O que faço, o que digo, esbarra numa parede tão alta!


Dei por mim a falar-te do futuro... Do quão grande eu quero que sejas... os teus olhos cansados lembraram-me cada vez que ouvi essas palavras. O quanto as desprezei. Parei um segundo e tentei encontrar outras palavras, não consegui!
Sinto-me presa entre o que posso, o que devo, a minha culpa e a tua vontade!
Os teus desejos ferem-me, as tuas vontades entristecem-me, e eu, eu culpo-me!
Se eu fizer a minha parte, farás a tua?
És brilhante e afinal escondes-te atrás do que gostarias de ser, veneras um grupo que, de tão distante de ti, apenas te mostra uma face... e tu acreditas, sem freios, na beleza da imagem dos mais crescidos... pisando o resto, pisando o que mais espero de ti!
Quando to digo os teus olhos choram, mas não quebras, não te chego, não me deixas!
Tens 11 anos minha Flor, dou-te tudo e aguardo a resposta, tu falhas e eu retraio-me, tiro mais um pedacinho de confiança, e tu falhas e eu culpo-me, e tu falhas e eu ameaço tirar-te mais um pedacinho de confiança e tenho medo, tenho medo de tirar demais e passar a ser definitivamente o inimigo, tenho tanto medo! Queria-te perto de mim, queria que me ouvisses, queria estar segura... As minhas convicções têm por base a minha adolescência... e nós, sabemos bem que a tua é tão diferente!
Pois é, acho que preciso de ajuda!

1 comentário:

Sandra disse...

Complicado...mas tudo se resolve...já passámos por esta fase e...
...bem nem sei que te diga...apenas força...força...
beijinhos