Feliz ...
Porque durante o último ano, este foi um espacinho meu, onde deixei muito de mim.
Porque daqui recebi muitas palavras bonitas.
Porque escrever liberta e aqui me tenho libertado.
Porque é especial para mim.
... eu tenho um desejo... que aqui fica...
... que sejamos capazes, de tudo, tudo aquilo por que lutamos. Que continuemos a perseguir sonhos, que não nos deixemos nunca de acreditar... e força, mesmo que por vezes a tenhamos que desenterrar da nossa alma.
Venha o 2010... assim...
Descobri..
Foi para dentro de minha casa... cheguei a pensar abrir as janelas para aquecer um bocadinho...
Pois que declaro que...

...
- Prostituta!
... continua amanhã In Assembleia da Repúlica Portuguesa, a não perder!
e eu ...

Floriti
Pirolito
Vou mesmo afastar-me... ai vou vou
Ouve lá... e não deves nada??? Existes só por ti e para ti??? Magoando o mundo inteiro continuas a achar que todos te devem???
Ouve lá, mas só me procuras quando precisas??? E eu ? Só existo porque te devo uma prenda de anos? Só existo quando me usas para magoar mais alguém. Juro-te que não te permito usar quem eu mais amo!
deves estar muito doente, deves estar muito cega. Desta vez exageraste tanto que não me coíbo de aqui, no MEU espacinho, despejar esta... esta dor, não, não é raiva é dor!.
porque é o que eu sinto quando estragas tudo, estragas momentos, estragas relações. Pudera eu afastar-me, afastar-me de alma e coração, não sentiria esta dor!
Tu, tu, tu e só tu... os outros são objectos a utilizar. Acho que estás doente porque acredito que a tal paz que não tens, vai chegar um dia. Espero que quando chegar não estejas sozinha.
Amo-te sabes, muito mesmo, mas estou cansada das tuas anormalidades, cansada que te julgues o centro de tudo.
Olha, essa listinha que tens, cheia de coisas a haver... preenche lá aquela coluna que está vazia, a do DEVER!
Cheia de ódios, cheia de invejas, cheia de raiva, franzes a boca mas olhas para baixo já reparaste, franzes a cara mas não me olhas nos olhos.
Se tu soubesses a figura que fazes quando despejas esse monte de raiva... mas digo-te que em cima de quem eu mais amo, não despejas mais! Sabes que com 10 aninhos, uma criança sente e vê tudo, mas não entende e eu estou farta de inventar desculpas.
Sabes o que me apetece dizer? Ela é má, invejosa, egoísta, só pensa em bens materiais, contabiliza tudo e não que saber de mais nada! Oh pá, ela que leve a bicicleta e a maquina fotográfica e vá sozinha para a Patagónia, viagem patrocinada pelo cromo que lhe deve isso só porque sim.
Magoas-me tanto que nem sequer falo contigo sobre isto... magoas-me tanto que até tenho vergonha de dizer o teu nome...
Cresce, acorda...cresce, cresce, cresce!
Talvez ainda consigas! Talvez não te afastes mais, talvez não fiques aí, sozinha. Não sentes porque não olhas para ti, pára lá um bocadinho e vê-te. Vê que te tornaste uma pessoa tão feia... Mas estás doente não estás? Vai passar não vai!
Vou jogar à bola com os miúdos... Claro que não queres vir... Isso não vale nada para ti neste momento.
A madeirinha do Brasil... essa sim vale muito.
Vai à merda!
Minha Flor
Pronto... eu mostro...

Gratidão
Gratidão resulta da forma como me encaro, como olho para mim e para a minha vida.
As minhas lutas, as minhas conquistas, o meu mundo.
Por isso...
Cortei o cabelo muito curtinho... porque não parava de cair poxas!
Apaixonei-me por umas botas e compreia-as!
... e sobre o Natal nem falo... não vão as invejas e demais pessoinhas tristes do mundo arranjar uma bonequinha e praticar algum voodoo.
Minha Flor vai fazer 10 anos e com a festinha que ela escolheu...
E eu estou feliz, e farta de lágrimas e choradeiras! E de queixas... tantas queixas... tantas coisinhas pequeninas.
Vou fotografar as minhas botas!!! Ai vou, vou! e pô-las aqui! Isto sim é gratidão... foram tão caras!!!
Humm...
Voltou!
A música do Pingo Doce... mais... natalicia. ou lá o que aquilo é.
Será que voltou mais alguma coisa para me enervar?
Anomalias

e terminou...4606
Não sei bem o que sinto, não acredito ainda!
Hoje fico por aqui... só a sentir isto, que não sei bem o que é, mas é bom!
Que tal...

