É simplesmente fenomenal..

Fenomenal também foi ver de perto a alegria da minha Flor!

Fenomenal foi encontrar e dar um abraço muito apertado, a uma das pessoas que marcaram mais a minha vida...

O melhor do mundo?

Há uma certa distância entre os dias que passamos a correr e o que me inunda agora... Agora deixei a mãe e a mulher, sou eu, a Inês!

Ser assim é mais fácil, construimos ou reforçamos ideias e ideais e tarefas e limites.

A minha Flor vai ver a Miley Cyrus, e eu vou com ela, não gosto de Dzrt nem conheço Mc Fly, a Miley tem um vozeirão e gosto dela, que continue a cantar... apenas cantar, vou acima de tudo fazer o papel de mãe que tem que acompanhar a filha de 10 anos a um concerto. Por mim ela iria sozinha, com as dezenas de amigas que vão estar lá, iria deixa-la à porta e iria busca-la no final, mas estamos em 2010 e ouço dizer que não se pode! Tenho pena! Mas esse é outro assunto!

Tenho pela Mariana uma confiança que me assusta, trato-a, e sempre a tratei como um ser responsável, individual, pensante. respeito os seus gostos, as suas ideias. Não me inibo nunca de lhe dar a minha opinião, sem a condicionar, dou-lhe a liberdade para que escolha. Sou firme e exigente com aquilo que considero serem bases fundamentais. O respeito, a educação, a família, e todas as bases e raízes que me sustentam.

Ando tão farta de teorias... farta de ameaças... se não fizeres isto e aquilo ela vai ser isto e aquilo. Farta da identificação de supostos "problemas", farta de nomes esquisitos que dão ás crianças.

A minha Flor tem nas suas bases aquilo que lhe transmiti, mas também tem o que os seus 10 anos lhe proporcionaram, e eu... talvez nem saiba o que isso é. É a minha humildade que agora grita que, apesar de me sentir jovem, não acompanho naturalmente o que, com 10 anos, ela está a viver!

O que eu queria? era estar mais perto dela, e aí assumo as minhas culpas, quando disponho demasiado tempo com questões menos importantes e por momentos, me esqueço, da grandiosidade de ser criança. sim, aquela altura em que nos era permitido sonhar sem limites. Talvez tenha medo desses sonhos misturados com devaneios pela sua dimensão... Quem sou eu para limitar esses sonhos? Só porque sei o quanto custa concretiza-los???

Agora aqui, só eu, a Inês... Apetece-me gritar ao mundo... cresce Flor, sê feliz, brinca, brinca muito, canta e dança e sonha... sonha sempre. Não! Não é agora que deves preocupar-te com as respostas deste mundo doente... deixa isso... Amanhã, se quiseres falamos sobre isso! estou aqui para ti... sempre, mas agora vai e sonha! Voa até onde quiseres, qualquer janela serve para voar, como sabes. Eu vou ficar aqui...

A verdade é que depois, na correria dos dias, não é fácil sentir esta confiança no crescer...

Amanhã, mais uma vez, vou crescer contigo. Que fiques do meu lado, só um bocadinho, porque afinal também sou miúda, também tenho medos e preciso de ti. É isto? É esta frase que me faz sonhar também a mim?

que seja... Mas quem é que disse que lá por sermos mães temos que ser detentras da verdade? Venha a humildade necessária para aprender... aprender muito...

Amanhã vou dar-te tudo o que puder... Para que sonhes e vibres e sintas, sem condicionantes!

Amo-te!

(espero que a Miley comece a cantar às 10 e meia...)
Vou-me embora! Vou comer uma panqueca com o meu menino! Fazer as pzes é bom!

