zeca e gosto de vocês, verdadeiramente!

Foram uns anos bons... foram...

As saídas.
As casas no meco.
Os fins de semana.
A parvoíce tanta.

e quando os foguetes não funcionavam naquela passagem de ano?
e quando fomos apanhadas a comer o resto da mousse de chocolate que havia no frio?
e quando o Zeca me deixou dar uma volta na mota dele?
e quando saiu do carro no semáforo e foi dançar à nossa frente?
e as brincadeiras do Pedrinho na praia?

Estas e tantas outras histórias e memórias.

Um dia aconteceu qualquer coisa, como sempre fui a ultima a saber, ainda acho que nunca soube de tudo. Mas todos opinámos, todos falámos, chegámos a julgar... eu sem saber do que falava... Olha! vim a saber uns anos mais tarde, quando passei pelo mesmo.

Depois de repente vocês desapareceram, já lá vão uns 10 anos! Agora sei porquê e nem imaginas o quanto vos compreendo.

Nunca vos procurei, talvez porque achei que a nossa amizade deveria ter prevalecido, agora sei que nunca poderia prevalecer.

Hoje sentei-me aqui e senti uma angústia enorme e procurei-te, pelos piores motivos, e foi tão fácil, ali estás tu no facebook e em mais umas quantas tontarias do género, com aquele sorriso contagiante. Se o tivesse feito há mais tempo teria enviado uma mensagem, uma qualquer frase engraçada sem necessidade para resposta.

Durante estes anos fomos sabendo de vocês, nem sei bem como, talvez o mundo seja mesmo pequenino, a A. pensou numa surpresa, a G. sempre hesitante, e eu com o meu orgulho pensava que quem tinha desaparecido eram vocês.

Não sei onde estás, não sei como a tua cabecinha chegou até ao dia de hoje, sei que gosto de ti, sei que tenho uma palavra amiga para ti. Uma palavra que nunca te vou dizer.

Força!

Zeca: O que quer que aconteça, lembra-te que há alguns que, apesar de todo este tempo, têm também uma palavra e gostam de ti!

Um beijo para vocês!

Há coisas...

Que me irritam estupidamente...

A música do Pingo Doce é uma.

Parem com aquilo, por favor!

As mulheres conduzem mal ???
- Mãe ! A chucha caiu.
- Mãe ! O que é aquele sinal?
- Mãe ! Olha o que eu fiz.
- Mãe ! Quero fazer xixi.
- O que é aquilo Mãe ?
- São uns senhores que estão a queimar umas ervas.
Ele: Olha ali um fogo mana. Estão a queimar relva.
Ela: Não é relva, é erva.
Ele: Não é nada é relva.
Ela: Ervas.
Ele: Reeeeeeeeeeellvvaaa!
Ela: Está bem, são ervas e também relva!
Ele: Mãããããããeee é relva não é?
- Mãe, olha um circo!
- Este ano vamos...
- O que há lá ?
- Blá, blá, blá, blá.
- Não há brinquedos?
- Não! mas...
.........
- Ok Ok, vamos telefonar aos senhores do circo, para eles porem lá uns brinquedos para ti!
Mas quando eles vão calados... eu começo a olhar para trás, para ver as suas carinhas, para tentar perceber o porquê do silêncio.
Hoje ficam na avó!

És um raio de sol!

Tu tens um sorriso tão lindo!
Chegámos a casa, eu encharcada da chuva, tu toda suja da festa que a Meggy te faz sempre que chegas a casa...

Cheguei cansada, dorida, sem fôlego, com o peso que agora, todas as terças tenho. Pensei nos banhos e no jantar. Tratei de tudo sempre a correr.

Lá fora chovia muito, tanto que parei junto da janela para ver a chuva, para ouvi-la. Parei! Parei mesmo e de repente senti uma vontade doida de ver o teu sorriso.

Fui deitar-me na tua cama, a olhar para ti enquanto arrumavas a mochila da escola. Tu és tão linda!

Tenho orgulho de ti Mariana, tanto.

Tantas vezes está mesmo ao nosso lado a verdadeira razão para um sorriso. De repente a chuva parou porque és luz e sol e calor... és a minha Flor.

Mania de catalogar sentimentos... Amor perfeito, incondicional, presente, ausente, de mãe, de filho...
Sei eu o que sinto, mal o sei descrever.
Com desilusões cresço, comecei cedo a separar quem quero na minha vida, mas apesar delas continuo crédula, sempre crédula. Sempre à espera de nunca receber o que nunca daria, sim, apenas o que nunca daria.
quaquer coisa de desconhecido na Inveja, eu sinto-a, dá-me garra, vontade de querer ser ou fazer ou ter...
Mas há mais não há? Há algures vontades mesquinhas de pisar para sobressair, de mentir para se ter protagonismo, de trair a confiança por ser vantajoso ? Manipular quem nos ama para afirmar a nossa imagem?
E mesmo assim eu nego, desculpo com a ira dos momentos. Aceito como caprichos! Mas não são pois não?
E depois fico assim, a tentar esquecer, a tentar guardar à chave essa tristeza, a tentar não ver...
Não são os estranhos quem me magoa...
- Mãe, sabes que lá na escola não se chama "rabo"??

