Rio e zango-me, choro e grito, corro e canso-me, luto e deixo-me vencer... depois pego-te ao colo, leio uma historia e sinto a derrota na minha alma... Afinal é por ti que tenho que lutar!




Agora aqui, vencida pelo cansaço, ou pelo som dos dias que passam, contínuos e soalheiros, peço-te que me desculpes... porque a atenção que querias eu não consegui dar-ta.




És a minha paixão que, geneticamentte herdou aquela capaciadde de me inundar de amor, de carinho, de atenção. És o meu homenzinho!




Sabes que sei que queres cuidar de mim? Delicio-me com os teus gestos, és lindo e cheio de valores... Saberás um dia entender a minha falta de tempo? Ou saberei eu entender que só devrria ter tempo para ti?




Tenho um filho de 4 anos que diz: Passa Mãe, primeiro as meninas!




Ai!
E o Verão chegou aqui... não está lindo???

Há que filtrar...

Um dia, mais tarde, adquirimos a sabedoria necessária para evitar e para assimilar. Eu afasto-me das imagens, procuro a essência. A essência não se vê. Vêem-se as roupas e as malas e os sapatos. A mini saia e os calções, as festas e as gargalhadas sonoras. De essência nada. Faltam-me palavras bonitas, consciências sérias, faltam-me os génios, falta a seriedade de uma intelectualidade brilhante. Demasiadas frases, demasiadas teorias e nada de novo.

Fico-me sozinha a pensar... porque não nos dedicamos a sonhar?
Oh pá... Sinto-me esgroviada! Gosto tanto de me sentir assim!

Retratos a lápis

Fingi que tinha um poial, um poial na porta da minha casa, onde me sentei no final dum dia de trabalho árduo, para descansar.
Ao longe há o som da festa, o São João aqui na aldeia tem uma fogueira e tudo, quando passámos as crianças queimavam alcachofras e alguns casais dançavam na frente de uma espécie de palco onde alguém fazia aparecer uma musica acertada para uma festa de São João. Havia manjericos e numas metades improvisadas de contentores de óleo, acho eu, assavam-se entremeadas e febras! É a festa numa aldeia onde moro e onde moram talvez mais umas 150 pessoas. Não, não é melhor que na cidade, é diferente!
Aqui sento-me no poial e olho a lua, ouço a musica da festa, de manhã cheira a pão e a eucalipto. o silêncio por vezes passa por aqui e eleva-me.
sentada no poial vi a mulher que descia a rua. Saída do trabalho ia encontrar-se com a filha, filha de 14 anos que dançava na festa, os olhos estava molhados de lágrimas, não perguntei porquê, não consegui. Ela descia a rua e eu no poial, havia de a subir novamente com a filha e a mãe, doente e sem emprego. Marido não conhecia, apenas alguém que lhe massacrava a existência parca de horizontes... sim, aqui os horizontes são limitados e as pessoas entretêm-se a falar daquilo que melhor conhecem... talvez a vida dos vizinhos. Chega a ser cruel. A aldeia tem o pão quente e o porco que a vizinha matou, mas não tem perspectivas nem horizontes... e assim ficamos, eu no poial, ela a descer a rua e a festa lá no fundo, onde o fumo da fogueira já entrava na minha casa.
o que eu queria? Ter companhia para dançar ao som desta musica e talvez queima uma alcachofra que não me picasse os dedos...
E a mulher... que sonhe... e viva e seja feliz! Como eu sou aqui, sentada no poial imaginado da minha casa!

Por cá

Isto dos blogues... leio muito disparate, por vezes canso-me, perco-me e não leio o que realmente interessa. De qualquer forma, isto aqui serve para eu escrever...

A minha Flor está longe de mim, apesar da calma sentida, a saudade bate-a aos pontos... Ela está feliz e eu por ela.

Saramago morreu, apaguei o feed do seu blogue, li os seus livros e cimentei a minha ideia acerca da igreja... enfim... aqui vivemos!

Sábado, dia 19, recebi a mensagem ansiada do meu dr House. Parece que sendo negativo após seis meses da morte do 4606 posso dizer que estou curada. Neste momento isso parece-me irreal! Deixo para mais tarde.

Vamos entrar em obras cá em casa e isso irrita-me. Vou sair da minha casa... logo agora que começou o Verão, mas não vou reclamar antecipadamente... vou esperar!

Hoje foi a festa de fim de ano do Pirolito, foi só rir porque os putos simplesmente não cantaram, não dançaram e obrigaram as educadoras a fazer aquela figurinhas doidas... Foi giro!

E eu? Eu continuo firme com as minhas convicções, que seja teimosia, que seja. Por enquanto elas valem tudo... tudo aquilo que sei!

A minha mãe vai-se reformar e sofre muito por isso, compreendo-a. Vai ajudar-me tanto espero eu!

Vou dormir!