Bom fim de semana

nós

Nós amuamos... nós somos como dois adolescentes, com birras e zangas e amuos. Porque o olhar estava diferente, porque as palavras soaram de forma diferente, porque olhei, porque olhaste, porque pareceste indiferente, porque não disseste, porque não paraste...
Eu sei, é uma prisão, um tormento. Um tormento que nos alimenta de uma forma indescritível. Como uma droga, não nos faz bem mas é bom!
Analisamos o ser, o estar, o sentir, o falar... Porque nunca estamos juntos, apesar de já terem passado 18 anos. Talvez não tenhamos criado uma rotina, a tal que destroi... talvez tenhamos uma necessidade grande de nos completarmos e não temos tempo pra fazê-lo.

Sabes?, não estou a conseguir libertar-me de fantasmas, sei que isso está a massacrar os meus dias, e os teus, mas não encontro a formula que deve existir para fazê-lo.

Quando te zangas porque não me despedi de ti, embora o tenha feito, penso que talvez não seja assim tão mau essa zanga... É porque me amas? É porque vivemos e sentimos a vida um do outro.

Viver assim é que não é fácil, mas saberia eu viver de outra forma?

Tens ciumes destes meus jantares? se tens só posso dizer que trocava todos eles por um cachorro quente contigo num qualquer beco de Lisboa. Porque te amo de uma forma que nem consigo explicar, mas que sei ser demasiado doente! Mas eu sou assim, doente por ti!

Pois...

Como os combustíveis até estão baratinhos e a Galp quase na falência, bora lá todos comprar aquelas merdas laranjas com um nome que não sei escrever, por apenas um eurito... e será a loucura apitar naquilo enquanto vemos o Mundial!

Haja paciência!

E para adormecer e sonhar...

Hoje

Os papéis estão espalhados por todo o lado, sem a mínima lógica de organização... É segunda feira e não me apetece nada! Amanhã trato disso e de mais umas coisitas.

Hoje vou dedicar-me a ser miúda também, acho que vamos brincar quando chegarmos a casa, até acho que o jantar vai ser no Mc Donnalds...

O fim de semana foi tão bom, mas tão bom!

MAS SÃO 10 ANOS E MEIO...

Ela já não lê o meu blog mesmo....porque não tem interesse nenhum! Então posso desabafar...

Se o meu estado fosse sempre de serenidade e paz total, muito provavelmente eu iria usar toda a minha inteligencia para responder aos constantes ataques desta criatura de 10 anos.

Volto aos meus 12 ou 13, sim porque isto evoluiu. Nessa idade que raio pensava eu da minha mãe??? Nem sei, não falávamos daquilo que eu vivia diariamente, culpa minha presumo eu. Não falámos nunca de namorados ou de período ou de miúdas irritantes. Havia um outro lado familiar... Em casa tudo decorria de outra forma, na escola era outra Inês. Será isto?

E lá venho eu, mãe cheia de ideias, colmatar todas as lacunas que consigo, ou acho que consigo, identificar na relação com os meus pais, nesta idade. E inundo a miúda com blá blá blá. Aos seis anos falámos de doenças sexualmente transmissíveis, compramos livros com título fabulosos como "O que fazem a Mamã e o Papá", ou seja, prepara-te filha porque o quarto dos pais está trancado à chave várias vezes. Conto histórias humilhantes acerca dos meus desgostos amorosos com aquela idade, tento transmitir alguns sábios conselhos acerca de como lidar com tudo, desde o professor ao gajo que nos ama e que não podemos ver nem pintado, à paixão assolapada por aquele outro que nem olha para nós, à nossa melhor amiga que foi contar aquele segredo à turma inteira... Desfaço-me em vivências reais, sinceras e ??? A resposta parece ser uma indiferença total... do tipo: " A minha mãe era mesmo tótó.

É um facto... sou moderníssima, leio, questiono, preocupo-me. Sou informada! Quero ser moderna e actual e ser qualquer coisa parecida com herói.

Mas não é bem assim...

Há dias em que me venera, quer saber como era comigo, o que eu fazia. Faço-lhe a depilação com cera ( demorou 2 horas), mostro-lhe o que fazer se o período aparecer no meio da aula de Matemática, desdobro-me ... perco-me entre o que sou e acredito ser o essencial e a Inês miúda e maluca que canta alto no carro e se mete com os colegas de turma.

