Ali

Mesmo no fundo, escondida debaixo de correntes e ventanias e olhares e palavras, apesar das tempestades de areia que cegam, apesar da velocidade que obriga a suster a respiração. Sei os passos a dar, para seguir até ao rio e dele inundar a minha alma.

Estes dias foram confusos, estados de espírito que ultrapassam o entendimento de quem precisa entender-se.

Hoje sinto-me melhor, muito melhor. Ultrapassado o medo de não estar a controlar nada, apesar de agarrada ao leme, fica um pequenina paz que reconforta e me traz de novo a mim!

Orgulhosa de mim como sou, arrogante nas minhas convicções, sou também honesta comigo mesma, e aqui aceito que há lutas na minha vida que, por desconhecer quem me ataca, me deixam vulnerável e, nesta luta há que hastear uma bandeira branca e pedir ajuda.

Foi um momento mau, que já sinto distante, pelo qual não queria passar outra vez.

6 comentários:

Nuno Baptista Coelho disse...

Foi um momento mau, que já sinto distante, pelo qual não queria passar outra vez.

Ainda bem que já passou, e que não volta. O que estiver pela frente vai ser sempre outra coisa diferente, que tu vais ultrapassar como ultrapassaste este momento.

A vida é variável e inconstante, mas a tua força é uma coisa tua, com que podes sempre contar. Mas isto de confiar demais é sempre perigoso: se um dia procurares a tua força e não a encontrares, conta também com a dos teus amigos, que está sempre lá.

Um abraço,

Nuno.

Milhita disse...

Parece que não, parece turbilhão com forma de calma, parece sempre mais ou menos e na verdade, quando me sento aqui e te leio, e entendo minha mana , o quanto me apetecia agora estar aí, só par te dar todos os abraços que quis e não dei.
Adoro-te e admiro-te,

Mana
(nao queres tirar daqui estes esgatafunhos que nunca copio à primeira da verificação de palavras? agora é sufth!!!)

Isabel Rodrigues disse...

Fico contente que, no meio do turbilhão, tenhas encontrado um bocadinho de paz. A vida faz-se de pequeníssimas vitórias, e como dizia o outro, numa frase que gosto muito: O caminho faz-se caminhando.
Por isso Inês, vamos lá a fazer as coisas um passinho de cada vez, umas vezes mais alegre, outras mais tristonha, mas sempre com convicção num final feliz.
Beijinhos

Isabel Rodrigues disse...

É verdade, nunca te disse, mas gosto muito do teu nome, tanto que é também o nome da minha filha mais velha.

CF disse...

Ainda bem que já passou. Pedir ajuda assume-se muitas vezes como um acto de coragem. Muito mais do que de fraqueza :)

Valquíria Vasconcelos disse...

Querida, momentos maus todos temos. E há alguns que se repetem. Sentimo-nos impotentes, injustiçados perante coisas que nos apunhalam cruelmente e ficamos meio à deriva... choramos muitas vezes com pena de nós mesmos, lambemos as feridas, esperamos pelas crostas. Vezes há que as arrancamos antes de estar a ferida sarada...

O que quer que seja, mesmo que se repita, não vai ser novidade para ti. Já levas um ponto de experiência, de avanço!

Quero-te bem! Quero que estejas bem! Sabes o meu mail, não sabes? Alguma coisa, para as pessoas boas, bonitas e corajosas, há sempre tempo!

Beijo na tua testa!