- Não?? Então chama-se o quê?

- Chama-se "pacote".


Não estou preparada!

Será?

As cegonhas já não migram.

Talvez também a Silly Season tenha ficado até ao Natal!

Tenho esta idéia semi formada de que o mundo anda muito estranho!

Sou miúda da terra, gosto do campo.
Amo animais, fascinam-me os pássaros.
Não entro em histeria com ratos nem cobras nem ursos nem camaleões.
... mas tenho um sério problema com insectos...
Não todos!
Tenho um problema com insectos com dimensões consideráveis e que transmitem uma séria dificuldade em calcular os seus vôos. Ou seja, aqueles que cuja probabilidade de virem direito a mim, é grande.
De entre todos (poucos) besouros, borboletas nocturnas, aquelas cenas pretas e gordas, e baratas, há os eleitos:
- Os gafanhotos!
Odeio, metem-me nojo, chego a emitir sons que tocam levemente a histeria... (assumo).
Não é que ontem à noite, fomos atacados por uma bicheza dessas, na própria da sala!!!!!
Os meus lindos meninos fecharam-se no quarto, e eu, de vassoura na mão, ataquei a fera.
Isto sim é ser mãe!!! A melhor do mundo! se estivesse sozinha em casa, fechava o gafanhoto nasala e ia para a cama. Alguém que resolvesse...

Ali

Mesmo no fundo, escondida debaixo de correntes e ventanias e olhares e palavras, apesar das tempestades de areia que cegam, apesar da velocidade que obriga a suster a respiração. Sei os passos a dar, para seguir até ao rio e dele inundar a minha alma.

Estes dias foram confusos, estados de espírito que ultrapassam o entendimento de quem precisa entender-se.

Hoje sinto-me melhor, muito melhor. Ultrapassado o medo de não estar a controlar nada, apesar de agarrada ao leme, fica um pequenina paz que reconforta e me traz de novo a mim!

Orgulhosa de mim como sou, arrogante nas minhas convicções, sou também honesta comigo mesma, e aqui aceito que há lutas na minha vida que, por desconhecer quem me ataca, me deixam vulnerável e, nesta luta há que hastear uma bandeira branca e pedir ajuda.

Foi um momento mau, que já sinto distante, pelo qual não queria passar outra vez.

Circe


Sou verdadeira, dou-me sem reservas... Por demasiadas vezes dei-me a quem me quis roubar sentidos, por demasiadas vezes surpreendi-me com a distância que me separa de tantas pessoas. Magoa, faz crescer. Devia aprender a não confiar tanto, devia aprender o quão malévolas certas criaturas podem ser...
... mas acho que sempre preferi acreditar, dar-me e acreditar que o que me dão é também verdadeiro. E é por acreditar, que com saudades me despeço de alguém que cruzou a minha vida e vai ficar aqui na minha alma. Alguém que também se deu, verdadeiramente.
Uma despedida simbólica, apenas no espaço, no hábito, no dia a dia. Um até já!
Obrigada,
"O grito do falcão é "circ-circ" e é considerado a canção mágica de Circe, que controla tanto a criação quanto a dissolução. Sua identificação com os pássaros é importante, pois eles têm a capacidade de viajar livremente entre os reinos do céu e da terra, possuidores dos segredos mais ocultos, mensageiros angélicos e portadores do espírito e da alma."

Veredicto


- O problema é que me deixei enganar pela sua força, pela sua boa disposição, pela forma como encara esta fase da sua vida! (Dr. House inspirado)
Insisto na minha força, na minha determinação. Insisto em racionalizar, questionar, responder!
Depressões, esgotamentos, bipolaridades e coisas do mesmo calibre estão para mim associadas a quem não tem muito com que se ocupar, a fraqueza, a pieguice.
Não! Não sou piegas. Não me queixo facilmente!
- Podemos saber muito pouco deste novo fármaco, sabemos sim que a depressão é frequente! Já devíamos ter falado sobre isso. (Mais uma vez, a inspiração do Dr. House)
Sem dramas! Com algum mimo, com uma tentativa bastante eficaz de desmontar a minha ideia sobre depressões. Cá estou eu, a sentir o que diz na página 148 do "consentimento esclarecido".
Aqui no fundo, se eu for honesta, com uma lágrima no olho, tenho que baixar a guarda e assumir, não estou nada bem! E isso está a afectar tudo, e eu não vou deixar.
Mas lá fui pedir ajuda... Ouvi mais uma vez um mimo... Sou forte, lutadora... e eu sei disso!