Passei muito da minha meninice no Alentejo, em vários Alentejos.
Se eu pensar num olhar de felicidade, vejo o da minha mãe quando enchia o peito daquele ar com cheiro a lenha e me convencia a irmos passear e apanhar espargos verdes.
A meninice no Alentejo tinha terra e lama e brincadeiras e liberdade.
Apanhar espargos verdes era uma tarefa impossível. Na base de um qualquer sobreiro, deveria estar um pequeno arbusto, no meio desse pequeno arbusto poderia estar um espargo. Acho que nunca encontrei nenhum. Andávamos e andávamos, e as botas ficavam molhadas, e normalmente eu preferia fazer outra qualquer coisa e cansava-me daquela tarefa.
e agora...
Que tal amanhã bem cedinho, rumarmos a sul só para tentar encontrar um espargo verde? Nós os quatro de botas molhadas e mãos na terra? Ouvíamos o silêncio, sentíamos o ar frio e éramos só nós... e o Alentejo magnífico? Que tal?
a dúvida
Duvido do que ainda não ouvi, perco horas a imaginar palavras e as minhas perguntas. No que imagino não encontro saídas.
Como tantas vezes afasto a dúvida e fico à espera... como tantas vezes, decido que no momento certo vou saber o que decidir, espero a serenidade nessa altura.
Estou muito cansada, com vontade de desistir, quero-me de volta, quero a minha alegria, o meu cabelo, a minha força. Fico à mercê de probabilidades, daqui a cinco dias talvez isto termine, aí sairei vitoriosa, certa do dever cumprido. E se não terminar? Não quero mais seis meses, não suporto sequer essa ideia. Não encontro motivos para continuar, vou encontrar um discurso qualquer acerca de estatísticas. Quais?
Eu argumento lindamente, dêem-me uma idéia que eu vendo-a, disserto sobre o conhecido com facilidade, mas também ouço sobre o desconhecido.
Não sou pessoa de desistir, até a ideia me irrita, sou persistente, sou forte, mas não tenho os motivos.
Não tenho também ninguém que claramente opine, há sempre o silêncio. Poxas que isto nunca me tinha acontecido.
Vou esperar.
Para ti...
Abriste os braços, olhaste lá para fora e a sorrir disseste-me: - Mãe! É o mundo não é? E nós somos só um planeta.
Não sei como imaginas tudo isso na tua cabeça, sei que o teu olhar me inundou desse mundo, que por momentos perdi-me das horas e do frio e viajámos os dois no teu planeta. Senti um calafrio de medo por ter esse teu mundo nas minhas mãos, por enquanto, tremi de medo de saber o quanto esse mundo vai mudar aos teus olhos. Mas deixei-me embarcar na tua nave lunar, aquela que nos levará para outros planetas e por alguns momentos apenas brincámos e rimos. Beijei-te com força! Desculpa estar tanto tempo de olhos fechados, embrenhada noutras viagens, sem tempo, sem paciência. Afinal hoje obrigaste-me a acordar!
Decidir...
Quando te ouço falar os teus olhos gritam ainda mais alto, e eu sinto o timbre da tua voz, não o consigo com mais ninguém. Conheço o teu fundo, conheço a tua alma.
Queria saber programar-te, obrigar-te a acreditar em cada palavra minha... mas não consigo!
Eu era bonita e boa aluna e popular. Houve alturas que quis mais... quis ser quem não era e rodear-me de quem eu não me identificava, mas, talvez por isso, porque era diferente, novo, desconhecido.
Fiz, rodeada de quem era diferente, muitas coisas que não deveria ter feito, fi-las porque se as não fizesse, seria eu a diferente, e e isso eu não queria.
Por vezes sozinha comigo, eu sabia ter errado, arrependia-me de, na altura, não ter decidido!
Não ter parado quando a primeira dúvida me importunava, quando me perguntava se estaria certo.
Hoje eu decido! Porque aprendi que acima de tudo, acima do amor, da amizade, estão valores preciosos, valores que edificam a minha consciência! É ela quem à noite me ajuda a adormecer, quem me revela a paz quando me faz sonhar.
A minha consciência mostrou-me o tormento de estar aprisionada, acorrentada a culpa e remorsos, dela nada se apaga e são dela as palavras que eu quero ouvir sempre, em primeiro lugar.
E tu minha Flor? Será que aprendeste?
e pronto...
Trabalheira medonha, cheio de mimo.
- Apetece-te comer ? O quê?
- Ervilhas e Smarties!
Hã?