Sou feliz, aquele estado de felicidade que tantos querem esquecer mas que é o mais pleno, sem grandes desafios, o mais básico. Feliz... assim.... feliz... e o resto vai simplesmente resolver-se!

Tenho que dar cor a este meu espacinho, não gosto dele assim!

Palavras simples e cheias de tudo...

" Entre os doze e os quatorze anos tu (mãe) deixas de ter o controlo. Nessa altura quem assume esse controlo é o "grupo".
A criança (??) adolescente, vai procurar o seu grupo, vai integrar-se nele porque é com ele que se identifica. É esse grupo quem agora tem o controlo. É nesse grupo que ela vai experimentar tudo o que anseia experimentar, é nesse grupo que ela vai descobrir o que tem por descobrir. Será ela a líder? será ela apenas um membro?.
O que tens que fazer (mãe), agora que a tua Flôr tem 10, quase 11 anos, é simplesmente criar nela interesses para que ela os procure num qualquer grupo. Se esses interesses forem saudáveis, talvez esse grupo, que a controlará, seja assim, saudável."
Foi este o simples abanão que hoje levei, ao visitar uma das mais brilhantes pessoas que conheço. A conversa começou quando me perguntou se a Mariana fazia Desporto. Respondi cheia de defesas que ela passou para o 5º ano, que tem o horário da tarde, que isso a impossibilita de continuar a natação que vinha fazendo, porque era demasiado extenuante, porque essas actividades não existiam de manhã... blá, blá, blá.
A Mariana chega a casa, faz os trabalhos de casa e, depois, pega no computador...
- Então Inês, se não mudares nada, é esse o grupo que ela vai integrar... o do computador! Encontra uma actividade séria, para que ela conquiste interesses diferentes, saudáveis!
Ai!! Uma bofetada que levei!
Custa, custa muito sair do trabalho e enfiar-me num balneário e esperar uma hora de actividade, sem o jantar preparado, com 40 Km de distância por percorrer até casa! Pois é, egoísmo?
A verdade é que não é egoísmo, é acomodação, é o mais fácil. Não me queixo eu constantemente de solidão? Então, porquê correr para casa? Porque a roupa e o jantar e a casa. Oh Pá que se lixe isso tudo!
Levei sim, um abanão. Conheço-o bem demais, esse abanão. Sei bem o quão real ele pode ser. Levei-o a sério.
Promessa: Este mês vou tratar de reintegrar a Mariana na natação, uma coisa a sério, que lhe desperte o interesse, se para isso eu prescindir de muitas horas minhas... que seja!
Ela, com quase 11 anos, já me fez perceber que facilmente pode fugir ao meu controlo, esse controlo que julgamos ser eterno... Ela já tem a sua vida própria, escondida de mim. Poxas!
Esta mente brilhante chama-se Lino Rosado, é pediatra, é um homem maravilhoso, um homem que já fez pelas crianças do nosso país mais do que qualquer chefe de estado. Bem Haja meu amigo!
E estes abanões, preciso tanto deles, para acalmar a minha mania da complicação, para parar de querer enveredar pelo mais complicado e limitar-me ao óbvio. Sim, é óbvio, proporcionar aos meus filhos o ambiente ideal par que se interessem por aquele grupo giro e saudável.
É tão difícil ser mãe... Mãe que ama... É difícil para mim deixar de ouvir as teorias complicada que hoje proliferam acerca da juventude.
Tenho uma filha maravilhosa e vou simplesmente ajudá-la. Assim parece fácil!

Reflexões ligeiramente parvas

Os jogadores da Costa do Marfim são bastante feios...

Assim....


Assim com os pés molhados e a cara quente do sol, sem mais. Assim liberta, em silêncio. Alheada de tudo, inundada de mim. Um sorriso, uma brisa, o peito cheio de um ar que sabe a mar. Uma leveza que sinto quase com dor no meu corpo.
Estou assim, nem sei porquê. Plena!

e hoje...

Fiquei em casa, Florinha doente... acho que só me sentei agora, mas tenho tudo pronto para amanhã que vem a tia e as priminhas... Siiiimmm, casa cheia de miúdos, muita barafunda, demasiado tempo na cozinha, balburdia instalada. Sim! Acho que é disso que preciso! Só não entendo porque raio andei o dia todo em limpezas....
Ando alegremente a sentir que estou a entrar numa daquelas fases da minha vida que acordo mais bem disposta, que me alheio do que não interessa nada, que me liberto do que tem de ser e simplesmente Sou! se tudo na Natureza se rege por ciclos, porque não posso eu ter estes ciclos. Lá estou eu a tentar perceber porque me sinto feliz! Haja paciência, mandem-me calar!
Peguei nos meus lápis... nos meus blocos e ... fiz o retrato da minha Flor! Ela colou-o no quarto. É muito bom sinal! Agora o outro também quer... tem que esperar, mas juro que vou arranjar mais tempo para o que me dá mais prazer, relaxar um bocado. A escola vai terminar, as regras vão ficar muuuuito mais flexíveis e eu, eu queria ir a Marrocos! Vá, o que eu gostava mesmo era uma viagem à América do Sul, Patagónia por exemplo, mas essa fica só nos planos! Ando a pensar assim nuns 4 ou 5 dias em Marrocos, só para namorar....
estou muito farta desta corzinha deslavado do blogue... vou ver se consigo... mudar a coisa.
Prevejo umas semanas cansativas pela frente, que esta energia permaneça.
E vou dormir...
E já agora, chove torrencialmente??? é possível??? Nem vou pensar muito nisso, estamos em Junho e vou adormecer com este barulhinho simpático, sim, falta alguém ao meu lado, há-de chegar mais tarde!
Boa noite!