Hoje

Não é promessa, é determinação. Assim o sinto agora que acordei e o sol encheu-me a alma.

O que tenho garantido posso por em segundo plano.

Lutar mais um bocadinho por o que me pode trazer um Domingo feliz... Isso posso fazer!

Afinal é assim ...

Amanhã deixo tudo noutras mãos!

...



Num tom baixinho e decidido, com aquele sotaque Algarvio, palavras ligeiras e despachadas, disse:

- Tita, vem comigo, quero mostrar-te uma coisa.

Devagarinho abriu a porta do armário, fez um sorriso sincero e com o olhar certo e orgulhoso mostrou um fato negro bem engomado, por cima de uma camisa branca de colarinhos bordados.

- É com esta roupa que quero ir quando morrer!

Tita estremeceu, desviou o olhar da roupa e um calafrio percorreu-lhe o corpo, quis fechar a porta do armário, quis afastar a ideia, mas também quis estar à altura. Quis aceitar o que ouvia com a mesma determinação, a mesma serenidade.

- É lindo Avó.

Será paz? Será sabedoria? Será cansaço? Será uma devoção tamanha por aquilo que durante uma vida inteira lhe preencheu os vazios, lhe trouxe esperança, a fez ter fé? Que orgulho é esse por morrer bonita? A fé traz essa serenidade?

Será aquele quentinho que Tita sentia naquela casa rodeada de terços e imagens de santos e velas e orações? Apesar da sua crescente incredulidade?

Será paz?

Serei eu capaz de lembrar essa paz, quando a saudade cruel me fizer chorar? Saberei eu ainda aprender a reconhecer essa paz quando for egoísta e achar que perdi alguém?

Depois

Gosto de ler palavras bonitas, gosto de rir, gosto do meu humor sarcástico, gosto de escrever o que me alivia a alma.
Há uns dias que me sinto vazia de tudo o que gosto em mim. Porque não me sinto bem talvez.

O espaço que dedico ao obrigatório enche o pouco que tenho disponível. É muito!

O obrigatório vai-me dando os sorrisos.

Até lá, acho que vou ficar em silêncio, a ouvir apenas o essencial, porque me sinto vazia de mim. E se eu estou ausente de mim, para quê escrever?

Eu sei que pode ser mesmo assim, "normal". Aliás, já sabia que podia ser assim. Não sabia que este vazio me ia fazer tão mal.
Já decidi pedir ajuda! Caso de sucesso ou não, preciso de me ter de volta... Porque sou precisa para duas pessoas maravilhosas que contam tanto comigo.

Segunda feira volto ao Dr. House. Até lá deixo-me estar. Aqui!

agora...

Era:

Uma lareira.
Tu.
Aquela música.
Uma manta e a chuva lá fora!

e tempo, muito tempo, para estar, agora!

Gosto tanto...

Já não me lembrava...


Quando no 5º ano, todos os mais velhos me passavam à frente.
Quando me intimidavam! Quando me roubavam a bola de Berlim que tinha comprado no Bar escapando a todos os que me empurravam. Quando à saída tinha medo de ficar sozinha. Já não me lembrava de quase nada, até ficar quietinha a ouvir as histórias da minha Flor.
Só o silêncio dela me perturbaria...
- Mãe, sabes o que andam a fazer lá na escola? Os miúdos mais velhos sopram-nos para a cara e dizem que têm gripe A.
Tão igual ao mundo dos crescidos... Tão igual!

...

E o dia começou quente.
E ele lá estava a cantar. Para mim?
E hoje sinto-me calma.
E hoje quero ficar assim.

Sou tão inconstante... e isso quer dizer o quê?