Acendi a lareira, pus mais uma manta na cama, deitei os miúdos e disse-lhes o quanto os amo.
Agora estou aqui, em paz, ouço o bento e a chuva a bater nas portadas.
Já não estou zangada, afinal esta capacidade de aceitar é maravilhosa, plena!
Preciso de ideias...
o nome é igual, mas é o blogue da minha Flor!!
Para mim...
Boa notícia é a data em que isto pode acabar de vez... dia 16 de Novembro! Tenho 50% de hipóteses, não é mau!
Crescer
Aquelas minhas convicções, teorias, coisas bonitas do meu cérebro... Pois bem, a maior parte das vezes, é melhor ter calma. Viver as situações, e então opinar... Isto é crescer!
Hoje fui à primeira reunião com o director de turma da minha Flor!

São tempestades, ventos ou luzes ou chuvas que me despertam para outra realidade. Abanões violentos que param a minha mente, que a libertam de poeiras e neblinas. Fazem-me ficar quieta!
Nesses instantes o olhar fixa uma qualquer imagem ali mesmo à minha frente, sem obstáculos que me separem dela, nesses instantes sinto -me fundir com a vida plena que me rodeia. Depois disso chegam-me à alma os mais puros dos sentimentos, ocupam-me o ser as mais verdadeiras certezas.
Sim, quero rir e festejar a vida, quero gritar ao mundo inteiro a felicidade que me inunda. Quero nunca mais sentir a dor da perda, a perda das oportunidades todas que o tempo me ofereceu e que eu deixei escapar. Quero apanhar o passo do Outono que esperou por mim. Quero deter-me no belo e virar costas ao negro, fixar-me em olhares e caricias e apagar as horas. Crescer, crescer, continuar a jornada e varrer teias e pó das gavetas da minha memória, deixar mais espaço e abrir mais janelas, para que entre o vento e a luz e a chuva.
Depois..., vão caindo os ombros, vou acumulando a vida sem tempo para mais arrumações, acordo sem tempo para olhar... Fico assim, até nova tempestade!
Porquê?
Zézinha
Sou tua amiga sabes, como sou do Zeca e gosto de vocês, verdadeiramente!
Foram uns anos bons... foram...
As saídas.
As casas no meco.
Os fins de semana.
A parvoíce tanta.
e quando os foguetes não funcionavam naquela passagem de ano?
e quando fomos apanhadas a comer o resto da mousse de chocolate que havia no frio?
e quando o Zeca me deixou dar uma volta na mota dele?
e quando saiu do carro no semáforo e foi dançar à nossa frente?
e as brincadeiras do Pedrinho na praia?
Estas e tantas outras histórias e memórias.
Um dia aconteceu qualquer coisa, como sempre fui a ultima a saber, ainda acho que nunca soube de tudo. Mas todos opinámos, todos falámos, chegámos a julgar... eu sem saber do que falava... Olha! vim a saber uns anos mais tarde, quando passei pelo mesmo.
Depois de repente vocês desapareceram, já lá vão uns 10 anos! Agora sei porquê e nem imaginas o quanto vos compreendo.
Nunca vos procurei, talvez porque achei que a nossa amizade deveria ter prevalecido, agora sei que nunca poderia prevalecer.
Hoje sentei-me aqui e senti uma angústia enorme e procurei-te, pelos piores motivos, e foi tão fácil, ali estás tu no facebook e em mais umas quantas tontarias do género, com aquele sorriso contagiante. Se o tivesse feito há mais tempo teria enviado uma mensagem, uma qualquer frase engraçada sem necessidade para resposta.
Durante estes anos fomos sabendo de vocês, nem sei bem como, talvez o mundo seja mesmo pequenino, a A. pensou numa surpresa, a G. sempre hesitante, e eu com o meu orgulho pensava que quem tinha desaparecido eram vocês.
Não sei onde estás, não sei como a tua cabecinha chegou até ao dia de hoje, sei que gosto de ti, sei que tenho uma palavra amiga para ti. Uma palavra que nunca te vou dizer.
Força!
Zeca: O que quer que aconteça, lembra-te que há alguns que, apesar de todo este tempo, têm também uma palavra e gostam de ti!
Um beijo para vocês!
Há coisas...
A música do Pingo Doce é uma.
Parem com aquilo, por favor!

