Temos defeitos, temos virtudes, temos um dom ou uma sina, nem sei... somos o que somos e queremos sempre ser melhores, de acordo com o nosso herói ou de acordo com o que julgamos ser o ideal!

São precisos alguns anos, eu sei... para que nos conheçamos, para que consigamos distinguir o que vale a pena do fútil.

Um filho muda a nossa vida, a nossa história e muda também a forma como olhamos para nós e para o nosso caminho.

Na minha vida existem marcos, alguns são gente que ficou porque de tão grande que eram me impediram de as esquecer. Há outras que, tão agarradas à minha vida, me magoam porque continuam só elas, tão sozinhas, a magoar quem as ama, por inveja, por maldade, por infelicidade!

Crescer é lindo (envelhecer fica para outro post), nesta linha da vida é magnifico perceber as escolhas que tomamos, mudamos a esquina pelo melhor, mais saudável, mais amigo, mais feliz, sofremos pelo que não muda, pela magoa, o egoísmo e a tal inveja!

A minha flor tem 11 anos, para ela a vida é a sua, transborda a energia do seu ser, a mim, cabe-me refreá-la, de vez em quando, para que se quede perante um mundo que, mais cedo ou mais tarde, vai mudar a sua vida.

Eu... choro pelos que tanto amo e não cresceram até aqui, ficaram presos na imagem e no poder! Alienados, talvez, por uma imagem criada há demasiados anos, longe daqui, longe da realidade, inflamados por sonhos e delírios...

Hoje falo de alguém que tanto amo, meu sangue... na minha vida existe apenas numa gaveta aberta que observo, não vá ser necessário lá ir. De mim tem inveja, uma inveja doentia que a faz tratar mal os meus filhos, e aí, sou eu quem manda... distancia e esperança que um dia, a verdade se ocupe da sua mente e perceba! Depois percebe e finge sem dó nem piedade e tenta desculpar... mas as crianças são sábias! E percebem! E perguntam...

No meu peito fica a dor, mas não sou eu quem perde... eu aqui fico e velo e amo... Tu... sofres daquilo que não tens porque não queres, porque não dás!

Para receber, minha irmã, é preciso dar... e tu não dás... apenas exiges aquilo que achas que te é devido... não dás nada, ou dás? talvez dor!

Aprender a dar, aprender a partilhar, ser magnânimo, ser bom, ser feliz!

Aprender a receber... depois de dar! será assim tão difícil perceber?

Faltam uns quantos dias para que nasça alguém, muito, mas muito mais importante que tu! Consegues aceitar isso?

Queria que também crescesses, numa vida pequenina, onde há mais espaço para amar do que para invejar ou odiar! Cresces?

1 comentário:

Alda Couto disse...

A inveja é um sentimento terrível! Para quem a sente e para quem é alvo dela. Quando está mesmo ao nosso lado e é do nosso sangue, transforma-se em dor...