Querido diário

Na manhã não houve percalços, nem sol, nem canto de nenhum pássaro. Houve risos e choros, e o tempo a correr.
Ontem pensei em desistir, até o disse alto, quem me ouviu ficou em silêncio. Hoje pensei novamente em desistir, mas senti de imediato que não teria coragem. Porque há tantas incógnitas.
Cheguei nervosa, como sempre, odeio tirar sangue, já me conhecem e tratam-me bem. Sento-me, a querida enfermeira Paula pede uma almofada para o meu braço. Diz que tenho que fazer terapia ocupacional, fico a agitar os onze tubos até vir o 12º. Faz-me rir, faz-me sempre rir e em mim solta-se a veia brincalhona, rimo-nos um bocadinho. Hoje não vi nem quis ver, normalmente gosto de observar as pessoas, imaginar as suas histórias, as suas vidas, hoje não, apetecia-me ir embora e dizer que não voltaria mais.
Dr. House não estava, ainda bem! Apetecia-me falar do meu cabelo, da minha cabeça, na minha fraqueza. Dr. House não deixa, cinge-se aos factos ... Esses fazem de mim um número:
Paciente 4606 está a reagir muito positivamente.
Veio a colega da equipa ...
Desmontada a dor e a febre e o cabelo... não restam muitas respostas. Restou um alerta...
Que eu não me iniba de pedir ajuda, que eu não me importe de dizer que estou:
Triste
Confusa
Derrotada
Que me apetece chorar
Que esteja atenta a depressões,
Porque é normal!
E eu, qual padeira, insisto em guardar numa caixinha de tempo, contando os meses que faltam para abri-la, a tristeza, a confusão, a memória, a fraqueza e as lágrimas que tantas vezes me forçam a contê-las.
Não desisti, prefiro que este seja um mau dia. Diferente da noite de ontem cheia de velas. Diferente de do amanhã cheio de risos e até de cantos de pássaros.
E assim fico atenta... e dedico-me a tudo o resto e à maravilhosa ideia de ser um caso de sucesso!
E acabei ontem o livro "O rapaz do pijama às riscas" E fiquei deprimida, como ando a ler livros da minha Flôr, hoje começo a ler o "Diário de um banana".
E se ler novamente o que escrevi, fico convencida que o meu estado psicológico deve ser realmente grave.
Alegra-me pensar que um dia poderei achar graça a tudo isto!

4606

Desabafo puro!
Estou magra, o cabelo já cai há um mês, dói cada músculo do meu corpo (e são tantos). Se eu achava que os ossos não doíam desenganei-me, doem e estalam. Sento-me e canso-me, levanto-me e preciso sentar-me. Ando enjoada, com os nervos em ponto de caramelo.
Decidi há uns tempos não me queixar, a verdade é que a coisa está a resultar, mas preciso, preciso tanto fazer queixinhas!
Segunda feira mais uma visita ao Dr. House (que se está nas tintas para o meu cabelo e a minha pele), sim, o homem é hepatologista, quer lá saber de merdices de cabelos. No que lhe concerne, sou um sucesso!
Descobri uma dor, não a consigo definir, Dr. House diz levemente: "deve ser da anemia". Ainda não passaram quatro meses.
Acho que este Inverno vai ser cinzento! Não me queixar ajuda, porque as queixinhas não me fazem sentir melhor.
Fica só o desabafo, querer ser forte até me engana, mas agora que os miúdos dormem, sentada neste sofá, queria tanto sentir-me bem. Sentir vontade de ter deixado os pirolitos na avó e estar a ouvir uma bela duma musica rodeada de gente gira!
Assim durmo e descanso, porque isso sim, ajuda.

Pareço mesmo uma velha! Nem a merda do texto me faz sentido. Vou mas é dormir.

Recebi um abracinho ....


Recebi um abracinho assim bonito, de alguém que eu gosto muito de ler... É a primeira vez e a sensação é engraçada...
Não temos um rosto, não se conhecem olhares nem expressões, nunca ouvimos os sons, nem vemos os sorrisos. Somos apenas o que escrevemos, conhecemos apenas o que lemos ... Engraçada é a sensação que me fez sorrir ao receber este "abraço".
Os meus abraços são assunto sério, não dou abraços facilmente, não gosto de mexer, nem gosto que me mexam (com as óbvias excepções). Um abraço tem entrega e significado e tem que ter paixão, envolve uma troca...
Agora as perguntinhas:
Quem mais gostas de abraçar, no presente? O gajo mais lindo, mais espectacular que existe, que mais enche a minha vida, o meu herói.
Quem nunca abraçarias? Os que negam abraços a quem tanto precisa.
A quem davas tudo para poder abraçar? A todos os que quis abraçar e não abracei.
A quem davas o teu melhor abraço? A quem me enche de abraços e sorrisos, todos os dias, a toda a hora, os meus amores grandes.
E agora a distribuição de abraços:
A sensação foi muito engraçada, foi... mas deu um trabalhão, os links devem estar todos trocados...

Nós

Tens um dom...
Quando me ouves pensativo, quando me fazes rir e me abraças.
Quando me deixas falar e chorar e divagar nas minhas confusas teorias e me respondes com a verdadeira simplicidade.
Quando te escolho para descarregar os meus estados de neura e tu aguentas sem reagir.
Quando estou zangada e me animas.
Quando quero mimo e percebes.

Quando resumes em três palavras os meus dramas e os puxas para terra e logo os explicas e justificas e resolves.

Quando não estás aqui, mas te fazes sempre sentir.

És uma pessoa única e maravilhosa!

Amo-te Pedro.

...


Gritaram, nesse dia, eu não era especial e diferente!