Medo

Tenho medo da morte, muito. Queria ser crente de uma qualquer confissão, para perdê-lo.

Tenho medo da perda, do que sou, do que tenho, do que amo.

Tenho medo da loucura, que está ali a um passo de todos nós, que está afinal mascarada atás de uma linha ténue que a separa da consciência.

Tenho medo da dor.

Tenho medo do silêncio, do meu...

Tenho medo dos rumos que separam os trilhos que percorremos, assim sem avisar, de forma concisa, dilacerante.

Tenho medo de envelhecer, tanto.

Tenho medo de deixar de sonhar!

Este blog... o meu espacinho!

Desde que me lembro de saber escrever, que deixo cartas e mensagens e diários por todo o lado. A este blog chamei "meu espacinho", porque era isso que eu queria. Um espaço, ou um papel, ou um diário.

Queria continuar, desta forma, o que sempre me lembro de ter feito, escrever-me, com emoções e paixões e desesperos e parvoíce.

... de repente, pelas minhas palavras, ou pela fase da minha minha vida, comecei a receber comentários, comecei a interessar-me por quem os fazia. De repente havia inúmeras pessoas que sabiam o que se passava comigo. De repente li palavras que me tocaram e que me fizeram sorrir!

A verdade é que retirei ao meu espacinho a sua verdadeira essência, no momento em que pensei, pela primeira vez, como iria ser aceite por aqueles que me seguiam, essas palavras que eu queria escrever!
Fui ficando sem assunto, deixei de ser eu a única interessada... Leio blogues com centenas de seguidores, com dezenas de comentários a cada mensagem...Cheguei a pensar que com a quantidade de devaneios e idiotices que passam nesta minha cabeça, eu poderia criar um blog cheio de assuntos, com referências a gajos giros e acontecimentos importantes como os globos de ouro ou os ídolos.

Afinal afastei-me, deixei de escrever... A Inês queria um espacinho... e eu deixei que o ocupassem... Desculpa Inês!

Não é difícil encher uma página com coisas giras ou interessantes... não +e difícil encher uma página com dissertações anedóticas acerca da anedota que é o sítio onde vivemos...

Mas o que eu preciso mesmo é de um espacinho meu... por isso vou alhear-me do resto... vou escrever para mim, afinal de contas tudo aqui é virtual, é ficção, e eu, eu sou quem aqui mais interessa.

Passou um ano de 2010, cheio de tudo e, fui ver, escrevi algumas coisas... e tudo o resto??? Não interessava? Não era suficientemente poético?

Ahhh! Mil perdões aos virtuais... este espacinho é meu... aqui vou ficar eu, lembrada em palavras que um dia espero voltar a ler!

Posso começar?

Hoje? Hoje brinquei até à exaustão com os meus filhos, porque sinto neles um reflexo de mim, sinto neles a minha influência, então hoje tive o ânimo que precisava para fazermos caricaturas, para rirmos, para nos aproximarmos mais e mais! Quando nos perguntam a profissão, a primeira resposta deveria ser sempre: Mães!

A ideia do meu espacinho voltar ao seu inicial propósito, deu-me uns milhares de assuntos... Hoje fico-me pela minha memória ou percepção da realidade. Ando a estranhá-la! Este ensaio que participei implicava uma bela dose de componentes psicológicos, daqueles difíceis de explicar. A verdade é que a minha memória mais recente está um caos e isso não é fácil de gerir. Mais grave será talvez a continuação do meu mau feitio, ou seja: Dr. House avisa acerca da necessidade de tomar uns anti depressivos ou uma tal de parox bla bla, eu não tomo. Vou ter com ele lavada em lágrimas e ele obriga-me a tomar, e eu de repente, ah e tal bora parar com isto, já chega, estou perfeita e deixo de tomar tudo!

Custa aceitar que fiz mal...quantos sermões já ouvi. A verdade é que me sinto estranha, sem memória, alheada da mais recente realidade. Fico à espera, à espera que passe, que seja apenas uma fase.

Nesse entanto vou tentando rir muito e ser feliz... acho que ajuda!

Aqui, fica o meu Espacinho... Meu!
Estou a fingir que é sexta feira....

Bom fim de semana!