Não sei bem onde estás...
Não estás perdida porque te sinto, não estás aqui porque não comandas... Ficas ao lado, só a observar! Não te condeno, os dias passaram e o corpo seguiu aquele rumo mais fácil, dormente, horas e horas que se revesam num alternar de rituais, competente, a horas, cumprindo o minimo! Um minimo dificil, eu sei, mas tão aquém do nosso sonho. Posso dizer "nosso" ou estaremos tão distantes e incompatíveis que os rumos se desviaram de uma forma inalterável? Já não somos nós?

Não sei onde estás, mas sei onde te procurar, o negro destes dias tem-me afastado e eu deixo, deixo-me estar, naquele rumo mais fácil, mas nos segundos que medeiam um dia ou uma noite eu penso em ti e quero-te e preciso de ti... e estás ali quieta à espera de um grito!

O grito! Esse que me desassossega, que se entranha numa luta e não quer ser ele, esse grito que se cala sozinho.

Não sei onde estás mas estou aqui à tua espera... eu encontro-te, eu sei !

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