És um raio de sol!

Chegámos a casa, eu encharcada da chuva, tu toda suja da festa que a Meggy te faz sempre que chegas a casa...
Cheguei cansada, dorida, sem fôlego, com o peso que agora, todas as terças tenho. Pensei nos banhos e no jantar. Tratei de tudo sempre a correr.
Lá fora chovia muito, tanto que parei junto da janela para ver a chuva, para ouvi-la. Parei! Parei mesmo e de repente senti uma vontade doida de ver o teu sorriso.
Fui deitar-me na tua cama, a olhar para ti enquanto arrumavas a mochila da escola. Tu és tão linda!
Tenho orgulho de ti Mariana, tanto.
Tantas vezes está mesmo ao nosso lado a verdadeira razão para um sorriso. De repente a chuva parou porque és luz e sol e calor... és a minha Flor.
Será?
Talvez também a Silly Season tenha ficado até ao Natal!
Tenho esta idéia semi formada de que o mundo anda muito estranho!

Ali
Estes dias foram confusos, estados de espírito que ultrapassam o entendimento de quem precisa entender-se.
Hoje sinto-me melhor, muito melhor. Ultrapassado o medo de não estar a controlar nada, apesar de agarrada ao leme, fica um pequenina paz que reconforta e me traz de novo a mim!
Orgulhosa de mim como sou, arrogante nas minhas convicções, sou também honesta comigo mesma, e aqui aceito que há lutas na minha vida que, por desconhecer quem me ataca, me deixam vulnerável e, nesta luta há que hastear uma bandeira branca e pedir ajuda.
Foi um momento mau, que já sinto distante, pelo qual não queria passar outra vez.
Circe

Veredicto
Hoje
O que tenho garantido posso por em segundo plano.
Lutar mais um bocadinho por o que me pode trazer um Domingo feliz... Isso posso fazer!
Afinal é assim ...
Amanhã deixo tudo noutras mãos!
...

Num tom baixinho e decidido, com aquele sotaque Algarvio, palavras ligeiras e despachadas, disse:
- Tita, vem comigo, quero mostrar-te uma coisa.
Devagarinho abriu a porta do armário, fez um sorriso sincero e com o olhar certo e orgulhoso mostrou um fato negro bem engomado, por cima de uma camisa branca de colarinhos bordados.
- É com esta roupa que quero ir quando morrer!
Tita estremeceu, desviou o olhar da roupa e um calafrio percorreu-lhe o corpo, quis fechar a porta do armário, quis afastar a ideia, mas também quis estar à altura. Quis aceitar o que ouvia com a mesma determinação, a mesma serenidade.
- É lindo Avó.
Será paz? Será sabedoria? Será cansaço? Será uma devoção tamanha por aquilo que durante uma vida inteira lhe preencheu os vazios, lhe trouxe esperança, a fez ter fé? Que orgulho é esse por morrer bonita? A fé traz essa serenidade?
Será aquele quentinho que Tita sentia naquela casa rodeada de terços e imagens de santos e velas e orações? Apesar da sua crescente incredulidade?
Será paz?
Serei eu capaz de lembrar essa paz, quando a saudade cruel me fizer chorar? Saberei eu ainda aprender a reconhecer essa paz quando for egoísta e achar que perdi alguém?
Depois
Há uns dias que me sinto vazia de tudo o que gosto em mim. Porque não me sinto bem talvez.
O espaço que dedico ao obrigatório enche o pouco que tenho disponível. É muito!
O obrigatório vai-me dando os sorrisos.
Até lá, acho que vou ficar em silêncio, a ouvir apenas o essencial, porque me sinto vazia de mim. E se eu estou ausente de mim, para quê escrever?
Eu sei que pode ser mesmo assim, "normal". Aliás, já sabia que podia ser assim. Não sabia que este vazio me ia fazer tão mal.
Já decidi pedir ajuda! Caso de sucesso ou não, preciso de me ter de volta... Porque sou precisa para duas pessoas maravilhosas que contam tanto comigo.
Segunda feira volto ao Dr. House. Até lá deixo-me estar. Aqui!
agora...
Uma lareira.
Tu.
Aquela música.
Uma manta e a chuva lá fora!
e tempo, muito tempo, para estar, agora!
Já não me lembrava...