Nesse dia eu era, afinal, igual a todos os que ali estavam.

Noutro dia afastei-me e marquei a minha diferença, nem sempre positiva, mas minha. Nesse dia decidi, é minha aquela estrela.

Em tantos, tantos dias, vagueei na linha ténue que separa a minha diferença da facilidade das máscaras.

Sob a luz dessa estrela, grito, agora, sou sim! Sou especial e diferente!

apetece-me

Mais de mãe...

Muitas vezes, escondo-me ali num qualquer cantinho, bem fechada, enquanto me transformo em imagens...
Há que fazer rir a criança que na imagem do espelho retrovisor treme o queixo, porque não quer ir para a escola.
Há que estar atenta à criança que leva o olhar longe, distante, e que em silêncio também está apavorada. "Ontem uns miúdos mais velhos empurraram-me", "Não consigo ir à casa de banho lá na escola, está sempre tanta gente, tenho medo de ficar fechada".
Há que florir e pintar e sorrir... Há que somar a esse sorriso a espada que a protegerá desses medos...
Depois cheguei aqui, fui buscar-me ao cantinho onde estava fechada e tentei acreditar que não posso evitar que eles cresçam assim, com um bocadinho de dor.

é verdade!

Quase três anos !!!

Os telefonemas não param, mas estão mais espaçados!
As cenas tristes continuam, mas menos rebuscadas!
A puta triste continua ali, mas eu já quase nunca a vejo!

Ou seja, está tudo bem ! Porque me sinto feliz! Só me chateia esta eterna questão?

- Que raio move esta figura triste ? Não terá mais que fazer?

(Cá está um verdadeiro desabafo, sem o minimo interesse e que me fez perder três minutos)

Pensei, pensei e saiu-me isto...




O meu espacinho... pois que é MEU, pois que gosto de aqui despejar o que sinto, pois que gosto da liberdade de aqui escrever sem pensar em eventuais criticas ou reacções ou susceptibilidades.



Neguei este espacinho a quem pediu para o ver, porque é MEU e porque não escrevo para ninguém, escrevo para mim, porque quando estou sozinha, como tantas vezes estou, me faz bem!



O meu 26º seguidor !!!!!


É a minha filha!!!






e agora????
Posso mudar o blogue!

ou posso simplesmente assumir que não me considero a mãe típica. Sou atenta, sou exigente nas regras, na educação, nos valores, nos princípios. Não quero que a minha filha me veja como perfeita, como simples educadora. Não pretendo pertencer à associação de pais da escola, conto-lhe segredos, guardo os que me conta. Mostro-lhe as minhas fraquezas, conto-lho o que me envergonha, sou disparatada. Mando-lhe mails que as outras mães não acham próprios. Falo-lhe sem tabus, de tudo!

Sinto-me tantas vezes uma miúda, gosto das amigas dela, torço pelas suas paixões, falamos mal das vizinhas e até das professoras. Ontem falámos de orgasmos, vi-a atenta a ler um artigo sobre violações. Fiquei entusiasmada quando me contou que tinha um namorado, apesar de ter sido só por um dia. Chego muitas vezes a ser censurada por ela por me portar como uma miúda. Gosto de Katty Perry, ouço a Hannah Montana, adorei os HSM.
Hoje fomos para a nova escola, eu estava nervosa e disse-lhe. Mal virámos costas ao novo director de turma comentámos eléctricas... " O homem é gay!!! e qual o problema?"
A minha Flor é uma pessoa maravilhosa e eu tenho o maior orgulho em saber que ela lê os meus desabafos.

Teremos uma regra...
Não me vou condicionar... nem na linguagem, nem nos assuntos !! Reservo sempre o direito de a qualquer altura, não ser obrigada a explicar seja o que for acerca de coisas que escrevo. Deixarei o tempo mostrar-me a altura certa!
Porque haverá sempre tanto que escapa, ao meu e ao entendimento dela.
Ninguém me ensinou a ser mãe. Sou a mãe que sei ser, sou o melhor que sei...

Para ti Mariana... Tenho tanto orgulho em ser tua Mãe!

...

Para a Matilde

Passaram os meses e tu, Matilde , continuaste sem fraquejar.
Se damos verdade abrimos uma porta para que outras verdades nos sejam oferecidas. Se nos despimos dos trajes conseguimos alcançar a nudez na alma de alguém. Nem sempre será tão simples, talvez nem sempre aconteça, valerá sempre essa aposta. Porque cá dentro se irá apagar um pouco de medo, porque nos sentiremos maiores.
Deste-me uma lição de vida que ainda nem consigo entender bem, mas chorei quando hoje me ligaste e me disseste que a TAC estava bem. Fico tão feliz!
Prometo o champagne, prometo arranjar todos os tipos de caranguejos que existam em Portugal para os aniquilar-mos.
Fico tão feliz... e tu sabes!

