Florinha

A preparar-me para tentar ter uma conversinha... séria... esta noite.

Assunto:

E mail da directora de turma... faladora e distraída. Trabalho pedido em Janeiro, um simples poeminha sobre amor ou amizade... não tratou!

Vamos tentar uma leve abordagem sobre obrigações... levezinha!

De volta...


Pronto, já me escortinharam, já passei uns diazinhos em casa da mãezinha e, finalmente já estou em casa!

Correu tudo muito bem apesar das dores que ainda persistem. Agora é só portar-me bem e devo ficar novinha em folha.

Os dias em casa da mãe foi como voltar à infância, sem miúdos para levar à escola, sem almoços para fazer, sem roupa para tratar...

A saudinha quando falta grita-nos bem alto que temos que a ter em grande conta, às vezes esqueço-me, faz-nos pensar o quanto a devemos preservar e cuidar. Afinal é tudo!

Este vai ser um bom fim de semana!

Não sei bem onde estás...
Não estás perdida porque te sinto, não estás aqui porque não comandas... Ficas ao lado, só a observar! Não te condeno, os dias passaram e o corpo seguiu aquele rumo mais fácil, dormente, horas e horas que se revesam num alternar de rituais, competente, a horas, cumprindo o minimo! Um minimo dificil, eu sei, mas tão aquém do nosso sonho. Posso dizer "nosso" ou estaremos tão distantes e incompatíveis que os rumos se desviaram de uma forma inalterável? Já não somos nós?

Não sei onde estás, mas sei onde te procurar, o negro destes dias tem-me afastado e eu deixo, deixo-me estar, naquele rumo mais fácil, mas nos segundos que medeiam um dia ou uma noite eu penso em ti e quero-te e preciso de ti... e estás ali quieta à espera de um grito!

O grito! Esse que me desassossega, que se entranha numa luta e não quer ser ele, esse grito que se cala sozinho.

Não sei onde estás mas estou aqui à tua espera... eu encontro-te, eu sei !
Vou emitir títulos das minhas dívidas particulares... Alguém quer comprar???