...
Querido diário
4606
Pareço mesmo uma velha! Nem a merda do texto me faz sentido. Vou mas é dormir.
Recebi um abracinho ....
Nós
Quando me ouves pensativo, quando me fazes rir e me abraças.
Quando me deixas falar e chorar e divagar nas minhas confusas teorias e me respondes com a verdadeira simplicidade.
Quando te escolho para descarregar os meus estados de neura e tu aguentas sem reagir.
Quando estou zangada e me animas.
Quando quero mimo e percebes.
Quando resumes em três palavras os meus dramas e os puxas para terra e logo os explicas e justificas e resolves.
Quando não estás aqui, mas te fazes sempre sentir.
És uma pessoa única e maravilhosa!
Amo-te Pedro.
...

Gritaram, nesse dia, eu não era especial e diferente!
Nesse dia eu era, afinal, igual a todos os que ali estavam.
Noutro dia afastei-me e marquei a minha diferença, nem sempre positiva, mas minha. Nesse dia decidi, é minha aquela estrela.
Em tantos, tantos dias, vagueei na linha ténue que separa a minha diferença da facilidade das máscaras.
Sob a luz dessa estrela, grito, agora, sou sim! Sou especial e diferente!
Mais de mãe...
é verdade!
Os telefonemas não param, mas estão mais espaçados!
As cenas tristes continuam, mas menos rebuscadas!
A puta triste continua ali, mas eu já quase nunca a vejo!
Ou seja, está tudo bem ! Porque me sinto feliz! Só me chateia esta eterna questão?
- Que raio move esta figura triste ? Não terá mais que fazer?
(Cá está um verdadeiro desabafo, sem o minimo interesse e que me fez perder três minutos)
Pensei, pensei e saiu-me isto...
Sinto-me tantas vezes uma miúda, gosto das amigas dela, torço pelas suas paixões, falamos mal das vizinhas e até das professoras. Ontem falámos de orgasmos, vi-a atenta a ler um artigo sobre violações. Fiquei entusiasmada quando me contou que tinha um namorado, apesar de ter sido só por um dia. Chego muitas vezes a ser censurada por ela por me portar como uma miúda. Gosto de Katty Perry, ouço a Hannah Montana, adorei os HSM.
Teremos uma regra...
Para a Matilde
Histórias
Sempre que subia a escadaria de pedra, Tita já adivinhava a algazarra que a esperava. As vozes eram sempre estridentes e alegres, os sorrisos inundavam o primeiro andar. Cheia de abraços e beijos, muitos beijos e apertões. Tita nem sabia por onde começar. Lá fora, as bicicletas com os pneus cheios de ar que o avô tinha preparado para ela na oficina do Manel Jesus. Lá fora estavam as férias, os amigos, as brincadeiras, o rio e a avenida.
Na cozinha havia sempre aquela lata redonda, amarela e azul com uma menina pintada, lá dentro estavam os bolinhos de amêndoa. Na dispensa estavam os rebuçados, e as costas doces ou com torresmos num alguidar azul cobertas com um pano branco. No quarto a cama grande com o terço e os santinhos, onde a avó a adormecia com histórias do menino Jesus. O calor que fazia sempre tornava tudo ainda mais especial. O pó da rua, o vento quente, a azáfama constante na cozinha, o silêncio escuro na hora da sesta obrigada.
(... Cheguei cansada da viagem, subi a escada de pedra e ouvi o silêncio e senti o cheiro de roupa guardada e de naftalina. Cheiro de casa fechada, sem forno, sem bolinhos, sem flores.
A culpa atormentou-me mas desvaneceu-se na aceitação do tempo, da idade. Mais tarde, à noite, num rasgo de lucidez, a avó disse-me: - Ai Tita, a vida devia ser mais longa...)
- Avó, como era quando eras menina?
Vou mesmo comprar aquelas caixinhas com gavetinhas, tudo dividido por dias da semana.
As caixas das pílulas têm escrito os dias da semana, exactamente porque a malta não se lembra se tomou ou não....
São muitos frascos, não me lembrei se tomei à noite. Contos os da manhã... e há a mais???? Ou me esqueci de tomar de manhã, e não esqueci... ou tomei a dobrar à noite ??? Como?? se os contei porque não me lembrava se tinha tomado à noite???
