Mar


Hoje, tu que estás aí, mostraste-me mais uma vez os sinais, desta vez consegui vê-los.
Encontrei a imagem que me apeteceu ver. Vou fazer como me ensinaste... Fecho os olhos, piso descalça a areia molhada, sinto a espuma. Abro os braços e deixo que a brisa se entranhe no meu cabelo e no meu corpo. Respiro fundo para sentir a grandiosidade do que me rodeia.
Então, parada, deixo-me sentir!
A imensidão da minha alma, presa dentro do garrote que insisto em construir, levanta-se e quase toca o cimo desse mar.
Deixo-me ir, para dentro de mim, onde sempre me encontro, quando me quero encontrar, levo a areia molhada e a brisa comigo. Encontro então tudo o que insisto em esquecer.
Deixo-me estar. Deixo-me sentir... Prometo não me deixar cegar, prometo não precisar aqui voltar.

Sem comentários: