Ontem acordei angustiada... sem motivos! Ontem mais uma vez, deixei-me quebrar. Se bem que, admito, passados dois anos do inicio deste filme louco, a minha quebra foi mais leve. Mas quebrei.
Será que aquela angustia que senti de manhã deveria ter sido encarada como um sinal? Eu mantenho a minha frieza de raciocínio, a minha obrigação racional de não acreditar. E se eu me tivesse protegido?, eu já sentia aquela angústia.
Existe à minha volta alguém, uma mulher, movida por sentimentos tão sórdidos como a inveja, a maldade e sei lá mais quantos. Ela tem um único propósito, de início limitou-se a querer acabar com a minha relação, passados dois anos, penso que isso só já não lhe é suficiente.
Não posso fazer nada o que me entristece, a Polícia fala em flagrantes, os advogados dizem que não há ameaças, a justiça pede violência para poder actuar. Fico à espera??? Está quase!
É uma mente pequenina recheada de ideias maldosas. É uma mulher pequenina com uma imagem enorme. É uma mulher triste, sem auto estima, sem amor próprio, uma infeliz, sem estatura moral, obscena, patética... eu sei... eu sei.... mas tem um dom, uma imaginação privilegiada e um circulo de relacionamentos que cegam perante a sua convicção. Tinha tanto para contar....
Mas não, vou manter-me como sempre, desprezando em silêncio. Sem retaliar, sem responder.
Só posso tentar que estas quebras deixem de existir. Tenho que sorrir quando um destes dias, me deparar com mais uma violenta tentativa de me tocar.
Serenidade! Peço!
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