Hoje, o segundo filho, os outros e o retorno...

Hoje o meu dia foi terrível como têm sido, aliás os meus dias, sem que retire a minha culpa, são meus e eu tenho-os feito assim... posso mudá-los pois posso, posso enfrentar um castelo de feiticeiros, ensombrado de feitiçaria e posso, com a minha força, conquistar aquela praia que há tanto sonho... com ataques estudados e certezas adquiridas... falta o dia, a hora, o momento em que o farei... falta o meu porto seguro a minha aliança, para breve!

O segundo filho... sou eu, sou a segunda filha, sim fiquei com os brinquedos da minha irmã, sim usei a roupa da minha irmã, sim, sempre assumi que ela teria um estatuto diferente, só mais tarde me questionaria porquê....

Também eu tenho um segundo filho, e eu sinto e assumo que a ele não dei o que dei à primeira, o tempo, o mimo, a inquietude, a preocupação, não havia a novidade, os sustos haviam passado, a novidade era já conhecida...A história lida para adormecer tornou-se um tormento e não a delicia de outros tempos, fica uma culpa velada, a culpa de não dar tudo, dei apenas o que achei necessário, nada excessivo e assim nada exagerado, dei o necessário e o necessário não chega... Desculpa-me Diogo! A culpa sinto-a e assumo-a!

Os outros continuam assim egoístas, dão para que recebam, controlam, contabilizam, afundam-se nos seus seres e esquecem quem também é! Mais uma culpa, sim minha, tão minha. Se fazer alguém feliz me deixa feliz... esse é um problema meu! Não tenho que esperar o retorno, ele não existe além destas quatro paredes.

O meu filhote lindo, o meu pirolito fez hoje seis anos, e passado tudo isto o retorno está no ouvir as gargalhadas bonitas e sinceras de quem se sente verdadeiramente feliz...

Feliz pela nintendo, pelo amor, pelo mimo que hoje foi real, os telefonemas, as presenças, o "hoje és tu que mandas" mesmo que isso se reflicta num jantar no MC donnalds.

Tu Diogo, e só tu, hoje, como há seis anos atrás, fizeste-me feliz! Por ti, esqueço o que assombrou esses anos, és um menino maravilhoso, que de tão dificil se transformou num exemplo que, até eu, quero seguir. Amo-te e para ti quero, o melhor, quero tudo! Não se dimensiona... és o meu filho!
Terás tudo e eu estarei aqui...

2 comentários:

Lina disse...

Oh minha linda dizem mesmo que o 2º filho é em tudo diferente do 1º. Não te sintas culpada por nada. Ele é um menino feliz e isso basta!!
Beijinhos nossos

Alda Couto disse...

Parabéns :):):) Muitos parabéns, aos dois. E espero que a vida te alivie um pouco a carga :) Quanto à questão do segundo filho, é engraçado mas é a primeira vez que sinto protestos desse lado! Eu sou a primeira filha e a minha filha também. Tanto ela como eu, em tempos idos, nos considerámos as mais sacrificadas, as cobaias, as vítimas de quem pouco sabe...:) os segundos filhos costumam ser os mais mimados, aqueles que nos têm mais descontraídos, mais seguros de nós e, por isso, mais perto já que o peso da responsabilidade de prover às necessidades básicas nos afasta um pouco do que mais importa.
Ao que parece vai tudo dar no mesmo e o que é realmente difícil é ser pai e mãe, seja do primeiro, do segundo ou do terceiro. Todos acabam por ter queixas e nós, se esmiuçarmos de mais, culpas entranhadas :(
Um beijo grande