Consola-me saber que há 25% de hipótese de isto acabar aos 6 meses....
...
"Abandonando nobremente quem nos deixa, colocamo-nos acima de quem perdemos."
Madame de Stael
Emoções
Simples e imenso, pudera eu decidir com o que sonhar esta noite... Seria assim...
Para ti... Mana
Cresci ao teu lado. Cresceste comigo.
Tens um feitio muito mau mana! És difícil, reages, quando reages és injusta, chegas a ser egoísta. Quando chegas, com os lábios cerrados, zangada. Quando não ouves!
Mas...
Estamos juntas há 37 anos, ou talvez 36 e umas horas... Detesto o 37!
Quando há uns dias me mostraste aquele sitio lindo na Serra, o teu sitio... quando desliguei o carro e ouvi o vento, senti uma dor no peito, uma angústia, um medo... Senti-te mana!! Estás a sofrer e eu sofro contigo.
Tens dentro de ti, o que está dentro de mim. É algo grandioso, aprendido e cimentado. Entre a areia da praia e as águas dos rios. Entre as bicicletas e o beliche. Entre avós e mimos. Sermões e palmadas. As viagens e o Jackie. A escola, as lutas, as quedas. As mentiras e o silêncio. Fizemo-nos assim, lado a lado. Sei-te e vejo-te e sou contigo! Ouço-te em sorrisos e lágrimas.
Tens um sorriso tão lindo mana.
Sabes? Não existe quem tu procuras, ou talvez exista... A exigência que te pauta requer um principio, uma meninice. Requer grandeza no horizonte, no interior.
Vida? qual? aquele caminho cheio de curvas e luzes e escuridão, que muitas vezes passamos a correr atrás da ambição de um vislumbre de mar? O caminho que vês afunilado por sombras e que queres tanto, porque há árvores que te protegem, que nem reparas num ou outro trilho, mais parecido contigo, mais real, mais teu.
Caminhos os nossos tão cheios de tudo! Quantas vezes tão cheios demais, que nos trouxeram até aqui. E agora? Não vês os tijolinhos amarelos? Eu vejo-te ali rodeada de espantalhos, leões e homens de lata. Tão linda, tão menina, tão cheia de vida.
Vai correr tudo bem.
Vai correr tudo bem.
Pudesse eu em mil palavras descrever-te, quem as lesse iria amar-te. Como eu te amo!
Não permitas magoar-te mais, não mereces.
e Parabéns para mim... e para ti também !
Pirolito
Minha Flor!
Voltei aqui, só hoje.
Como sempre as ideias não param na minha cabeça, uma vontade, cortada à partida, de fazer coisas, de crescer, de mudar. Depois das férias a vontade aumenta, as ideias parecem mais certas, mais claras. Daqui a uns tempos rendo-me a outras vontades. Porque me vou sentir sem força nem vontade de lutar pelas minhas??? Porque os confrontos são sempre demasiado duros ?? Porque não sou eu quem manda aqui ?? Porque o 4606 não está a ajudar muito??
Os papeis ficaram arrumados, pela minha perfeição organizada. Prontos para qualquer dúvida futura.
O resto está aqui, na mesma... a provocar em mim os mesmos sentimentos, em que não quero agora mexer.
Agora desligo tudo, saio... Ainda tenho um dia de praia pela frente... Saio com a sensação que preciso aproveitar muito mais estes dias, porque já são poucos.
Saio com vontade de voltar e começar a por em pratica a lista que deixei na minha cabeça, de tudo o que de urgente há que fazer.
Vou partir naquela estrada...
Muitos miminhos da avó... Muito quentinho... três dias...
Depois....
Matalascañas, parque natural das Dunas de Doñana, lindo, pequenino, água quente, muita areia sem ninguém.
Meus pirolitos estão contentes, e eu vou:
Descansar muito.
Olhar o mar, em silêncio, só o vento.
Sentir a tua falta Pedro.
Fugir de confusões, de espanhóis, de barulho.
Ler um livro desconhecido.
Sentir, sentir, tudo a que tenho direito, o riso da Flor, as perguntas do Pirolito, a praia, a noite, o mar.
Ao farol, ao parque natural ver os flamingos, ou não.
Vou de férias! Volto depois!
Ai ai ai