De repente fica fechada, calada, mal disposta. Tudo o que digo é uma seca. Tudo o que dou é mau. Tudo o que tem não chega. Se repreendo revira os olhos. Se discutimos bate com a porta. se tento conversar não consigo chegar até ela.

Queria tanto ser o que idealizei, queria tanto acompanhar esta idade que não é nem nunca foi a minha, e não estou a conseguir!

Às vezes deixo que ela me magoe. Digo "deixo" porque a culpa é minha. Insisto em obrigá-la a sentir o que demorei 37 anos a consolidar. A família, o respeito...

A verdade é que a fasquia que pus, é demasiado elevada, como sempre em mim. A verdade é que tenho uma miúda educada, respeitadora, mas...

... mas que, tantas vezes, eu sinto tão longe de mim...

Do fundo da minha alma... acho que preciso de ajuda... nem que seja sentir que não sou a única, sou egoísta quando penso e sinto isto, a verdade é que não tenho uma referência, e as minhas memória, a minha experiência, estão muito, mas muito desactualizadas... e eu jogo PS3 e tenho umas roupas giras... mesmo assim...
Chinelos em vez e pantufas...
Sim... isto promete!

Finalmente... O que este mundo influencia esta menina... é demasiado, ou talvez não!

Amanhã sexta feira! Amanhã ... assim tudo, tudo com calma e devagarinho.

Ai ai!

Minha vidinha

Sim, sem me queixar!
Ando há umas semanas a cozinhar na minha cabeça, o que começou por uma necessidade e de repente se está a tornar um imperativo.
Mudar... mudar coisas, mudar rumos, alterar umas quantas perspectivas, pôr em prática aquilo que sei tão bem ser necessário.
Ser assim mãe de duas florinhas, sozinha, é uma tarefa árdua, pode chegar a ser demasiado esgotante. O cansaço inibe-nos e não nos deixa divertir. E eu preciso divertir-me, preciso rir!
Lá na empresa, tenho que reconhecer, há algumas batalhas que preciso iniciar, mesmo sabendo de antemão os muros e traveses de betão que vou enfrentar.
E eu, demasiadas vezes me descuro, porque vivo demais para os outros, mesmo sendo esses outros quem eu mais amo, quem eu tenho que educar. Quando não estou bem comigo, a verdade é que são eles, eles que estão sempre comigo, quem sofre o meu mau humor ou simplesmente a minha ausência. Sendo assim de que serve estar presente se na realidade não sou eu quem ali está?
A rotina e a solidão! A solidão nunca me fez mal, porque comigo eu estava sempre bem, agora preciso de mais... A rotina, tão inevitável enquanto os miúdos são pequenos, só eu posso alterá-la, mais tarde talvez...
A minha vida tem sido de lutas, sempre. Não têm sido lutas normais, tenho passado por demasiadas incomuns, inesperadas. A verdade é que ganhei a maioria, uma ou outra simplesmente foi deixando de ter importância. Quando no empenhamos para ultrapassar algo difícil, somos invadidos por uma força inata. Quando de repente aparece a paz, já não estamos habituados a tirar a roupa de guerreiros. Será isso?
Será que simplesmente não sei aceitar a paz?
Quero relaxar, libertar-me de uma boa dose de stress criado pela mania obsessiva da perfeição.
Quero acreditar que pedir à avó que fique com os miúdos não é uma coisa má, não estou a abusar, não me estou a esquivar das minhas responsabilidades e principalmente, não! eles não vão ficar tristes e deprimidos!
Queria voltar a pintar, a desenhar, queria tanto ter uma roda de oleiro... Este ano fui juntando tudo o que precisava para começar a pintar. Gastei um dinheirão e nem sequer comprei óleos nem tela, fiquei-me pelas aguarelas e por uns lápis de pastel novos que podemos misturar água. Comprei papel e pincéis e tenho tudo ali, guardadinho.
A verdade é que não vislumbro "quando" terei um bocadinho para pegar em tudo isso. A verdade é que tenho um medo tremendo de, se o fizer, aquela inspiração e garra de outros tempos, simplesmente já não existir.
O que há umas semanas começou com uma necessidade de mudar qualquer coisa, complicada como sou, neste momento é um novelo!
Mas disto eu percebo, tenho a formação necessária... Há que planear... com calma, sem longos prazos.. começar talvez pelo hoje... pelo amanhã.
Preciso ser mais fiel às minhas convicções. Pôr em primeiro lugar o que está verdadeiramente em primeiro lugar! O amor, os filhos, as pessoas, a alegria, os meus livros, eu, eu, eu... Depois talvez a roupa e o aspirador apareçam para eu não me sentir muito mal. Lutar muito contra as aparências e defender com a alma o essencial. Chega a parecer fácil!
Vou fazer uma lista... não com prioridades pois essas são bem claras. Com acções concretas. Vou fazê-lo para mim, em segredo.
Fez-me tão bem escrever hoje!!!
Sim, porque já tenho computador em casa e este é o meu espacinho, e habituei-me tanto a deixar aqui tudo!
Depois de ler isto, fiquei com a ideia que afinal tenho mais uma luta, acho que era isso que eu precisava!

