Para ti vida


Não te dás conta pois não? Ainda bem meu amor. Falámos agora e estás zangado. Porque o T fala alto e não te respeita, porque a noite está muito fraca... deste lado estou eu sozinha, os pirolitos dormem e o almoço de amanhã já está pensado... Penso em ti tanto e sei que também não é fácil! Aliás, respeito muito o que fazes, com uma mestria que parece ter nascido contigo... É este respeito pelo que alcançaste que me impede de te pedir mais.
Mais seria tudo, o tempo, a paz, a cumplicidade, estão limitados a uma parcela de tempo em que não me podes acompanhar, nesse tempo tomo decisões importantes e imagino-te ao meu lado, mas tenho tanto medo de tudo o que aí vem. Sei que me confias o rumo da vida dos teus filhos, assim cegamente, como me amas não é?, mas tenho medo, tenho medo de não ser aquilo que mais ambiciono, que é tanto! Lá chegaremos!
Vieste ler este meu espacinho, fico tão feliz! Nós somos engraçados, nós somos desde há quase 18 anos, uma relação de emoções, de amores, de alegrias, de vida e de morte, de sorrir e de chorar, temos sido tudo isto! Somos uma emoção que quando nos juntamos se transforma em pleno. Plenitude... acho eu! Duas vontades de união, duas vontades de tempo, tempo que nem sempre existe!
Quando finalmente estamos juntos, acho que esse anseio de plenitude nos atinge, porque a mim me basta ter-te a meu lado, ou porque a mim me basta ver-te mimar e amar os pirollitos, ou porque a mim me basta sentir-te feliz!
E os dias são feitos de correrias, não tenho o tempo, tu não tens o tempo... o tempo em que num final de dia eu queria me enroscar no teu corpo e daí divagar até um lugar magnifico, conhecido dos dois, onde nos amávamos ate à exaustão... numa imagem... o mar... o mar robusto em sesimbra a fustigar a Vila e nós naquele quarto...
E quando aqui estamos? Os dois? Naquele silêncio? Sabes? Meu amor? Esse silêncio é cumplicidade ... Olho para ti e o que sinto é maior que esse silêncio, porque esse silêncio acontece exactamente quando nós os dois nos juntamos e esperamos simplesmente sentir a tal plenitude de um amor... Um amor que eu alimento como sei, como posso, mas que terá, um dia, a recompensa desejada... Que seja este amor, que eu sinto por ti, inalteravel,,, sempre!
Gosto tanto que me leias... sou eu vida! esta sou eu !
E quando eu me calo... eu tenho tanto para te dizer e tenho ttanto medo que não me queiras ouvir!
Sei que isto é especial, não posso duvidar... acho que morria!
Amo-te!

3 comentários:

CF disse...

Puxa. Coisa linda...

im disse...

Este teu texto é mesmo sobre o Amor maior...

Beijos

Sónia disse...

Vim te dar apoio com os "teus" 10 anos e, fiquei maravilhada com este texto. Portanto: Obrigado pelas tuas palavras; força para a filhota e parabéns pelo marido. BJS