Blá, blá, blá...
Processing, processing, information, information...
Ai que não tem mesmo graça. Está certo, estás a trabalhar...
E o é que existe aos molhinhos em Vilamoura em plena época balnear????
Peixes? mosquitos? nadadores salvadores?
Nãããããão !!!!!!
Gajas!!! várias, de todos os formatos e feitios. Abundam as loiras, burras, já com os copos, de mini saia, ou sem saia mesmo, passaram três horas ao espelho antes de se irem pavonear para a Marina, sim aquele passeiozinho dos tristes... Lá andam elas a mostrar a malete e os sapatos e a exibir a falta de roupinha.
Arrrrrrggggghhhhh ! O que eu odeio Vilamoura.
Estou seriamente a considerar mandar uma mensagem naqueles aviões que sobrevoam a praia a dizer:
Aquele puto giro ali, naquela coisa a 50 metros de altura... É MEU! ou... É GAY... ou ... TEM GRIPE!
Lá foste....

Sinto a tua falta.
Mesmo que quase nunca me deite contigo, quando acordo tu estás ali ao meu lado. Mesmo que esta noite seja igual a tantas, hoje estás mais longe.
Há pouco dizias:
- Será que somos nós? Será que é a nossa relação que é diferente??
Derreto-me por pensares nisso, derreto-me por também sentires assim.
Ás vezes em silêncio, trocamos um olhar e enchemo-nos um ao outro daquilo que só nós sabemos, daquilo que tanto nos conhecemos.
É tão bom ter-te comigo, mesmo quando está aí, longe!
Amo-te Pedro!
Férias...
Férias...
estou a abstrair-me tanto que ontem o jantar cá em casa foi às 10.
Segundo o Pedrinho, já não é abstracção, é o deboche total.
estou de férias!!!
...
Estou em treinos de meditação para o seguinte objectivo:
Abstrair-me!
Dedicar-me apenas a três ou vá, quatro coisitas mesmo importantes...
Só não sei como vou fazer amanhã quando os miúdos me acordarem e disserem:
-Mãããeee não há pão!!!
Devia ter-lhes falado do Nestum antes de irem para a cama... Será que já me estou a abstrair demasiado??'
Impotência
Consigo um laço de confiança com um filho, incuto-lhe os meus valores sagrados, que acredito fazerem de mim uma pessoa melhor. Enalteço a amizade, a sinceridade, a transparência. Obrigo o respeito... Falo de consciências, de paixões, de amizades... Dou-lhe tudo o que posso, quero que seja feliz, que não se desiluda, que não sofra...
Recuo, aos 10 anos, era tudo brilhante, perfeito, gigante. As emoções extravasadas não cabiam em mim. O sonho comandava tudo. Tudo era sentido, vivido, apaixonado.
Com 10 anos, a minha professora não errava, o que dizia era sábio...
E agora? Cabe-me explicar as atitudes cobardes, ingratas, injustas, manipuladoras de quem não tem a estatura moral de assumir um erro? Perante uma criança de 10 anos? Deixo-a ficar com uma culpa sofrida sustentada por algo em que não quero que ela acredite?
Raios vos partam adultos hipócritas, com as vossas imagens de seres superiores, cheios de jogos, cheios de tácticas, cheios de mentiras!
A minha Flor, há-de ser, superior ... e eu nem vos vou dizer nada! Porque ela precisa sentir, que às vezes, o melhor é ficarmos sozinhos na nossa consciência, e retirar da nossa vida o que não tem qualquer interesse.
Não é cedo para crescer assim?
1ª lição para quem aspira a ensinar.... As crianças inventam, exageram, às vezes mentem, mas contam o que lhes acontece na escola. Chama-se confiança!