Histórias



Sempre que subia a escadaria de pedra, Tita já adivinhava a algazarra que a esperava. As vozes eram sempre estridentes e alegres, os sorrisos inundavam o primeiro andar. Cheia de abraços e beijos, muitos beijos e apertões. Tita nem sabia por onde começar. Lá fora, as bicicletas com os pneus cheios de ar que o avô tinha preparado para ela na oficina do Manel Jesus. Lá fora estavam as férias, os amigos, as brincadeiras, o rio e a avenida.



Na cozinha havia sempre aquela lata redonda, amarela e azul com uma menina pintada, lá dentro estavam os bolinhos de amêndoa. Na dispensa estavam os rebuçados, e as costas doces ou com torresmos num alguidar azul cobertas com um pano branco. No quarto a cama grande com o terço e os santinhos, onde a avó a adormecia com histórias do menino Jesus. O calor que fazia sempre tornava tudo ainda mais especial. O pó da rua, o vento quente, a azáfama constante na cozinha, o silêncio escuro na hora da sesta obrigada.




(... Cheguei cansada da viagem, subi a escada de pedra e ouvi o silêncio e senti o cheiro de roupa guardada e de naftalina. Cheiro de casa fechada, sem forno, sem bolinhos, sem flores.

A culpa atormentou-me mas desvaneceu-se na aceitação do tempo, da idade. Mais tarde, à noite, num rasgo de lucidez, a avó disse-me: - Ai Tita, a vida devia ser mais longa...)



Sentada na varanda, Tita ansiava pela voz, pela música de outrora. Era tarde, estava cansada. Cansada principalmente das insistentes perguntas, sempre as mesmas, reveladoras da incontornável velhice. Ansiava pela algazarra, por uma chávena de chá com bolinhos de amêndoa. Desceu devagar da cadeira, sentou-se no chão envergonhada e olhou ligeiramente para cima, de encontro ao olhar daquela mulher linda. Sábia de vida, sábia de histórias, e perguntou:

- Avó, como era quando eras menina?

E assim ficou, sentada no chão, vergada perante a grandeza de uma vida. Ouviu em silêncio, palavras de dor, de luta. De amor e preserverança. De alegria. Histórias de fazer pão, histórias de guarda rios, de caminhos e andanças. Memórias claras de nomes e datas, numa mente velhinha cansada de velhice.
Tita conteve todas as lágrimas, de vez em quando fazia uma pergunta ou outra, tentava que aquela voz fluísse sem se perder no hoje.
Falaram de outros tempos, muito, muito antes do tempo em que Tita era a primeira a subir a escadaria de pedra.
No fim, a imensa tristeza de não haver mais tempo, porque a vida da avó Maria deixa uma saudade marcada no peito de quem a conhece.
No fim apenas gratidão. E paz!

Vou mesmo comprar aquelas caixinhas com gavetinhas, tudo dividido por dias da semana.

Conclusão:

As caixas das pílulas têm escrito os dias da semana, exactamente porque a malta não se lembra se tomou ou não....

São muitos frascos, não me lembrei se tomei à noite. Contos os da manhã... e há a mais???? Ou me esqueci de tomar de manhã, e não esqueci... ou tomei a dobrar à noite ??? Como?? se os contei porque não me lembrava se tinha tomado à noite???

Consola-me saber que há 25% de hipótese de isto acabar aos 6 meses....

...


"Abandonando nobremente quem nos deixa, colocamo-nos acima de quem perdemos."

Madame de Stael

Emoções

Desvarios da minha razão, sensações libertadoras e desprovidas de sentido.
Sou emotiva sim, toco o irracional.
Mas que melhor há do que me despir de conceitos e imagens, alhear-me do mundo e sentir, sentir, sentir ?
Tinha saudades de estar assim, comigo, hoje cheia de mimos. Maravilhosa essa habilidade que conquistei de mudar simplesmente de perspectiva...
Esse homem que tanto amo insiste em ensinar-me a ser prática, a simplificar... insisto em dizer que não quero... quero sentir, mas a verdade é que o simples que me rodeia tem uma imensidão desmedida, e sendo prática, vou só sentir essa imensidão. É simples!

Simples e imenso, pudera eu decidir com o que sonhar esta noite... Seria assim...

Para ti... Mana

Daqui a uns minutos tenho 37 anos, não gosto sabes? Acho até que este assunto do "crescer" ainda me vai fazer divagar...

Cresci ao teu lado. Cresceste comigo.

Tens um feitio muito mau mana! És difícil, reages, quando reages és injusta, chegas a ser egoísta. Quando chegas, com os lábios cerrados, zangada. Quando não ouves!