São dias...


Fartei-me de justificar... Por isto, por aquilo. O Sol acordou-me sim, mais duas boas noticias, mais uma manhã alegre com a minha Florinha que, inesperadamente não revirou os olhos...
Então por hoje, agora e só agora, fico aqui assim a sentir-me tão quentinha!
São dias!

Que raio!

Tenho uma puta de uma dor no pescoço e nas costas e já em todo o lado!
Veio o Papa, o Benfica é campeão e ninguém quer saber do aumento dos impostos e tal!

Veio o Iva para pagar... um balúrdio!

Hoje não me apetece ir para casa!

Amanhã é feriado!

Que assim seja!

Reflexões minhas e o Papa!

Porque questionei a veracidade da informação... pesquisei no Google a frase"microfone de ouro". Soube que a Dulce Pontes e a Ivete Sangalo têm um... E também o Santo Padre...

Percorri toda a informação que já tinha acerca da vinda do Papa, as obras, a limpeza, as forças armadas, e todas as outras forças policiais e de protecção, juntei também três dias de feriados e tolerâncias de ponto, fiz umas pontes sobre eles, e senti-me mal.

A opulência da igreja incomoda-me, não falo sobre o conteúdo, a missiva, a história, muito menos nos milhões de fiéis. Limito-me à imagem. Ao que rodeia a imagem. As vestes, o ouro, a opulência. Existindo, Jesus não foi o exemplo. Então quem foi? Eu sei quem inspirou o Pai Natal, foi uma lenda que a Coca Cola pintou de vermelho.

E o Papa? Porquê aquela riqueza? Ostenta o quê? Poder? Riqueza? Ou são os fiéis que gostam de vê-lo compostinho?

4606 - Capitulo final...ou quase

Blá, blá, blá, blá....

Dr. House:
- Inês, você já não está doente! Agora posso preocupar-me com todos os outros que estão???

Foi ontem, saí de lá com uma mancha esbranquiçada no meu cérebro. Saí assim a saltitar, a esvoaçar... até agora tenho tentado perceber o que me falta para selar e guardar tudo isto na caixa das minhas vitórias, num lugar de destaque com o número 4606,? E depois limitar-me a festejar cada dia que passa. Ficar simplesmente grata e aceitar aquela frase curta? Acho que é medo. Não gosto disso, é um medo que bloqueia os sentimentos mais frágeis de tão fortes que são. Se este medo morresse eu seria mais feliz? Acho que sim...

Então agora vou dedicar-me a isso.