Mas...

Estamos juntas há 37 anos, ou talvez 36 e umas horas... Detesto o 37!

Quando há uns dias me mostraste aquele sitio lindo na Serra, o teu sitio... quando desliguei o carro e ouvi o vento, senti uma dor no peito, uma angústia, um medo... Senti-te mana!! Estás a sofrer e eu sofro contigo.

Tens dentro de ti, o que está dentro de mim. É algo grandioso, aprendido e cimentado. Entre a areia da praia e as águas dos rios. Entre as bicicletas e o beliche. Entre avós e mimos. Sermões e palmadas. As viagens e o Jackie. A escola, as lutas, as quedas. As mentiras e o silêncio. Fizemo-nos assim, lado a lado. Sei-te e vejo-te e sou contigo! Ouço-te em sorrisos e lágrimas.

Tens um sorriso tão lindo mana.

Sabes? Não existe quem tu procuras, ou talvez exista... A exigência que te pauta requer um principio, uma meninice. Requer grandeza no horizonte, no interior.
Vida? qual? aquele caminho cheio de curvas e luzes e escuridão, que muitas vezes passamos a correr atrás da ambição de um vislumbre de mar? O caminho que vês afunilado por sombras e que queres tanto, porque há árvores que te protegem, que nem reparas num ou outro trilho, mais parecido contigo, mais real, mais teu.

Caminhos os nossos tão cheios de tudo! Quantas vezes tão cheios demais, que nos trouxeram até aqui. E agora? Não vês os tijolinhos amarelos? Eu vejo-te ali rodeada de espantalhos, leões e homens de lata. Tão linda, tão menina, tão cheia de vida.

Vai correr tudo bem.
Vai correr tudo bem.

Pudesse eu em mil palavras descrever-te, quem as lesse iria amar-te. Como eu te amo!

Não permitas magoar-te mais, não mereces.

e Parabéns para mim... e para ti também !

Pirolito


Pirolito também muda de escola, mas esta eu conheço...
Não me safo de um belo berreiro! Daqueles que eu sei que passam logo!


Minha Flor!


A minha Flor vai entrar numa escola nova, uma escola grande. Ficou à tarde, não gostei.
Não gosto de como se dividem turmas numa escola. Não gosto de sabe-lo. Ela está com medo, está ansiosa ... e eu sei tão bem o que ela sente! Também tenho medo.
Flor é crescida, é crescida no seu conteúdo, no conhecimento, na responsabilidade... é menina nas emoções, como deve ser, como tem que ser. É menina em sonhos! Que essa meninice permaneça.
E eu ... falo de realidade, com uma brisa de sonhos, a que for possível, para que cresça e sonhe!
Acredito tanto que vai tudo correr bem!

As férias acabaram...

Ficou o ar fresco, a alma quentinha...
... o que mudou, que foi tanto, será o melhor.

Voltei aqui, só hoje.

Papéis agrupados de forma diferente, mas alinhados numa precisão obrigatória. Juntei-os todos num impulso irritado. As canetas deixo-as assim, todas direitinhas a anunciar apenas imagem, uma imagem profissional e organizada. Passaram muitos minutos até pegar no primeiro papel do meu molho.
Como sempre as ideias não param na minha cabeça, uma vontade, cortada à partida, de fazer coisas, de crescer, de mudar. Depois das férias a vontade aumenta, as ideias parecem mais certas, mais claras. Daqui a uns tempos rendo-me a outras vontades. Porque me vou sentir sem força nem vontade de lutar pelas minhas??? Porque os confrontos são sempre demasiado duros ?? Porque não sou eu quem manda aqui ?? Porque o 4606 não está a ajudar muito??

Os papeis ficaram arrumados, pela minha perfeição organizada. Prontos para qualquer dúvida futura.

O resto está aqui, na mesma... a provocar em mim os mesmos sentimentos, em que não quero agora mexer.

Agora desligo tudo, saio... Ainda tenho um dia de praia pela frente... Saio com a sensação que preciso aproveitar muito mais estes dias, porque já são poucos.

Saio com vontade de voltar e começar a por em pratica a lista que deixei na minha cabeça, de tudo o que de urgente há que fazer.

Não resisto...



Não resisto porque são lindos!
Porque são meus!
Porque me fazem especial, porque me fazem tão feliz!
As férias trazem tudo, viajar alarga os horizontes e enaltece o espírito, regressamos felizes pelo regresso, fica uma imagem, esta... no meio de tantas.

E continuam, até Setembro... sem horários, telemóveis, mails, internet e com o despertador desligado.

Pois que hoje estou tão feliz!!!!

Vou partir naquela estrada...

Ora a estrada é até Mértola, vila mais linda do nosso país.


Muitos miminhos da avó... Muito quentinho... três dias...





Depois....

Matalascañas, parque natural das Dunas de Doñana, lindo, pequenino, água quente, muita areia sem ninguém.

Meus pirolitos estão contentes, e eu vou:

Descansar muito.

Olhar o mar, em silêncio, só o vento.

Sentir a tua falta Pedro.

Fugir de confusões, de espanhóis, de barulho.

Ler um livro desconhecido.

Sentir, sentir, tudo a que tenho direito, o riso da Flor, as perguntas do Pirolito, a praia, a noite, o mar.

Ao farol, ao parque natural ver os flamingos, ou não.

Vou de férias! Volto depois!

Ai ai ai

- Estou aqui encostado ao gradeamento da marina...

Blá, blá, blá...

Processing, processing, information, information...

Ai que não tem mesmo graça. Está certo, estás a trabalhar...

E o é que existe aos molhinhos em Vilamoura em plena época balnear????
Peixes? mosquitos? nadadores salvadores?

Nãããããão !!!!!!

Gajas!!! várias, de todos os formatos e feitios. Abundam as loiras, burras, já com os copos, de mini saia, ou sem saia mesmo, passaram três horas ao espelho antes de se irem pavonear para a Marina, sim aquele passeiozinho dos tristes... Lá andam elas a mostrar a malete e os sapatos e a exibir a falta de roupinha.

Arrrrrrggggghhhhh ! O que eu odeio Vilamoura.

Estou seriamente a considerar mandar uma mensagem naqueles aviões que sobrevoam a praia a dizer:

Aquele puto giro ali, naquela coisa a 50 metros de altura... É MEU! ou... É GAY... ou ... TEM GRIPE!










Lá foste....

Não gosto de despedidas, lá foste por uns dias, fingi que vinhas já, e vens daqui a uns dias.
Sinto a tua falta.

Mesmo que quase nunca me deite contigo, quando acordo tu estás ali ao meu lado. Mesmo que esta noite seja igual a tantas, hoje estás mais longe.

Há pouco dizias:
- Será que somos nós? Será que é a nossa relação que é diferente??

Derreto-me por pensares nisso, derreto-me por também sentires assim.

Ás vezes em silêncio, trocamos um olhar e enchemo-nos um ao outro daquilo que só nós sabemos, daquilo que tanto nos conhecemos.

É tão bom ter-te comigo, mesmo quando está aí, longe!

Amo-te Pedro!

Férias...

Férias...
Férias...

estou a abstrair-me tanto que ontem o jantar cá em casa foi às 10.

Segundo o Pedrinho, já não é abstracção, é o deboche total.

estou de férias!!!

...

Vou esquecer o relógio, não pensar no jantar, esconder o aspirador, talvez até me enerve e deligue o telemóvel.

Estou em treinos de meditação para o seguinte objectivo:

Abstrair-me!

Dedicar-me apenas a três ou vá, quatro coisitas mesmo importantes...

Só não sei como vou fazer amanhã quando os miúdos me acordarem e disserem:

-Mãããeee não há pão!!!

Devia ter-lhes falado do Nestum antes de irem para a cama... Será que já me estou a abstrair demasiado??'

Impotência

Sentimento odioso, para quem quer mudar o mundo... já não o anseio, mas ainda não me liberto, ainda não aceito.



Consigo um laço de confiança com um filho, incuto-lhe os meus valores sagrados, que acredito fazerem de mim uma pessoa melhor. Enalteço a amizade, a sinceridade, a transparência. Obrigo o respeito... Falo de consciências, de paixões, de amizades... Dou-lhe tudo o que posso, quero que seja feliz, que não se desiluda, que não sofra...

Recuo, aos 10 anos, era tudo brilhante, perfeito, gigante. As emoções extravasadas não cabiam em mim. O sonho comandava tudo. Tudo era sentido, vivido, apaixonado.

Com 10 anos, a minha professora não errava, o que dizia era sábio...

E agora? Cabe-me explicar as atitudes cobardes, ingratas, injustas, manipuladoras de quem não tem a estatura moral de assumir um erro? Perante uma criança de 10 anos? Deixo-a ficar com uma culpa sofrida sustentada por algo em que não quero que ela acredite?

Raios vos partam adultos hipócritas, com as vossas imagens de seres superiores, cheios de jogos, cheios de tácticas, cheios de mentiras!

A minha Flor, há-de ser, superior ... e eu nem vos vou dizer nada! Porque ela precisa sentir, que às vezes, o melhor é ficarmos sozinhos na nossa consciência, e retirar da nossa vida o que não tem qualquer interesse.

Não é cedo para crescer assim?

1ª lição para quem aspira a ensinar.... As crianças inventam, exageram, às vezes mentem, mas contam o que lhes acontece na escola. Chama-se confiança!